Infalíveis
metodologias
de
aprimoramento
espiritual
“(...)
Como o
passado
nos
significa
dor e
arrependimento,
o
hoje
faz
surgir a
abençoada
hora de
recuperação
e
produtividade
para o
futuro
de paz
e
alegria
que nos
espera.”
-
Irmã
Angélica
(1)
Em uma
página
psicografada
(2), no
dia
16.08.1867,
intitulada
Acontecimentos,
um
Espírito
afirmou:
“(...)
Do mesmo
modo que
o
desenvolvimento
do
indivíduo
é
acompanhado
de
certas
perturbações
físicas
e
intelectuais,
peculiares,
particularmente,
a
determinados
períodos
da Vida,
também a
Humanidade
tem suas
crises
de
crescimento,
seus
transtornos
morais e
intelectuais...
Atravessais
uma
dessas
grandes
épocas,
que
encerram
um
período
e dão
começo a
outro.
Participando
simultaneamente
das
coisas
do
passado
e das do
futuro,
dos
sistemas
que ruem
e das
verdades
que se
fundam,
tende o
cuidado,
meus
amigos,
de
colocar-vos
do lado
da
solidez,
da
progressividade
e da
lógica,
se não
quiserdes
ser
arrastados
ao sabor
das
ondas;
tende o
cuidado
de
abandonar
palácios
suntuosos
na
aparência,
mas
vacilantes
em suas
bases e
que não
tardarão
a
sepultar
nas suas
ruínas
os
infelizes
que
insensatamente
não
quiserem
deles
sair, a
despeito
dos
avisos
de toda
sorte
que lhes
são
prodigalizados...
Todas as
frontes
se
anuviam
e a
calma
aparente
de que
gozais
apenas
serve
para
acumular
maior
quantidade
de
elementos
destruidores.
Algumas
vezes,
antes da
tempestade
que
destrói
os
frutos
dos
suores
de um
ano,
surgem
precursores
que
permitem
se tomem
as
precauções
necessárias
a
evitar,
tanto
quanto
possível,
as
devastações.
Desta
vez,
assim
não
será.
Parecerá
que o
Céu,
depois
de estar
sombreado,
se
aclara;
as
nuvens
fugirão;
em
seguida,
de
súbito,
todos os
furores,
por
longo
tempo
comprimidos,
se
desencadearão
com
inaudita
violência.
Ai dos
que não
hajam
preparado
para si
um
abrigo!
Ai dos
fanfarrões
que
forem ao
encontro
do
perigo
com o
braço
desarmado
e o
peito
descoberto!
Ai dos
que
afrontarem
o perigo
empunhando
a taça!
Que
terrível
decepção
os
espera!
A taça
que
empunham
não lhes
chegará
aos
lábios,
antes
que eles
sejam
atingidos!
À obra,
pois,
espíritas,
e não
esqueçais
que
todos
deveis
ter
prudência
e
previdência.
Tendes
um
escudo,
sabei
servir-vos
dele.
Tendes
uma
âncora
de
salvação,
não a
desprezeis”.
Allan
Kardec
desenha
(3) o
perfil
do homem
de bem,
isto é,
daquele
que
possui
as
virtudes
suscetíveis
de
alcandorá-lo
aos
cimos
gloriosos
da
emancipação
espiritual
e,
portanto,
não será
levado
de
roldão
no
turbilhão
que se
avizinha,
ou seja,
aquele
que:
“(...)
cumpre a
lei de
justiça,
de amor
e
Caridade
na sua
maior
pureza;
interroga
a
própria
consciência
auscultando
a
profundidade
do ser
em
isenta e
minuciosa
avaliação
de seus
feitos;
deposita
fé em
Deus;
tem fé
no
futuro;
faz o
bem sem
ostentação
e sem
esperar
paga
alguma,
nem
mesmo
reconhecimento;
retribui
o mal
com o
bem;
toma a
defesa
do fraco
contra o
forte;
encontra
satisfação
nos
benefícios
que
espalha;
nos
serviços
que
presta,
no fazer
ditosos
os
outros,
nas
lágrimas
que
enxuga,
nas
consolações
que
prodigaliza
aos
aflitos;
é bom,
humano,
benevolente
para com
todos; é
respeitador;
em todas
as
circunstâncias,
toma por
guia a
Caridade,
tendo
como
certo
que
aquele
que
prejudica
a outrem
com
palavras
malévolas,
que fere
com o
seu
orgulho
e o seu
desprezo
a
suscetibilidade
de
alguém,
que não
recua à
idéia de
causar
um
sofrimento,
uma
contrariedade,
ainda
que
ligeira,
quando a
pode
evitar,
falta ao
dever de
amar o
próximo
e não
merece a
clemência
do
Senhor;
não
alimenta
ódio,
nem
rancor,
nem
desejo
de
vingança;
a
exemplo
de
Jesus,
perdoa e
esquece
as
ofensas
e só dos
benefícios
se
lembra,
por
saber
que
perdoado
lhe será
conforme
houver
perdoado;
é
indulgente
para com
as
fraquezas
alheias,
porque
sabe que
também
necessita
de
indulgência
e tem
presente
esta
sentença
do
Cristo:
‘Atire-lhe
a
primeira
pedra
aquele
que se
achar
sem
pecado’.
Nunca se
compraz
em
rebuscar
os
defeitos
alheios,
nem,
ainda,
em
evidenciá-los.
Se a
isso se
vê
obrigado,
procura
sempre o
bem que
possa
atenuar
o mal;
estuda
suas
próprias
imperfeições
e
trabalha
incessantemente
em
combatê-las;
todos os
esforços
emprega
para
poder
dizer,
no dia
seguinte,
que
alguma
coisa
traz em
si de
melhor
do que
na
véspera;
não
procura
dar
valor ao
seu
espírito,
nem aos
seus
talentos,
a
expensas
de
outrem;
aproveita,
ao
revés,
todas as
ocasiões
para
fazer
ressaltar
o que
seja
proveitoso
aos
outros;
não se
envaidece
da sua
riqueza,
nem de
suas
vantagens
pessoais,
por
saber
que tudo
o que
lhe foi
dado
pode
ser-lhe
tirado;
usa, mas
não
abusa
dos bens
que lhe
são
concedidos,
porque
sabe que
é um
depósito
de que
terá de
prestar
contas e
que o
mais
prejudicial
emprego
que lhe
pode dar
é o de
aplicá-lo
à
satisfação
de suas
paixões”.
Aí estão
enumerados
os
ingredientes
facilitadores
da
conquista
das
infalíveis
metodologias
de
aprimoramento
espiritual.
Mas
ainda
não é
tudo e
tampouco
o
suficiente,
pois na
equação
do
progresso
espiritual
não
podemos
deixar
de
apreciar
dois
fatores
essenciais:
o
trabalho
e a
reencarnação.
Conforme
nos
ensina
Irmã
Angélica
(1),
“(...) O
trabalho
edificante
bem
direcionado,
o culto
do
dever,
conscientemente
realizado,
a
integração
numa
ética
otimista
qual a
evangélica
constituem
metodologias
de
aprimoramento,
em cuja
aplicação
pessoal
ninguém
fracassa...
“A
reencarnação
representa
uma das
revelações
mais
antigas
de que a
Humanidade
terrestre
tem
conhecimento.
Krishna,
na
antiguíssima
Índia;
Hermes,
no
remoto
Egito;
Lao-Tseu,
na
velhíssima
China,
herdaram
das
culturas
ancestrais
desaparecidas
o
conhecimento
da
palingenesia
e
transmitiram
às
Escolas
Esotéricas
e aos
Templários
das
civilizações
orientais
a
informação
salutar
dos
renascimentos,
armando
os
homens
com os
recursos
hábeis
para o
êxito
durante
a
vilegiatura
humana,
preparatória
para a
libertação
do
Espírito,
após os
compromissos
realizados...
“Sócrates,
na
Grécia;
Jesus,
em
Israel,
confirmando
os
ensinos
essênios;
Buda,
também
na
Índia;
Pitágoras,
em
Crotona;
os
druidas,
nas
Gálias,
e outros
missionários,
quais
Plotino,
Porfírio,
Orígenes,
Tertuliano,
no
Cristianismo
primitivo,
confirmaram
este
formoso
mecanismo
de
crescimento
para
Deus,
conclamando
os
homens à
luta e à
liberdade
do mal
que
neles se
demora,
a fim de
lograrem
o bem
que os
aguarda.
“Allan
Kardec,
ouvindo
e
meditando
em torno
dos
sublimes
ensinos
dos
Imortais,
atualizou
os
postulados
reencarnacionistas
utilizando-se
de uma
dialética
profundamente
racional
e
científica
que
pôde,
qual vem
sucedendo
com
êxito,
enfrentar
o
ceticismo
e a
negação,
oferecendo
a
antevisão
do
futuro
feliz
que se
encontra
ao
alcance
de
quantos
se
empenhem,
honesta
e
sinceramente,
por
conquistá-lo.
“Todavia
levantam-se
personalidades
arraigadas
ao
conceito
nadaísta
da Vida
e à
descrença,
estabelecendo
campos
de
sistemas
de
dúvida,
de
contradição,
elaborando
sofismas
com que
perturbam
as
mentes
mais
fracas e
inquietam
um bom
número
de
pessoas
não
estruturadas
pelo
estudo e
pela
meditação
dessa
verdade.
Outrossim,
combatem
o
conceito
verdade,
estabelecendo
que tal
conceito
pertence
a cada
um, sem
dar-se
conta de
que há
verdades
e
“verdades”,
que
existem
e
pululam
em toda
parte.
Certamente
que há a
verdade
de cada
pessoa,
que luta
por
demonstrá-la,
mais por
paixão
personalista
do que
através
do seu
conteúdo
filosófico,
tanto
quanto
aquelas
que são
veiculadas
por
escolas
de
variada
formação
ética,
no campo
do
pensamento
filosófico
ou
científico...
“Indubitavelmente,
há
verdades
que
surgem e
ressurgem
periodicamente,
conforme
a
estratificação
cultural
dos
povos e
dos
séculos,
desaparecendo
e
renascendo
em
roupagens
novas,
no
entanto,
apresentando
sempre a
mesma
estrutura.
É o caso
da
reencarnação,
que em
cada
período
ressuma
daquele
que lhe
é
anterior,
em
composição
compatível
com o
conhecimento
vigente,
trazendo
no seu
bojo as
mesmas
afirmações
e
advertências
éticas,
numa
abordagem
de
consequências
morais,
com o
objetivo
de
promover
e
felicitar
a Vida,
o
homem...
“Seja
nas
assertivas
das
remotas
revelações
ocorridas
nos
santuários
dos
povos do
passado,
seja na
eloquência
de Jesus
e de
Allan
Kardec
ou nas
conclusões
dos
modernos
estudiosos
da
Parapsicologia
e da
Psicotrônica
que, não
obstante
nomearem
o
fenômeno
do
renascimento
carnal
do
Espírito
com
designações
novas,
tais
‘memória
extracerebral’,
‘bloco
energético
sobrevivente’,
‘campo
de
Vida’,
para
explicarem
a
constatação
do
retorno
da
individualidade
a qual a
morte
não
destruiu,
o
conteúdo
é o
mesmo:
provar
a
necessidade
do
aproveitamento
sábio do
tempo e
da Vida.
“(...)
Não
descoroçoemos
jamais
ante o
esforço
de
redenção,
aconteça
o que
acontecer,
buscando
na
oração
as
fontes
inspirativas
da
Verdade,
adquirindo
forças
para
prosseguir
e jamais
desesperar”.
Referências:
(1)
Manoel
P. de
Miranda/Franco,
D. P.
Painéis
da
Obsessão
–
Capítulo
8 –
LEAL.
(2)
Kardec,
A.
Obras
Póstumas
– 2ª
parte.
(3)
Kardec,
A. O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo
–
Capítulo
XVII,
item 3.