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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 120 - 16 de Agosto de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(Parte 31)

 
Damos continuidade ao estudo da obra
Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. É fácil vencer na experiência terrestre?

Não. Foi isso que Matilde procurou dizer à jovem que seria, em breve tempo, sua futura mãe: "Margarida, viver no corpo terrestre, entendendo os deveres divinos que nos cabem, não é tão fácil, ante a glória infinita que em companhia dele podemos recolher. Todos possuímos culposo pretérito a redimir. É imperioso reconhecer, todavia, que, se a experiência hu­mana pode ser doloroso curso de renunciação pessoal, é também abenço­ada escola em que o Espírito de boa vontade pode alcançar culminân­cias". “A dor, o obstáculo e o conflito são ferramentas abençoadas de melhoria.” (Libertação, cap. XIX, pp. 239 a 241.) 

B. Que virtudes ensinadas por Jesus ganharam destaque nos conselhos de Matilde à jovem Margarida?

Embora breves, os conselhos de Matilde eram revestidos de grande sublimidade, porque neles se dava merecido destaque à humildade e à caridade, as maiores virtudes segundo Jesus. (Obra citada, cap. XIX, pp. 241 e 242.) 

C. Que disse Matilde sobre o valor do tempo?

Matilde disse o seguinte a Margarida: "O tempo é valioso, minha filha, e não podemos menoscabá-lo, sem grave prejuízo para nós mesmos". Ela aludia assim à importância da reencarnação, que nem sempre é simples processo regenerativo, embora constitua, na maioria das vezes, recurso corretivo de Espíritos renitentes na desordem e no crime. (Obra citada, cap. XIX, pp. 243 a 245.)

Texto para leitura

127. Viver na Terra não é fácil - De repente, Margarida bradou, em lá­grimas comoventes: "Mãe! Querida mãezinha!" Matilde respondeu: "Sim, minha filha, sou eu; o amor jamais desaparece! A união das almas vence o tempo e a morte". Margarida perguntou-lhe por que a abandonara, e Matilde asseverou: "Nunca te esqueci. O país da neblina carnal mui­tas vezes parece distanciar-nos uns dos outros; entretanto, sombra alguma conseguirá separar-nos. Nossas aspirações e esperanças se confun­dem, quais pontos de luz, nas trevas da separação, assim como as es­trelas se assemelham a balizas brilhantes no nevoeiro noturno, recor­dando-nos o infinito e a eternidade". A jovem parecia acordar cada vez mais largamente e revelou à benfeitora sentir-se cercada de inimigos sem entranhas. Notava invencível antagonismo entre seus sentimentos e a realidade humana. O próprio matrimônio, em que depositava os mais caros sonhos, não lhe foi senão escuro livro de desenganos cruéis. Tinha, pois, o coração extenuado e oprimido... Soluços violentos impe­diram-na de continuar. Matilde enxugou-lhe o pranto e falou-lhe, bon­dosa: "Margarida, viver no corpo terrestre, entendendo os deveres di­vinos que nos cabem, não é tão fácil, ante a glória infinita que em companhia dele podemos recolher. Todos possuímos culposo pretérito a redimir. É imperioso reconhecer, todavia, que, se a experiência hu­mana pode ser doloroso curso de renunciação pessoal, é também abenço­ada escola em que o Espírito de boa vontade pode alcançar culminân­cias". E Matilde desfilou conselhos e considerações de enorme valor, como as que a seguir resumimos: É indispensável se abra o coração ao clima interior da bondade e do entendimento. Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições. A dor, o obstáculo e o conflito são ferramentas abençoadas de melhoria. É preciso modificar nossas mais íntimas disposições, com referência aos adversários. O inimigo nem sempre é uma consciência agindo delibe­radamente no mal; na maioria das vezes, é alguém que atende à incompreensão quanto qualquer de nós. As Potências Angélicas não nos punem a incapacidade temporária de compreensão; ao invés de condenar-nos, identificam-nos as deficiências e estendem-nos braços fraternos, atra­vés de mil recursos invisíveis e indiretos. (Cap. XIX, pp. 239 a 241) 

128. A vida é serviço e ascensão - O diálogo entre mãe e filha continuou por algum tempo. Margarida disse à benfeitora que naquele momento tudo era consolação e esperança; todavia, no dia seguinte ela seria nova­mente prisioneira no cárcere físico e caminharia em conflito com os monstros que a assediavam... Matilde alvitrou que esse era o impera­tivo da tarefa que lhe competia realizar. Era imprescindível, porém, não perder os tesouros do tempo em considerações inúteis. "Enche as tuas horas de trabalho salutar com a possível harmonia, fonte de toda a beleza. Não fujas ao óbice valioso na corrida de aperfeiçoamento, nem sorvas o mentiroso elixir da ilusão", aconselhou a benfeitora. "A vida, para toda alma que triunfa no carreiro áspero, é serviço, movi­mento, ascensão." E Matilde lembrou-lhe as mulheres que, aos milhares, suam e sangram, em silêncio, sem o afeto de um esposo, sem a bênção de um lar e sem conhecer a dádiva de um corpo normal ou os mínimos sonhos que ela arregimentava no coração feminil. Aludiu também a todos que, apesar das dificuldades e vicissitudes, continuam impávidos em sua marcha ascensional. Margarida, compreendendo a argumentação da benfei­tora, rogou-lhe, súplice, que a ensinasse a continuar, para poder hon­rar assim a bendita oportunidade recebida. Matilde recomendou-lhe, então, suavemente: "Não procures ser atendida em todos os teus desejos, mas procura servir, fraternalmente, a quantos te reclamem arrimo e braço forte. Ajuda, antes de procurares auxílio. Compreende, sem exi­gir compreensão imediata. Desculpa os outros, sem desculpar a ti mesma. Ampara, sem a intenção de ser amparada. Dá, sem o propósito de receber. Não persigas o respeito humano que te faça parecer melhor que és, mas busca, em todo tempo e lugar, a bênção divina na aprovação da própria consciência. Não procures destacada posição, diante dos ou­tros; antes de tudo, aperfeiçoa os teus sentimentos, cada vez mais, sem propaganda de tuas virtudes vacilantes e problemáticas. Age corre­tamente e esquece as frases vazias ou venenosas da maledicência contu­maz". E prosseguiu ditando conselhos breves revestidos de grande su­blimidade, porque neles se dava merecido destaque à humildade e à ca­ridade, as maiores virtudes segundo Jesus. (Cap. XIX, pp. 241 e 242) 

129. O egoísmo nunca edificará um continente - Entre os conselhos que Matilde dirigiu à jovem senhora, destacamos os seguintes: A experiên­cia na carne é demasiado breve. A cabeça deve permanecer tão cheia de ideais santificantes, quanto as mãos repletas de trabalho salutar. É imprescindível abrir o coração ao sol renovador do Supremo Bem. A alegria que improvisares em torno dos pés alheios te fará mais rica de júbilo. Na paz que semeares, encontrarás a colheita da paz que dese­jas. Para a sabedoria divina, tão infortunado é o pastor que perdeu o rebanho, quanto a ovelha que perdeu o pastor. O egoísmo conseguirá criar um oásis, mas nunca edificará um continente. É indispensável aprender a sair de ti mesma, auscultando a necessidade e a dor daque­les que te cercam. Findo aquele diálogo sublime, Matilde levantou-se, abraçada à filha espiritual, e foi ao encontro de André e seus compa­nheiros, apresentando-os à jovem por particulares amigos. Estabeleceu-se então confraternizadora palestra, o que fez com que a onda de lá­grimas se extinguisse. Chegou, pouco depois, o momento das despedidas e Matilde aproveitou o ensejo para dar novos conselhos à ex-obsidiada, encarecendo a necessidade de que ela ouvisse e levasse a sério o apelo que lhe fora endereçado. Esclareceu-lhe que sua visita não tinha o simples objetivo de levar-lhe consolo. A finalidade divina há de ser, em tudo, a alma de nossa ação, disse-lhe Matilde. "O tempo é valioso, minha filha, e não podemos menoscabá-lo, sem grave prejuízo para nós mesmos", asseverou. Depois, para surpresa da jovem, a benfeitora in­formou que ela voltaria também ao círculo carnal dentro de poucos anos. "Tu? -- gritou Margarida, apalermada -- por que te seria imposta semelhante pena?"  Matilde esclareceu: "Não te guardes em tamanha in­compreensão da lei do trabalho; a reencarnação nem sempre é simples processo regenerativo, embora, na maioria das vezes, constitua recurso corretivo de Espíritos renitentes na desordem e no crime". (Cap. XIX, pp. 243 a 245) (Continua no próximo número.)   
 


 


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