WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
 

Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 115 – 12 de Julho de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(4a Parte)

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. A reencarnação é realmente necessária ao progresso do Espírito?

Sim. A reencarnação é fator indispensável ao progresso espiritual. Explica Kardec que, trabalhando para si mesmo, o Espírito encarnado também trabalha para o melhoramento do mundo em que habita. (Revue Spirite de 1864, pp. 48 a 50.) 

B. Há um momento em que a reencarnação deixa de ser necessária para o Espírito?

Quando o Espírito tiver chegado a um grau evolutivo em que tenha domínio completo sobre a matéria, ele não mais necessitará de reencarnar e seu trabalho passará a ser inteiramente espiritual. É o estado dos Espíritos nos mundos superiores. (Obra citada, pág. 55.) 

C.  A faculdade mediúnica depende do organismo da pessoa?

Segundo Kardec, não há dúvida quanto a isto: a mediunidade é uma faculdade que depende, sim, do organismo. (Obra citada, págs. 60 a 62.) 

Texto para leitura

40. Em Poitiers ocorreram em janeiro de 1864 fenômenos singulares: todas as noites, durante cinco ou seis dias, a partir das 6 horas, ruídos singulares eram ouvidos numa casa. Os ruídos eram semelhantes a disparos de artilharia e, além disso, violentos golpes pareciam ser dados nas paredes e nos postigos. Posteriormente, a Revue  informou que os fenômenos foram produzidos pelos Espíritos, do que os próprios espíritas da cidade duvidavam inicialmente. (PP. 46, 47, 77 a 80)

41. Comunicação obtida na Sociedade Espírita de Sens fala sobre a necessidade da reencarnação como fator indispensável ao progresso espiritual, a que Kardec acrescenta que, trabalhando para si mesmo, o Espírito encarnado trabalha para o melhoramento do mundo em que habita. (PP. 48 e 49)

42. Em Paris, o mesmo tema foi focalizado por outro Espírito, que disse que a reencarnação é necessária enquanto a matéria domina o Espírito. Do momento em que o Espírito chegou a dominar a matéria, a reencarnação não tem mais nenhuma utilidade nem razão de ser. (PP. 49 e 50)

43. Eis outros ensinamentos constantes da referida comunicação: I) À medida que as sensações corporais do homem se tornam mais requintadas, suas sensações espirituais também despertam e crescem. II) Sendo os fluidos os agentes que põem em movimento o nosso corpo, são eles os elementos de nossas aspirações, pois existem fluidos corpóreos e fluidos espirituais. III) Esses fluidos compõem o corpo espiritual do Espírito que, encarnado, age por meio deles sobre a máquina humana, que ele deve aperfeiçoar. IV) O Espírito possui livre-arbítrio e procura sempre o que lhe é agradável e satisfaz. Se for um Espírito inferior e material, busca suas satisfações na materialidade e dá, assim, um impulso aos fluidos materiais. V) Como necessita de depuração e esta só é alcançada pelo trabalho, as encarnações escolhidas lhe são mais penosas, porque - depois de haver dado supremacia à matéria e a seus fluidos - deve constrangê-la, lutar com ela e dominá-la. (PP. 50 a 52)

44. Na sequência, o Espírito fala sobre a afeição e o amor, afirmando ser preciso, para que a afeição persista eternamente, que ela seja espiritual e desinteressada e comporte abnegação e devotamento. (P. 52)

45. Em face disso, toda afeição resultante apenas do instinto animal ou do egoísmo se destrói com a morte terrestre, enquanto a verdadeira afeição - a afeição espiritual - persiste para todo o sempre. (PP. 52 e 53)

46. Quando assim é, é a alma que ama. Dois Espíritos unidos espiritualmente se buscam e tendem sempre a aproximar-se; seus fluidos são atrativos e, se estiverem no mesmo globo, serão impelidos um para o outro. (P. 53)

47. Comentando a mensagem, Kardec diz que, considerada do ponto de vista do progresso, a vida do Espírito apresenta três períodos principais: 1o) O período material, no qual a influência da matéria domina a do Espírito; 2o) O período do equilíbrio, no qual ambas as influências se exercem simultaneamente;  3o) O período espiritual, no qual, tendo dominado completamente a matéria, o Espírito não mais necessita da encarnação e seu trabalho passa a ser inteiramente espiritual; é o estado dos Espíritos nos mundos superiores. (P. 55)

48. Noticiando o surgimento da Revue Spirite de Anvers, fundada em 1o de janeiro de 1864, Kardec adverte que toda publicação espírita que ficasse para trás do movimento necessariamente encontraria pouca simpatia. Outra condição de sucesso para publicações desse gênero é marchar com a opinião da maioria.  “Tornar-se eco de opiniões retardatárias ou seguir um caminho errado - diz Kardec - é condenar-se previamente ao isolamento e ao abandono.” (PP. 56 e 57)

49. A Revue  destaca trechos do livro “Reconhecemo-nos no céu”, do padre Blot, da Companhia de Jesus, no qual ele cita grande número de passagens de escritores sacros, aparições e manifestações diversas, que provam a reunião após a morte daqueles que se amaram e as relações existentes entre os mortos e os vivos. (PP. 57 a 59)

50. Kardec analisa o romance “A Lenda do Homem Eterno”, do Sr. Armand Durantin, para apontar alguns equívocos cometidos pelo autor. Corrigindo-o, Kardec esclarece: I) Não é preciso ser perfeito para comunicar-se com os Espíritos. II) A mediunidade é uma faculdade que depende do organismo. III) A superioridade moral do médium lhe assegura a simpatia dos bons Espíritos e o torna apto a receber instruções mais elevadas. IV) A doutrina espírita não é fruto de um sistema preconcebido, mas resultou da observação dos fatos. V) O Espiritismo nada admitiu a título de hipótese prévia: tudo na sua doutrina é o resultado da experiência. (PP. 60 a 62)

51. Abrindo o número de março, Kardec explica por que Deus, ao invés de ter criado os Espíritos perfeitos, fê-los simples e ignorantes. Se Deus os tivesse criado perfeitos, tê-los-ia isentado de todo trabalho intelectual e lhes teria tirado toda a atividade que devem desenvolver e pela qual concorrem para o aperfeiçoamento material dos mundos. (PP. 65 e 66)

52. Submetendo-os à lei do progresso facultativo, quis Deus que os Espíritos tivessem o mérito de suas obras, para terem direito à recompensa e à satisfação de haverem conquistado suas próprias posições. (P. 67) (Continua no próximo número.)

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita