ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
O Porquê da Vida
Léon
Denis
(3ª
Parte)
Damos prosseguimento nesta edição
ao
estudo do clássico O
Porquê da Vida, de
Léon Denis, com base na
14ª edição publicada
pela Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Como Léon Denis
conceitua a dor?
R.: A dor é a
purificação suprema, a
fornalha onde se fundem
os elementos impuros que
nos maculam. É ela a
escola - única escola -
onde se depuram as
sensações, onde se
aprendem a piedade e a
resignação estoica.
Enquanto os gozos
sensuais, prendendo-nos
à matéria, retardam a
nossa elevação, o
sacrifício e a abnegação
nos liberam. É no meio
das provações que se
retemperam os grandes
caracteres. (O Porquê
da Vida, pp. 31 e 32.)
B. Onde se situa o
inferno?
R.: O inferno está em
nós, oculta-se nos
recessos de nossa alma
culpada, e somente a
expiação pode fazer
cessar as suas dores. É
inútil, pois, procurá-lo
em regiões longínquas. A
reencarnação mostra de
um modo notável a
soberana justiça
reinando sobre os seres.
As provas terríveis
suportadas por certas
pessoas são consequentes
da sua conduta passada.
O déspota renascerá como
escravo; a mulher
vaidosa habitará um
corpo enfermo; o ocioso
se tornará mercenário.
Quem tiver feito sofrer,
sofrerá a seu turno.
(Obra citada, pág. 33.)
C. Por que não nos
lembramos das vidas
passadas?
R.: Não nos lembramos do
passado porque essa
lembrança seria um
pesado fardo preso aos
nossos pés. Ora, se há
pouco saímos das épocas
do furor e da
bestialidade, qual
poderia ter sido o
passado de cada um de
nós? Deus, portanto, fez
bem ao apagar dos nossos
cérebros a lembrança de
um passado temível,
porque, depois de beber
as águas do Letes,
renascemos para uma nova
vida, o que seria
impraticável se víssemos
a todo momento os crimes
cometidos. (Obra
citada, pág. 34.)
Texto para leitura
27. A
imortalidade
desenrola-se para cada
um de nós na imensidade
dos tempos e cada
existência liga-se, pela
frente e por detrás, a
vidas distintas e
diferentes, porém
solidárias umas às
outras, sendo o futuro a
consequência do passado.
(P. 30)
28. A
lei superior do Universo
é o progresso
incessante, a ascensão
dos seres até Deus, foco
das formas mais
rudimentares da vida.
Por uma escala infinita,
por meio de
transformações
inumeráveis, nos
aproximamos do Criador.
No íntimo de cada alma
está depositado o germe
de todas as faculdades,
de todas as potências,
competindo-nos o dever
de fazê-las frutificar
pelos nossos esforços e
trabalhos. (P. 31)
29. A
nossa obra é a do
adiantamento e da
felicidade futura. Cada
globo que rola pelo
espaço é um vasto
laboratório onde a
substância espiritual é
incessantemente
trabalhada. No meio das
provações retemperam-se
os grandes caracteres. A
dor é a purificação
suprema, a fornalha onde
se fundem os elementos
impuros que nos
maculam... (PP. 31 e 32)
30. É ela a escola -
única escola - onde se
depuram as sensações,
onde se aprendem a
piedade e a resignação
estoica. Enquanto os
gozos sensuais,
prendendo-nos à matéria,
retardam a nossa
elevação, o sacrifício e
a abnegação nos
liberam... (P. 32)
31. Cada conquista que o
homem faça sobre suas
paixões, cada passo que
der para diante, fará
alargar os seus
horizontes e aumentar a
sua esfera de ação, e
para isso concorre a
pluralidade das
existências, lei que dá
a chave de problemas até
então insolúveis e
explica a desigualdade
das condições e a
variedade infinita das
aptidões e dos
caracteres. (PP. 32 e
33)
32. Conhecemos ou
teremos de conhecer
sucessivamente todas as
fases da vida terrestre.
No passado, éramos como
os selvagens que povoam
as regiões atrasadas; no
futuro, poderemos
elevar-nos à altura dos
gênios imortais que
clareiam o caminho da
Humanidade. A história
da Humanidade é a nossa
própria história. (P.
33)
33. A
reencarnação mostra de
um modo notável a
soberana justiça
reinando sobre os seres.
Alternadamente
construímos e quebramos
os nossos próprios
grilhões. As provas
terríveis suportadas por
certas pessoas são
consequentes da sua
conduta passada. O
déspota renascerá como
escravo; a mulher
vaidosa habitará um
corpo enfermo; o ocioso
se tornará mercenário.
(P. 33)
34. Quem tiver feito
sofrer, sofrerá a seu
turno. É inútil procurar
o inferno em regiões
longínquas, pois ele
está em nós, oculta-se
nos recessos de nossa
alma culpada, e somente
a expiação pode fazer
cessar as suas dores.
Não há penas eternas.
(P. 33)
35. Alguns perguntam por
que razão, se tivemos
outras vidas, não nos
recordamos delas? Como
poderemos fazer a nossa
expiação, desconhecendo
a origem das faltas
passadas? (P. 34)
36. Tais pessoas não
sabem o que falam,
porque a lembrança do
passado seria antes um
pesado fardo preso aos
nossos pés. Ora, se há
pouco saímos das épocas
do furor e da
bestialidade, qual
poderia ter sido o
passado de cada um de
nós? (P. 34)
37. Deus fez bem ao
apagar dos nossos
cérebros a lembrança de
um passado temível,
porque, depois de beber
as águas do Letes,
renascemos para uma nova
vida, o que seria
impraticável se víssemos
a todo momento os crimes
cometidos. (P. 34)
38. Esse passado não
está, contudo,
inteiramente apagado e
podemos até entrever-lhe
alguns vestígios,
expressos por nossos
gostos, nossas
tendências, nossas
aspirações. As ideias
inatas não são mais que
a herança intelectual e
moral que vêm das nossas
vidas anteriores. (P.
35)
39. Sendo o alvo da vida
o aperfeiçoamento
intelectual e moral do
ser, que condições, que
meios nos convirão
melhor para atingi-lo?
Evidentemente, o homem
pode trabalhar pelo seu
aperfeiçoamento em
qualquer condição e em
qualquer meio social,
mas será mais bem
sucedido sob certas e
determinadas condições.
(P. 36)
(Continua no próximo
número.) |