PEDRO
DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato
Grosso do Sul
(Brasil)
Deus, inteligência
criadora
Desde quando Abrão
trouxe para a Terra
a filosofia
deísta, fé e
crença em um só
Deus, diametralmente
oposta ao
politeísmo,
que pregava a
existência de vários
deuses, foi ensinado
aos seres humanos
que Deus é
onipotente,
onisciente e
onipresente;
soberana e
absolutamente
amoroso, bondoso,
justo e verdadeiro.
Nota-se que essas
qualidades foram
atribuídas à
personalidade de
Deus.
Personalidade varia
de acordo com a
conveniência,
necessidade,
oportunidade do
indivíduo. Vem de
persona, que, em
última instância,
significa máscara.
Daqui surgiu o termo
personagem muito
usado no meio
artístico para
exprimir o papel que
aquela pessoa vai
representar na
história que será
encenada, não o que
ela é. Por essa
razão, nas peças
teatrais e nas
novelas, um só ator
pode representar
várias personagens.
Com esse raciocínio,
atribuir-se
personalidade ao
Criador é dar
testemunho de que
Ele é mutável, o
que, salvo melhor
juízo, não é somente
difícil de crer. É
impossível.
Então, que é Deus?
Estudando,
pesquisando e
analisando a
essência divina, sem
ideias
preconcebidas,
achismos, fanatismos
e discriminação
religiosa, não é
tarefa fácil
responder a essa
pergunta.
É público e notório
que o ser humano tem
apenas e tão-somente
vaga ideia do que
seja essa Força
Criadora do
Universo, e de tudo
o que nele existe.
Sabe sim que Ele é o
único Ser Eterno que
não foi criado e que
possui poderes
soberanos para
criar.
Certa feita
perguntaram a
Voltaire, grande
pensador do século
XVIII, se ele
acreditava em Deus.
Sua resposta foi
incisa, concisa e
precisa: “Eu não
acredito no deus
criado pelos homens
que tem a coragem de
condenar seu filho
ao fogo eterno.
Creio em uma
inteligência
superior que criou o
homem. Se essa
inteligência se
chama Deus, então,
eu creio Nele”.
No século seguinte,
o emérito professor
Hippolyte Léon
Denizard Rivail,
cognominado Allan
Kardec, proclamou o
ensinamento espírita
de que “Deus é a
inteligência
suprema, causa
primeira de todas as
coisas”. Com essa
postura, não
desconsiderou as
qualidades
benevolentes
atribuídas ao Pai da
vida, entretanto,
colocou-O nas
condições de
Inteligência
criadora.