“Dá
testemunho
do
Cristo
em tuas
palavras
e obras
quando e
onde
estejas
sem te
impressionares
com o
verbalismo
fluente
e vazio
de que
se fazem
portadores
os
enfermos
da
Alma.” –
Joanna
de
Ângelis
(1)
A
humildade
e a
caridade,
títulos
de
nobreza
espiritual,
devem
acompanhar
todos
aqueles
que se
dedicam
à
sementeira
das
luzes do
Espiritismo...
Mesmo se
algum
dia
detivermos
em
nossas
mãos o
conhecimento
pleno da
Verdade,
essa
Verdade
jamais
poderá
transformar-se
em
azorragues
da
impiedade
com o
qual
sairemos
açoitando
todos os
que não
se
conduzirem
pela
nossa
cartilha.
O Céu
não mais
será
tomado
pela
violência,
e sim
com os
suasórios
argumentos
dos
fatos
que
devem
dar
respaldo
às
nossas
palavras.
É
condição
sine
qua non
que
todos os
discípulos
de
Jesus,
tal como
Ele,
adubem
com
exemplos
as
palavras
que
profiram.
Eis o
ensinamento
de
Joanna
de
Ângelis
(1):
“(...)
As
cigarras
cantam
e
nada
realizam
(não são
os que
dizem:
Senhor!
Senhor!
que
entrarão
no Reino
dos
Céus),
enquanto
as
abelhas
zumbem
e
produzem
em
abundância,
tornando-se
úteis e
necessárias
à vida.
Eis como
são
identificados
os
falsos
profetas;
os
pseudodiscípulos
do
Cristo:
Não dão
testemunho
da
humildade;
a
caridade
é
palavra
morta em
suas
atitudes;
suas
opiniões
primam
pela
contundência;
dizem-se
sinceros,
expondo
o que
pensam,
conforme
pensam,
com
violência;
creem-se
possuidores
do
conhecimento
integral;
combatem
os
demais
com
acrimônia;
desejam
reformar
o mundo,
embora
tenham
dificuldade
em
melhorar-se;
primam
pelas
colocações
pessoais,
não
facultando
que
outros
disponham
do mesmo
direito;
aceitos,
fazem-se
gentis;
não
admitidos,
tornam-se
agressivos,
ferrenhos
adversários;
defendem
a
liberdade
do
comportamento
franco,
em
relação,
porém,
ao que
gostam
de
expor,
não de
ouvir;
evitam
examinar
o com
que não
estão de
acordo,
porque
receiam
o
contágio
da
realidade,
que lhes
contraria
os
pontos
de
vista;
anatematizam
com
facilidade,
mesmo
quando
não
conhecem
satisfatoriamente
o com
que
discordam;
extrovertidos
ou
silenciosos,
não
abdicam
dos seus
conceitos,
mesmo
que a
evidência
seja
diversa;
extenuam
os que
lhes
padecem
a
algaravia
com o
excesso
de
argumentação;
têm
palavras
vigorosas,
mas de
conteúdo
frágil.
Tornam-se
extremistas
e
pressupõem
que o
Sol
apenas
brilha
para
eles.
Estão
enfermos
da Alma
esses
irmãos
impetuosos,
ignorando
que a
Verdade
deve ser
lecionada
com
equilíbrio”.
Afirma e
aconselha
Emmanuel
(2):
“Quem
sabe
precisa
ser
sóbrio.
Não
vale
saber
para
destruir.
Muita
gente,
aos
primeiros
contatos
com a
fonte do
conhecimento,
assume
atitudes
contraditórias.
Impondo
ideias,
golpeando
aqui e
acolá,
semelhantes
expositores
do saber
nada
mais
realizam
do que a
perturbação...
(...) Se
algo
sabes na
vida,
não te
precipites
a
ensinar
como
quem
tiraniza,
menosprezando
conquistas
alheias.
Examina
as
situações
características
de cada
um e
procura,
primeiramente,
entender
o irmão
de luta.
Saber
não é
tudo; é
necessário
fazer.
E para o
bem
fazer,
homem
algum
dispensará
a calma
e a
serenidade,
imprescindíveis
ao
êxito,
nem
desdenhará
a
cooperação,
que é
companheira
dileta
do
amor”.
No mesmo
diapasão
de
Emmanuel,
aduz
Joanna
de
Ângelis
(1):
“(...)
Desobriga-te
dos teus
compromissos
de
esclarecer
consciências
e
confortar
corações
sem
alarde,
porém,
sem
timidez.
Quando
se faz o
que se
pode,
sempre
se faz o
melhor e
o
máximo.
Assim
agindo,
estarás,
sem
dar-te
conta,
ajudando
os
irmãos
enfermos
da Alma,
que
encontrarão
em teu
verbo e
ação a
psicoterapia
e o
estímulo
para
lograrem
a cura
de que
necessitam
e não o
percebem”.
Ensina o
Mestre
Lionês
(3):
“(...)
Lembrai-vos
de que
cada
criatura
traz na
fronte,
mas
principalmente
nos
atos, o
cunho da
sua
grandeza
ou da
sua
inferioridade.
(...)
São as
obras
que
deveis
examinar.
Se os
que se
dizem
investidos
de poder
divino
revelam
sinais
de uma
missão
de
natureza
elevada,
isto é,
se
possuem
no mais
alto
grau as
virtudes
cristãs
e
eternas:
a
caridade,
o amor,
a
indulgência,
a
bondade
que
concilia
os
corações;
se,
em apoio
das
palavras,
apresentam
os atos,
podereis
então
dizer:
estes
são
realmente
enviados
de
Deus”.
Nossa
conduta
na
divulgação
das
luzes da
Verdade
deve ser
pautada
nas
seguintes
palavras
de Simão
Pedro:
“E à
ciência,
a
temperança;
à
temperança,
a
paciência;
à
paciência,
a
piedade”.
Eis
tudo!
Referências:
(1)
FRANCO,
Divaldo.
Oferenda.
Pelo
Espírito
Joanna
de
Ângelis.
Salvador:
LEAL,
pp.
57-59.
(2)
XAVIER,
F.
Cândido.
Vinha de
Luz –
19. ed.
Rio [de
Janeiro]:
FEB,
2003,
cap.
112.
(3)
KARDEC,
Allan.
O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo.
125. ed.
Rio [de
Janeiro]:
FEB,
2006,
cap.
XXI,
item 8,
§ 2 e
4.