Meus amigos:
Estou aqui.
Desta casa eu
recebi tanto
auxílio, tanta
proteção! Hoje
me foi permitido
vir falar-vos,
vir dizer-vos
que a Lei da
Reencarnação é
uma maravilha! É
ela que faz com
que paguemos as
nossas dívidas.
E foi assim,
pela encarnação
última que tive
na Terra, que
acabei de pagar
uma dívida muito
grande.
Parecendo uma
maldade, um
crime, o meu
sofrimento não o
era, meus
amigos, foi
justo que eu
passasse pelo
que passei.
O sofrimento,
meus amigos,
depura a alma.
Eu acabei de me
depurar com
aquele
sofrimento
bendito, e hoje
estou
completamente
liberta, feliz!
Estou já
trabalhando
nesta verdadeira
pátria
espiritual. Sim,
porque a vinda à
Terra é uma
oportunidade
para se fazer um
trabalho, e eu
acabei de fazer
o meu aí. Agora,
tenho outros que
me chamam nesta
espiritualidade,
onde os há que
não têm fim.
Amigos, eu
deixei o meu
corpo por ação
de uma
enfermidade que
abalou a todos,
mas meu espírito
está liberto.
Tinha o meu
corpo ainda
pequenino, mas
na minha alma
havia a
necessidade de
passar por
aquele
sofrimento, meus
amigos. Embora
fosse ainda o
meu corpo
pequeno, o meu
espírito era
devedor, e eu
tinha que
resgatar o
débito. Mas,
enquanto o meu
corpo se
contorcia, a
minha alma já
estava desligada
da matéria.
Eu tinha que
pagar à Lei, e à
Lei não se pode
ficar devendo.
Foi, pois,
assim, justo,
meu pai, o
sofrimento. Eu
tive o desejo de
te falar hoje,
meu querido pai,
para dizer-te:
Já és feliz,
porque estás
dentro de uma
Doutrina que
encaminha as
criaturas para
esta felicidade.
Oh! Meu querido
pai! Eu estou
feliz! Não
chores! Estou
trabalhando...
Eu não morri!
Meus amigos, eu
era uma alma
devedora e
quando se deve
há que se pagar
as dívidas.
Tu foste o meu
pai, porque me
concebeste na
carne; foste o
instrumento para
que eu viesse à
Terra cumprir
com o meu dever;
e o meu dever
tinha que ser
cumprido até
aquela data.
Hoje estou
feliz, sim,
porque terminei
uma encarnação
que tinha de ser
da maneira que
foi.
Trabalha, meu
querido pai!
Auxilia a
humanidade! Eu
também estou
trabalhando. Sou
um espírito
revigorado e
estou te
auxiliando, a ti
e à minha
querida mãe,
para que possas
vencer as
tarefas na
Terra, porque
por muito
trabalho terás
ainda que
passar. Eu, meu
pai, já sou
feliz e estou
trabalhando à
cabeceira
daqueles que
estão com a
mesma
enfermidade que
tive. Estou
dando-lhes os
meus fluidos de
fortificação,
amparando-os na
resignação e na
coragem.
Meus amigos,
tive o desejo de
dar-vos hoje a
minha palavra,
porque tenho
muito trabalho a
realizar nesta
verdadeira
pátria e terei
poucas
oportunidades de
vir aqui vos
falar, pois
trabalhos
maiores me
chamam. Terei
muito que
trabalhar, para
quando, um dia,
voltar à Terra,
vir num corpo
são. As almas
que muito devem,
muito têm que
pagar até o fim.
Amigos, estou
feliz, estou
satisfeita e
desejo que Jesus
dê muitas forças
ao meu querido
pai, porque ele
ainda se
encontra na
Terra, num
ambiente de
muita tentação e
de tantos
conflitos
materiais. Que
possas carregar
a tua cruz, com
dinamismo e com
o Evangelho no
coração, meu
pai! Que possas
abraçar outras
crianças
lembrando-te
sempre de mim.
(Alcíone.)
Alcíone Mattoso Monteiro
desencarnou com 2 anos e
4 meses de idade, no dia
29 de julho de 1961, no
Hospital dos Servidores
do Estado, na Gamboa,
Rio de Janeiro, em razão
de um tumor cancerígeno
localizado no sistema
neurovegetativo. Filha
mais velha do casal
Janet Mattoso Monteiro e
Gerson Simões Monteiro,
ela nasceu em 27 de
março de 1959, na
Maternidade do Hospital
Gaffrée Guinle, na
Tijuca, Rio de Janeiro.
A mensagem acima foi
transmitida
psicofonicamente pela
médium Aracy Almeida no
dia 15 de dezembro de
1961, no Centro Espírita
Discípulos de Allan
Kardec, Lins de
Vasconcelos, Rio de
Janeiro. |