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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 120 - 16 de Agosto de 2009

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Guará II, Distrito Federal (Brasil)
 

Crônicas de Natal

Cadê o menino?


Na grande Belém, em uma casa simples, porém aconchegante, havia nascido o menino Jesus. Menino robusto, desde cedo teve contato com o mar, caminhando com a sua mãe para o mercado do Ver-o-peso.

Sempre assistia ao Círio e acompanhava seu pai nas idas à Praia do Mosqueiro, para vender o artesanato em madeira que ele produzia. Mas aquele dia era especial para o pequeno Jesus. Completaria doze primaveras e seu cabelo negro já denotava feições de um rapazinho.

Sua mãe, apesar das dificuldades reinantes, juntou uma modesta quantia para que naquele dia de dezembro pudesse presenteá-lo. Seria uma festa singela, com a presença de alguns amigos e, por insistência do menino, a presença de alguns animais que ele ajudava o pai a criar com muito carinho.

A mãe se debulhava na tapioca e no doce de cupuaçu e já havia até chamado o padre da paróquia para dizer algumas palavras bonitas por ocasião do “Parabéns”.

Tudo pronto para o começo da festa, os convidados chegando, o som tocando e o burrinho amarrado na porta como solicitado pelo menino. E cadê o menino? Jesus havia desaparecido de sua festa. Os convidados já queriam se lambuzar com os saborosos quitutes, mas Jesus havia desaparecido.

Após uma procura incessante pela mata, pelas cachoeiras próximas, pela rua... ninguém sabia de Jesus. A cada menino moreninho que a mãe via, pensava ser seu filho. As crianças, inquietas, fruto de seu egocentrismo infantil, só pensavam em ir embora, quando o padre sugeriu sabiamente que as crianças trocassem entre si os presentes que seriam para Jesus, na busca de acalmá-los.

A noite caiu. Da festa nada ficou, além de uma leve música ao fundo. Dia após dia, fotos no jornal, chamadas em praça pública e ninguém mais sabia daquele pobre menino belenense, filho único, que tanta alegria trouxe aos seus.

A verdade é que Jesus havia desaparecido e a cada ano, naquela data, seus pais lembravam saudosos aquela data. Faziam pequenas trouxas de roupas e alimentos e distribuíam naquela data a várias crianças pobres da grande Belém. Do mais, ninguém recordava de Jesus.

Naquele dia do mês de dezembro, mais um Jesus desaparecia de sua festa. Se o primeiro, que fez de sua vida uma mensagem, já havia sido esquecido, o que dizer do segundo, que mal iniciou a sua jornada?    


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita