CELSO MARTINS
limb@sercomtel.com.br
Rio de
Janeiro, RJ
(Brasil)
A
nova geração
Especula-se
muito no meio
espírita
brasileiro,
nesta transição
de milênio, pois
topo a máquina
de escrever no
calorento
janeiro de 2009,
sobre quais
seriam as
crianças e os
jovens da nova
geração, a que
alude Kardec em
A Gênese,
lançada em 1868,
há 141 anos,
pois.
Em tempo real, a
mídia, sobretudo
a televisiva,
traz-nos
notícias do que
vai pelos quatro
cantos do Mundo.
Aqui, cientistas
salvando vidas
com o emprego de
células-tronco
embrionárias da
medula óssea de
doadores
anônimos. Ali, o
petróleo
descoberto em
jazidas imensas
debaixo das
águas do mar. E
entristecem a
alma a corrupção
administrativa,
os flagelos
públicos
naturais, as
guerras
fratricidas onde
Jesus nasceu, a
devastação do
meio, e os
tiroteios da
polícia contra
os chamados
marginais do
crime
organizado. Você
o sabe bem...
Bem sei que, no
silêncio, há
mais gente
trabalhando dia
e noite para o
bem. Operários,
donas de casa,
estudantes,
mestres e
escritores,
modestos
serventes e
abnegados
empresários dão
o melhor de si
para o
equilíbrio
social. E os
Espíritos
Superiores
sustentam os que
sofrem, os que
choram, os que,
pela dor, abrem
as portas da sua
elevação moral.
E Jesus é o
nosso modelo
maior!
Todos podemos,
de alguma
maneira, ser
elementos desta
nova geração,
quer aí vivamos
na maturidade,
na mocidade, na
velhice. Basta
que amemos aos
nossos
familiares,
convivamos em
paz com os
vizinhos, oremos
pelos
adversários,
auxiliemos um só
pedinte,
mentalizando a
concórdia em
todos os pontos
do globo.
Reconheço ser
tarefa às vezes
difícil, por
trazer cada qual
a sua cruz ao
ombro.
Reconheço-o por
mim, aos 66 anos
de idade. Olho
para trás e vejo
que nada fiz.
Encaro o futuro
e percebo quanto
devo ainda
fazer, pois que
é a lei de Deus
que nos convida
à evolução. Que
eu mande uma
cartinha a um
triste. Que eu
ouça um enfermo.
Que eu abençoe
um velho. Que eu
afague um
cãozinho. São
formas diminutas
que, somadas a
outras doutros
irmãos em
Humanidade, hão
de formar uma
corrente de
fraternidade
para a
edificação do
Reino do Bem.
A nova geração,
a meu pobre
juízo, está na
criança que
estuda num
sistema
educacional
caótico como o
brasileiro. Está
nos
profissionais de
saúde que não
dispõem de
remédios ou
equipamentos
para amparar o
enfermo. Está na
mãe de família
tentando
preparar o
alimento dos
filhos. Está
naquele que
dirige ônibus,
trens, metrôs
nas cidades. Ou
traz as mãos no
arado nos
campos. Ou abre
sepulcros, mesmo
em tempo de paz.
Em você que
bondosamente me
lê aqui.
Espalhando o
consolo,
alimentando a
esperança,
pensando na
harmonia,
buscando o
entendimento na
esfera estreita
de nossa ação,
de algum modo
somos elementos
da nova geração
de maior
valorização da
vida e do amor
verdadeiro.
(Caixa Postal
61003, Vila
Militar, Rio de
Janeiro, RJ, CEP
21615-970.)