WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)
Dificuldade
financeira
do
orador espírita
Com seu verbo
inflamado
percorria
diversas cidades
levando com
alegria o
esclarecimento
da Doutrina
Espírita. E para
esse mister não
media esforços,
colocando-se
sempre à
disposição das
diversas Casas
da região onde
residia.
No entanto, em
determinado
período de sua
existência
passou por
complicada
situação
financeira.
Perdera o
emprego e contas
avolumavam-se em
suas gavetas,
exigindo débito
imediato.
Todavia, à
medida que as
contas chegavam,
os convites para
palestras
também.
As Casas
Espíritas que
visitava faziam
questão de
reembolsá-lo
quanto às
despesas de
combustível e
alimentação,
algo justo e
natural.
Mais eis que para tudo tem uma primeira vez. E, certa vez, o orador
viajou a cidade
distante e não
recebeu o
reembolso
referente ao
combustível. Os
responsáveis
pelo evento nada
comentaram, e,
constrangido,
restou-lhe o
ônus de arcar
sozinho com as
despesas.
Em face disso,
teve que deixar
de pagar a conta
de energia de
sua casa, o que
gerou sérios
problemas
familiares...
É verdade que o
orador deveria
ter aberto o
jogo com a Casa
Espírita. No
entanto, também
é verdade que a
Casa Espírita
deveria ter a
sensibilidade de
perguntar a ele
quanto às suas
condições
econômicas. Nada
de melindres,
perguntar não
ofende.
As dificuldades
financeiras são
espinhosas;
espinhosas e
democráticas,
porquanto
apoquentam até
mesmo o orador
espírita, além
do que, assim
como todos, ele
também está
sujeito às
contas no final
do mês. E elas,
as contas, não
perdoam ninguém,
como sempre, de
30 em 30 dias
surgem
intrépidas:
água, energia,
escola, mercado,
impostos...
Por isso é de
suma importância
que a Casa
Espírita, ao
promover o
evento,
manifeste-se com
relação às
despesas do
orador espírita.
Nada além
disso, haja
vista que o
trabalho é
realizado de
forma
voluntária, por
isso o orador
espírita não
cobra nada pela
sua palestra,
apenas necessita
do reembolso justo.
Em minhas
andanças pelo
estado de São
Paulo não tenho
enfrentado
problemas com
relação ao
reembolso das
Casas Espíritas,
a maioria delas
costuma entender
essa
problemática.
Entretanto, em
alguns lugares
por onde passei
nada perguntaram
e, portanto,
fiquei a “ver
navios”. Conheço
confrades que
também passaram
por isso.
Acredito que não
seja proposital,
tratando-se,
pois, de pura
falta de atenção
dos dirigentes
das Casas.
Talvez este
artigo seja um
tanto quanto
antipático e
cause melindre
em algumas
pessoas, todavia
é um lembrete
importante e
justo,
porquanto, no
final do mês, as
contas vencem, a
do orador
espírita também.
Pensemos nisso.