Jesus, nosso
excelso Mestre,
além de todas as
virtudes,
mostrou ser,
também, um
excelente poeta.
Sendo Espírito
da mais alta
hierarquia (“EU
SOU”) – na
Escala Espírita
está situado na
Primeira Ordem,
Classe Única,
Espíritos Puros
–, o Cristo já
tem a vivência,
em grande
expressão, do
sentimento do
belo.
Hodiernamente,
tanto se fala em
ecologia, no
respeito à
natureza, no
carinho às
árvores e aos
animais. Jesus
exemplificou, em
seu nascimento,
cercado de seres
infra-hominais,
no estábulo, o
seu amor aos
seres vivos. O
Mestre
reencarna, em
uma humilde
estrebaria,
sendo seu berço
um tabuleiro
onde se serve a
comida aos
animais.
Os primeiros
visitantes do
menino foram
simples pastores
que guardavam
suas ovelhas,
naquela noite
sublime e
majestosa.
Encontro
memorável do
Cristo com os
primeiros
"lírios do
campo" que,
de vigília,
pastoreavam seu
rebanho.
Na casa de
Simão, o
fariseu, Jesus
viu uma
exuberante “flor
do campo”,
ungindo os seus
pés. Aproveitou
o ensejo para
exortá-la a uma
nova vida. O
anfitrião,
israelita,
embora
religioso, não
podendo ver os
lírios que
crescem,
recriminava o
Mestre, dizendo
ser a mulher uma
pecadora (Lucas
7:39).
Nas cercanias de
Tiro e Sidon,
uma mãe aflita,
cananeia, foi
testada em sua
fé pelo Cristo.
Ele sabia que
estava diante de
uma fina “flor
do campo”, e
disse-lhe: "Ó
mulher, grande é
a tua fé!...”
(Mateus 15:28).
Uma adúltera foi
levada ao
Mestre. A lei
mosaica
determinava a
pena de morte,
através do
apedrejamento.
Jesus olhou os
“lírios do
campo” que
desabrochavam
naquela irmã, e
respondeu aos
que ainda não
sabem observar
as incipientes
“flores do
campo”:
"Aquele que
estiver sem
erro, atire a
primeira pedra".
E todos se
retiraram, a
começar pelos
mais velhos
(João 8:7-9).
O Evangelho de
Lucas relata a
entrada
magnânima do
Mestre, na
cidade de Naim,
onde se depara
com um cortejo
fúnebre.
Imediatamente, o
Cristo dirige-se
à mulher que,
juntamente com
grande número de
pessoas, ia
enterrar seu
único filho,
dizendo-lhe: –
Não chore!
Uma grande e
sublime ilação
nos vem à tona:
O Mestre foi ao
encontro daquela
“flor do campo”,
confortando-a.
Certamente,
Jesus
encorajou-a,
falando-lhe da
dimensão
espiritual, onde
se encontram
todos aqueles
que mataram a
morte,
vivenciando
dentro de si
mesmo a
imortalidade. Ao
mesmo tempo, o
amado Cristo
relata-lhe que
seu filho não
tinha morrido e
ordena ao
portador da
morte aparente:
“Mancebo a ti te
digo:
levanta-te...”
(Lucas 7:13).
Você, prezado
leitor, ligado a
essas letras,
saiba que,
igualmente, é um
abençoado
“lírio”, muito
bem cuidado pelo
Senhor da Vida.
Se, porventura,
está derramando
lágrimas de
sofrimento ou
amargura, talvez
vivendo momentos
de grande
aflição e
ansiedade, não
esmoreça,
porquanto, o
Cristo está ao
seu lado,
conhecendo o seu
drama e
participando da
sua dor.
Não chore! O
Mestre lhe fala:
“No mundo
terá
atribulações,
mas tenha bom
ânimo, eu venci
o mundo” (João
16:33). Como
também: “Bem-aventurados
os que choram,
pois que serão
consolados”
(Mateus 5:4).
“Vinde a mim,
todos vós que
estais aflitos e
sobrecarregados,
que eu vos
aliviarei. Tomai
sobre vós o meu
jugo e aprendei
comigo que sou
brando e humilde
de coração e
achareis repouso
para vossas
almas, pois é
suave o meu jugo
e leve o meu
fardo”. (Mateus
11:28-30.)
"Olhai para os
lírios do campo,
como eles
crescem: não
trabalham, nem
fiam. Eu vos
digo que nem
mesmo Salomão,
em toda a sua
glória, se
vestiu como um
deles"
(Mateus
6:28-29).
Você, querido
leitor, não vê
os lírios que
crescem dentro
de si? Enquanto,
neste momento,
está preocupado
com o dia-a-dia,
porventura
desesperado com
o amanhã, todo o
seu arcabouço
físico está
funcionando
automaticamente.
Trilhões de
células de seu
corpo somático
vivem sem a
intervenção da
sua vontade. Uma
potente máquina,
em seu peito,
bombeia o
sangue, fazendo
toda a operação
por si mesma,
sem a sua
interferência.
Passe a olhar os
lírios do campo!
Tenha a certeza
de que ninguém é
desgraçado,
infortunado: O
Mestre disse:
“Aquele que não
toma a sua cruz,
e não me segue,
não é digno de
mim".
(Mateus 10:38.)
Tenha fé, tudo é
passageiro. O
Cristo, também,
afirmou que na
casa do Pai há
muitas moradas.
O Universo
espelha a
eternidade e
haverá, sempre,
uma mão amiga
para acolhê-lo.
Nenhum ser é ou
será deserdado.
O apóstolo
Pedro, em sua
Primeira
Epístola, o
conforta,
dizendo que
Jesus pregou aos
Espíritos em
prisão (1 Pedro
3: 19). A pena
existe em nós, à
medida que nosso
pensamento está
canalizado para
o mal que
causamos a
outrem. Deus,
que é definido
como Amor,
concede a todos
os seus filhos
imortais,
atormentados
pelo “inferno do
remorso”, a
“eternidade de
Sua Clemência”,
possibilitando o
resgate dos
erros, por meio
de existências
sucessivas no
domínio físico
(reencarnação).
No momento em
que resolver
tocar no Mestre,
como fez a
mulher que,
havia doze anos,
tinha um fluxo
de sangue
(Marcos 5:25),
evocando-o,
pedindo-lhe
misericórdia por
suas faltas e
disposta a
repará-las, o
"inferno", em
que se encontra
a sua
consciência,
transformar-se-á
em morada de
alento e de
esperança. O
Cristo ensinou
que nenhuma
ovelha se
perderá.
Abra seu coração
a Jesus. Procure
agir como o
samaritano que
ajudou o homem
caído na
estrada. Vá de
encontro aos
sofredores.
Procure praticar
a fraternidade.
Faça com que o
amor seja, cada
vez mais,
espargido sobre
todos os aflitos
e desesperados.
Olhe os lírios
do campo!
Observe aqueles
que são
menosprezados e
vilipendiados
pelos homens.
Valorize sempre
o ser humano,
qualquer que
seja sua conduta
atual. Ontem,
também, você
semeara o mal e
as mesmas mãos,
que o socorriam
então, serão
substituídas,
agora, pelas
suas.
Não tenha
preconceito.
Olhe as flores
do campo nos
chamados
“pecadores”.
Todos nós somos
frutos e criação
do Grande
Geômetra do
Universo,
definido como
Amor, no Novo
Testamento.
Segundo o Mestre
Jesus, o Reino
de Deus está
dentro de nós e
somos realmente
deuses. Fomos
criados para a
felicidade, que
já existe em
potencial dentro
de nós, desde o
momento de nossa
fecundação
cósmica.
Meu querido
leitor, olhe,
agora, olhe,
sempre, os
lírios do
campo...