ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
O Porquê da Vida
Léon Denis
(6ª Parte)
Damos
prosseguimento
nesta edição ao
estudo do
clássico O
Porquê da Vida,
de Léon Denis,
com base na 14ª
edição publicada
pela Federação
Espírita
Brasileira. |
Questões
preliminares
A. Os fatos espíritas foram importantes para a assimilação da
doutrina?
R.: Sim. Apesar do
grande valor da doutrina
espírita, o homem do
século 19, profundamente
cético e imbuído de
preconceitos, não lhe
teria ligado importância
se os fatos não viessem
corroborá-la. Para
abalar o espírito humano
superficial e
indiferente, eram
precisas as
manifestações materiais,
estrondosas. Eis por
que, a partir do ano de
1848, em meios
diferentes, móveis de
toda a espécie foram
agitados, soaram
pancadas fortes nas
paredes, corpos pesados
se deslocaram,
seguindo-se a esses
fatos fenômenos mais
inteligentes. Os fatos
psíquicos sucederam às
manifestações de ordem
física; médiuns
escreventes, oradores,
sonâmbulos e curadores
se revelaram; aparições
visíveis e tangíveis se
produziram, e a
existência dos Espíritos
tornou-se incontestável.
(O Porquê da Vida,
pág. 50.)
B. Como Léon Denis descreve a sociedade de seu tempo?
R.: Diz Denis que a
sociedade de seu tempo
atravessava uma crise
temerosa.
Profunda decomposição a
corroía surdamente. O
amor do lucro, o desejo
dos gozos, tornavam-se
cada dia mais aguçados e
ardentes. Desejava-se
possuir a todo custo.
Todos os meios eram
considerados bons para
se adquirir o bem-estar
e a fortuna, único alvo
que se julgava digno da
vida. A situação dos
pequenos, dos humildes,
era, por sua vez,
dolorosa e estes, muitas
vezes atirados às trevas
morais, onde não
vislumbravam uma
consolação, buscavam no
suicídio o termo de seus
males. (Obra citada,
pp. 50 e 51.)
C. Que é que a doutrina espírita nos solicita?
R.: Ela nos solicita:
Sede irmãos, ajudai-vos,
sustentai-vos na vossa
marcha coletiva. Vosso
alvo é mais elevado que
o desta vida material e
transitória. Procurai
portanto merecê-lo por
vossos esforços e
trabalhos. (Obra
citada, pp. 53 e 54.)
Texto
para leitura
66. Os ensinos que vimos
foram-nos trazidos pelo
Espiritismo, e não são
outros senão os do
Cristianismo primitivo,
desprendidos das formas
materiais do culto,
despojados dos dogmas,
das falsas
interpretações, dos
erros com que os homens
velaram e desfiguraram a
filosofia do Cristo. (P.
49)
67. Entretanto, apesar
do grande valor dessa
doutrina, o homem deste
século, profundamente
cético e imbuído de
preconceitos, não lhe
teria ligado importância
se os fatos não viessem
corroborá-la. Para
abalar o espírito humano
superficial e
indiferente, eram
precisas as
manifestações materiais,
estrondosas. Eis por
que, por volta do ano
1850, em meios
diferentes, móveis de
toda a espécie foram
agitados, soaram
pancadas fortes nas
paredes, corpos pesados
se deslocaram,
seguindo-se a esses
fatos fenômenos mais
inteligentes. (N.R.:
A data inicial dos fatos
espíritas modernos é, em
verdade, 31-3-1848, e
seu palco foi o povoado
de Hydesville, nos
Estados Unidos da
América do Norte, sendo
médiuns as irmãs Fox.)
(P. 50)
68. Os fatos psíquicos
sucederam às
manifestações de ordem
física; médiuns
escreventes, oradores,
sonâmbulos e curadores
se revelaram; aparições
visíveis e tangíveis se
produziram, e a
existência dos Espíritos
tornou-se incontestável.
(P. 50)
69. Apareceu, então,
para a Humanidade uma
nova doutrina, apoiada,
de um lado, nas
tradições do passado, na
universalidade dos
princípios que se
encontram na origem de
todas as religiões e da
maior parte das
filosofias, e, de outro,
nos inumeráveis
testemunhos e fatos
observados em todos os
países por homens de
todas as condições. (P.
50)
70. Coisa notável! Esta
ciência, esta filosofia
nova, simples e
acessível a todos e
livre de todos os
aparatos e formas de
culto, apresenta-se na
ocasião propícia, em que
as velhas crenças se
enfraquecem, no momento
em que o sensualismo se
espalha qual praga
imensa, quando os
costumes se corrompem e
os laços sociais se
afrouxam... (PP. 50 e
51)
71. Qualquer observador
refletido concordará em
que a sociedade moderna
atravessa uma crise
temerosa. (N.R.: Léon
Denis escreveu este
livro há mais de cem
anos e parece que foi
hoje.) Profunda
decomposição a corrói
surdamente. O amor do
lucro, o desejo dos
gozos, tornam-se cada
dia mais aguçados e
ardentes. Deseja-se
possuir a todo custo.
Todos os meios são bons
para se adquirir o
bem-estar, a fortuna,
único alvo que julgam
digno da vida. (P. 51)
72. A situação dos
pequenos, dos humildes,
é dolorosa -- e estes,
muitas vezes atirados às
trevas morais, onde não
vislumbram uma
consolação, buscam no
suicídio o termo de seus
males. (P. 51)
73. A Ciência é
impotente para conjurar
o mal, erguer os
caracteres, curar as
feridas. Na verdade, as
ciências da época tratam
apenas de assuntos
superficiais da
Natureza, reunindo
fatos, oferecendo ao
espírito humano uma soma
de conhecimentos sobre o
objeto que lhe é
próprio. (P. 52)
74. A Ciência por
excelência, essa que da
série dos fatos deve
remontar à causa que os
produz, que deve ligar,
unir as ciências
diversas em grandiosa e
magnífica síntese,
fazendo despontar uma
concepção geral da vida,
fixar nossos destinos,
desprender uma lei
moral, uma base de
melhoramento social --
essa Ciência não existe
ainda. (P. 52)
75. Se as religiões
agonizam, se a fé
desaparece, se a Ciência
é impotente para
fornecer ao homem o
ideal necessário, a fim
de regular sua marcha e
melhorar a sociedade,
devemos desesperar-nos?
Não; porque uma doutrina
de paz, de fraternidade
e progresso desce a este
mundo perturbado e vem
apaziguar os ódios
selvagens, acalmar as
paixões, ensinar a todos
a solidariedade, o
perdão e a bondade. (PP.
52 e 53)
76. Essa doutrina abre
ao Espírito as
perspectivas radiosas
dum progresso sem
limites e diz a todos:
Vinde a mim, eu vos
animarei, vos
consolarei, vos tornarei
mais doce a vida, mais
fáceis a coragem e a
paciência, mais
suportáveis as provas.
Povoarei de bastante
claridade vosso caminho
escuro e tortuoso. Aos
que sofrem, dou a
esperança; aos que
procuram, concedo a luz;
aos que duvidam e
desesperam, ofereço a
certeza e a fé. (P. 53)
77. Dizendo isso, ela
nos conclama: Sede
irmãos, ajudai-vos,
sustentai-vos na vossa
marcha coletiva. Vosso
alvo é mais elevado que
o desta vida material e
transitória. Procurai
portanto merecê-lo por
vossos esforços e
trabalhos. (P. 53)