Uma amiga nos pergunta que é
que os autores espíritas nos
dizem sobre os essênios e
suas crenças.
O que sabemos sobre os
essênios ou esseus é o que
Kardec escreveu na
Introdução de O Evangelho
segundo o Espiritismo.
Sua origem remonta ao ano
150 a.C., ao tempo dos
macabeus. Habitando
comunidades semelhantes aos
mosteiros, os essênios
formavam entre si uma
espécie de associação moral
e religiosa. Distinguiam-se
pelos costumes brandos e por
austeras virtudes, ensinavam
o amor a Deus e ao próximo,
a imortalidade da alma e
acreditavam na ressurreição.
Viviam em celibato,
condenavam a escravidão e a
guerra, punham em comunhão
os seus bens e se entregavam
à agricultura. Contrários
aos saduceus sensuais, que
negavam a imortalidade, e
aos fariseus de rígidas
práticas exteriores e de
virtudes apenas aparentes,
nunca os essênios tomaram
parte nas querelas que
fizeram com que aquelas duas
seitas se tornassem
antagônicas.
Pelo gênero de vida que
levavam, assemelhavam-se
muito aos primeiros
cristãos, e os princípios da
moral que professavam
induziram muitas pessoas a
supor que Jesus, antes de
dar começo à sua missão
pública, pertencera à sua
comunidade. Certamente ele
deve tê-la conhecido, mas
nada prova que se lhe
houvesse filiado, sendo,
assim, hipotético tudo
quanto a esse respeito se
escreveu. O que não se
discute é que os essênios,
assim como os terapeutas,
representaram o traço de
união entre o Judaísmo e o
Cristianismo.
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