– O que você
tem a dizer
sobre os
jogos,
bingos e
rifas nas
casas
espíritas?
Raul
Teixeira:
A casa
espírita,
sendo
educandário
básico da
mente
popular, não
comporta
nenhum tipo
de jogo de
azar nem de
sorte. Ela
deve ser o
espaço para
que seja
feito aquilo
que a
Doutrina
Espírita
propõe. No
dia em que a
casa
espírita se
converter
num espaço
de jogos de
qualquer
teor, ainda
que sob as
justificativas
mais
piedosas, em
nome da
caridade,
terá
se convertido
num clube,
numa área
que não
serve mais à
causa de
Cristo, mas
aos
interesses
imediatistas
dos
indivíduos.
Os jogos são
eminentemente
do mundo e,
obviamente,
não se
ajustam à
proposta da
casa
espírita e
muito menos
à Doutrina
Espírita.
Com todo
respeito
àqueles que
usam o
espaço do
centro
espírita
para fazer o
que lhes dá
na mente, o
que lhes vem
à cabeça,
temos que
dizer que
eles estão
ignorando a
seriedade do
compromisso
espírita,
atraiçoando
a confiança
com que os
generosos
Mentores do
mundo os
convidou
para o
trabalho na
fulgurante
Seara
Espírita.
Que a casa
espírita
tenha
necessidade
de recursos
materiais
para atender
aos seus
trabalhos
materiais,
não resta
dúvida.
Contudo,
deveremos
procurar
operar no
campo das
coisas
dignas, que
não
comprometam
os
princípios
espíritas
nem
enxovalhem o
nome de
tantas almas
que sofreram
e choraram,
que deram
suas vidas e
suas mortes,
a fim de que
hoje
encontrássemos
essa
liberdade de
ser
espíritas,
de afirmar
alto e em
bom som a
nossa fé, em
toda a
parte.
Entrevista
realizada na
sede da SEF
- Sociedade
Espírita
Fraternidade,
publicada no
jornal
Correio
Espírita em
março/2007.