ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
O Porquê da Vida
Léon Denis
(Parte 12)
Damos
prosseguimento ao estudo
do clássico O Porquê
da Vida, focalizando
nesta edição a parte IV
da obra referida, que é
composta pela novela
Giovana. A fonte
deste estudo é a 14ª
edição do livro,
publicada pela Federação
Espírita Brasileira.
Questões
preliminares
A. Giovana admitia a reencarnação?
R.: Sim. Apesar de
frequentar a igreja de
Gravedona, suas ideias
nesse sentido eram
claras: “Uma existência
não pode bastar para nos
habilitar a atingir a
perfeição”, raciocinava
a moça. Maurício
confessou-lhe ter também
ideias parecidas, mas
disse não compreender
por que, se a
reencarnação era um
fato, a lembrança do
passado se apaga de
nossa memória. “Porque
os tumultos e as
ocupações da vida
material nos distraem da
observação íntima de nós
mesmos”, explicou
Giovana. “Muitas
reminiscências de minhas
vidas de outrora
voltam-me ao espírito”,
acrescentou ela. “Creio
que muitas pessoas
poderiam reconstruir
suas existências
passadas, analisando
seus gozos e seus
sentimentos.”
(O Porquê da Vida, pp.
141 e 142.)
B. Como Giovana via o nosso planeta?
R.: Ela dizia que a
Terra é um mundo ainda
muito inferior e que,
para ganharmos as
alturas, é preciso que
nós mesmos nos elevemos.
Deus nos deu os meios
para isso. “Ele quis que
fôssemos os operários da
nossa felicidade”, disse
a jovem. “Não está
escrita em nossa própria
consciência a lei do
progresso? Não recuemos,
portanto, diante das
lutas, dos sacrifícios,
diante de tudo que
purifica, eleva e
enobrece.”
(Obra citada,
pág. 151.)
C. Que função exercem na vida a dor e o sofrimento?
R.: Ambos exercem função
importante no progresso
humano. “Sem as provas,
o orgulho e o egoísmo,
esses flagelos da alma,
não teriam freio algum”,
disse Giovana a
Maurício. “A aflição nos
torna mais sensíveis,
nos inspira mais piedade
para com os infelizes.” (Obra citada, pp. 152 e 153.)
Texto
para leitura
146. Giovana, apesar de
frequentar a igreja de
Gravedona, admitia
também a doutrina da
reencarnação. Suas
ideias nesse sentido
eram claras: “Uma
existência não pode
bastar para nos
habilitar a atingir a
perfeição”, raciocinava
a moça. (P. 141)
147. Maurício
confessou-lhe ter também
ideias parecidas, mas
disse não compreender
por que, se a
reencarnação era um
fato, a lembrança do
passado se apaga de
nossa memória. “Porque
os tumultos e as
ocupações da vida
material nos distraem da
observação íntima de nós
mesmos”, explicou
Giovana. “Muitas
reminiscências de minhas
vidas de outrora
voltam-me ao espírito”,
acrescentou ela. “Creio
que muitas pessoas
poderiam reconstruir
suas existências
passadas, analisando
seus gozos e seus
sentimentos.” (P. 142)
148. A admiração que se
tinha despertado no
espírito de Maurício no
seu primeiro encontro
com Giovana ia
aumentando à medida que
melhor aprendia a
conhecê-la. Na verdade,
não era apenas
admiração: era amor.
Maurício estava amando.
E cada dia que passava
descobria em Giovana uma
nova qualidade. (P. 144)
149. Autorizada pela
velha tia de Giovana,
Maurício pôde frequentar
sua casa, repetindo as
visitas que ele passou a
fazer com frequência,
iniciando-se entre os
dois jovens um período
de entretenimentos
prolongados, de longas
conversas, durante as
quais suas almas se
expandiam em mútuas
confidências. E eles,
mais e mais se
aproximando, aprendiam
ainda mais a se amarem.
(P. 146)
150. O dia dos esponsais
logo foi marcado e tudo
se preparou para a festa
íntima, na qual deviam
tomar parte somente dois
ou três velhos amigos.
(P. 146)
151. Na véspera,
Maurício e Giovana foram
passear pelo campo e ela
falou-lhe ainda uma vez
de suas convicções.
Mirando os astros, a
noiva disse a Maurício:
“Muitas vezes tenho
visitado esses mundos.
Os protetores, amigos
invisíveis, levam-me
quase todas as noites
para essas regiões
celestes. Apenas fecho
os olhos, um grupo de
Espíritos, de compridas
vestimentas flutuantes,
de fonte resplandecente,
cercam-me. Vejo minha
própria alma que,
semelhante a eles, se
desprende de meu corpo e
os segue”. (PP. 148 e
149)
152. Giovana contou-lhe
então os cenários
contemplados nesses
planetas onde os
habitantes, dotados de
corpos sutis e aéreos,
facilmente se elevam aos
ares e agem sobre os
fluidos leves e
coloridos que constituem
a atmosfera de seus
mundos, dando-lhe mil
formas, mil aspectos
diferentes. (P. 149)
153. Após descrever os
palácios e demais
construções imponentes
que se erguem em tais
mundos, Giovana afirmou
que seus habitantes não
conhecem o frio nem a
fome, e quase que nem a
fadiga. “Sua existência
é muito simples”,
informou ela.
“Empregam-na em se
instruírem, em estudarem
o Universo, em
penetrarem suas leis
físicas e morais.” E
aditou: “Mas, a prática
das virtudes é sobretudo
o seu objetivo”. (P.
150)
154. Maurício indagou se
era para esses mundos
que iam os homens
virtuosos que deixavam a
Terra. “Muitos graus há
a transpor antes de se
obter acesso nesses
mundos”, respondeu a
noiva. “Eles são os
últimos degraus da vida
material e os seres que
os povoam, diáfanos e
leves para nós, são
ainda grosseiros e
pesados, comparados aos
Espíritos puros.” (P.
150)
155. Explicando que a
Terra é um mundo ainda
muito inferior, Giovana
asseverou que para
ganharmos essas alturas
sublimes é preciso que
nós mesmos nos elevemos,
e Deus para isso nos deu
os meios. “Ele quis que
fôssemos os operários da
nossa felicidade”, disse
a jovem. “Não está
escrita em nossa própria
consciência a lei do
progresso? Não recuemos,
portanto, diante das
lutas, dos sacrifícios,
diante de tudo que
purifica, eleva e
enobrece.” (P. 151)
156. Na sequência, ela
passou a dissertar sobre
a dor e o sofrimento, e
sua grande função no
progresso humano. “Sem
as provas, o orgulho e o
egoísmo, esses flagelos
da alma, não teriam
freio algum”, afirmou
Giovana. “A aflição nos
torna mais sensíveis,
nos inspira mais piedade
para com os infelizes.”
(PP. 152 e 153)
157. Maurício
estava extasiado
com as lições
recebidas, mas a
noite chegou e a
vida seguiu seu
rumo. Entregues
à sua ventura,
ignoravam ambos
que um terrível
flagelo se
aproximara, que
seus estragos
haviam
despovoado as
planícies
lombardas e que
o ar puro das
montanhas seria
impotente para
detê-lo. (P.
154)
(Continua no
próximo número.) |