o
qual é um dos
assuntos
tratados na
presente
entrevista.
O Consolador:
Como você se
tornou espírita?
Graças à
iniciativa de
minha mãe, que
procurou o
Espiritismo por
conta de
problemas
espirituais de
meu pai e que
depois revelaram
suas faculdades
mediúnicas.
Comecei aos nove
anos
participando do
Centro Espírita
Luz e Verdade,
mas, então, com
outras crianças,
apenas ficava
com uma senhora,
enquanto os pais
participavam dos
trabalhos, sem
que fosse uma
evangelização
espírita
propriamente
dita. Aos doze
anos comecei a
participar da
Mocidade
Espírita
Hilário, então
recentemente
criada, da qual
posteriormente
fui dirigente
por alguns anos,
ali me
fortalecendo nas
sólidas bases do
conhecimento
espírita.
O Consolador:
Situe a cidade
de Marília em
termos
demográficos e
econômicos para
que o leitor
possa conhecê-la
um pouco mais.
Marília é uma
agradável cidade
situada na
região
denominada Alta
Paulista, no
Estado de São
Paulo. Conta com
aproximadamente
200 mil
habitantes. Sua
economia é
baseada
principalmente
na indústria de
alimentos, mas
seu comércio é
dinâmico e sua
rede de ensino
compreende
importantes
universidades. O
clima é quente,
abrandado por
suaves ventos ao
anoitecer.
O Consolador: E
como é a Marília
espírita?
O movimento
espírita em
Marília vive uma
fase muito boa,
graças ao
dinamismo que
ganhou há mais
ou menos quatro
anos, quando um
grupo de
companheiros
bastante
interessados
assumiu a
diretoria da USE
Intermunicipal,
tendo à frente
Mara Vanin.
O Consolador: O
Hospital
Espírita de
Marília continua
sob orientação
espírita?
Sim. O conhecido
HEM, um hospital
psiquiátrico com
orientação
espírita,
continua em
plena atividade.
Apesar das
dificuldades
financeiras, a
diretoria e
demais
voluntários se
empenham para
conseguir os
recursos
necessários para
manter o
serviço,
considerando que
os valores pagos
pelo SUS não
cobrem todos os
custos. Com
relação à
prática
espírita, os
pacientes têm a
oportunidade de
participar de
reuniões de
explanação do
Evangelho e
recebem passes.
Também são
realizadas, nas
dependências do
hospital, várias
reuniões
mediúnicas.
O Consolador:
Quantas
instituições
espíritas
existem na
cidade?
Temos notícia de
pelo menos 26
instituições
espíritas, sendo
dois abrigos de
crianças e
adolescentes,
dois abrigos de
idosos, um
hospital
psiquiátrico,
uma escola de
ensino primário
e fundamental,
um centro
universitário e
uma biblioteca
espírita
pública. As
demais casas são
centros
espíritas. A USE
Intermunicipal
tem procurado
aproximar as
casas espíritas
e a cada quatro
meses realiza um
encontro entre
os seus
presidentes, o
que tem
contribuído para
um maior
entrosamento e
troca de
experiências.
Com isso, temos
percebido uma
maior
participação dos
frequentadores
das casas nos
eventos
promovidos pela
USE.
O Consolador:
Quais são os
eventos mais
expressivos do
movimento
espírita atual?
Os quatro anos
da atual USE
foram de
atividades
intensas. Foram
promovidas
palestras com
espíritas
renomados, como
José Medrado,
Adenaer Novaes,
Cajazeiras,
Plinio Oliveira
e Moacir Lima.
Destaque
especial para
Divaldo Pereira
Franco, em
janeiro de 2008,
que atraiu
grande público
de Marília e
região. Fizemos
seminários e
fóruns sobre
Mediunidade.
Sediamos uma
Comenoesp
(encontro de
jovens da região
noroeste).
Realizamos a
Feira do Livro
Espírita Chico
Xavier, dentro
de um shopping,
que se prestou
muito bem à
divulgação do
Espiritismo. Em
abril deste ano
foi realizado
com sucesso o
Mês Espírita
2009, com a
presença de
Suely Caldas
Schubert, Plinio
Oliveira, Orson
Peter Carrara e
Francisco do
Espírito Santo
Neto. Em junho,
a AJE -
Associação
Jurídico-Espírita,
em parceria com
a Fundação
Eurípides e
apoio da USE,
promoveu o
evento “A
Caminho da Paz”,
com palestra do
Dr. Izaias Claro
e apresentação
do Coral
Harmonia, de
Birigui, além do
congresso da
AME-São Paulo,
previsto para
agosto.
(N.R.: Esta
entrevista foi
realizada antes
da realização do
congresso.).
O Consolador: Os
marcantes
eventos
ocorridos no
passado em
Marília
exerceram
influência no
movimento
espírita atual
da cidade?
Marília sempre
teve um papel
relevante no
movimento
espírita, e a
própria USE
nasceu de um
congresso aqui
realizado.
Marília sediou a
única
Confraternização
de Jovens do
Brasil e também
Confraternizações
Estaduais e
Regionais. O
Clube do Livro
Espírita nasceu
em Marília, por
iniciativa de
José de Oliveira
Reis Filho, que
tinha uma
livraria, e se
popularizou com
o trabalho dos
companheiros da
cidade de Bauru.
No entanto,
somente os
espíritas
daquela época,
já idosos,
guardam disso as
boas lembranças.
Quem está à
frente do
movimento, na
maioria, são
companheiros
diversos, muitos
originários da
mocidade
espírita, e
outros que
ingressaram só
posteriormente
no movimento de
nossa cidade.
O Consolador:
Quais os
mecanismos de
divulgação
espírita
existentes na
cidade para o
grande público?
Há clube do
livro, coluna em
jornal, programa
de rádio?
Temos um clube
do livro,
mantido pelo
Centro Espírita
Luz e Verdade, o
programa de
televisão “Luz e
Vida”,
transmitido por
televisão
comunitária a
cabo e
apresentado por
um grupo de
espíritas, e uma
coluna espírita
em jornal da
cidade, mantido
por iniciativa
própria por uma
companheira.
Programa de
rádio tínhamos
um, mas foi
interrompido.
O Consolador: A
localização
geográfica da
cidade facilita
a integração
regional com
outras casas e
cidades?
Marília tem ao
seu redor
diversas cidades
menores, cujas
pessoas sempre
buscam os
recursos que ela
oferece. A USE
Intermunicipal
de Marília
compreende as
cidades de Vera
Cruz e Pompeia e
está ligada na
região com Garça
e Tupã. Temos um
bom entrosamento
e contato, com a
participação em
palestras e
outros eventos.
Anualmente, é
feito um
encontro de
trabalhadores,
alternando-se a
sede entre as
três cidades. Os
resultados são
muito bons,
contribuindo
para a maior
aproximação dos
amigos e a troca
de
experiências.
O Consolador:
Relate-nos sua
experiência na
condução do
jornal Ação
Espírita.
Sempre achei
importante a
comunicação no
meio espírita.
Já na Mocidade
Espírita assumi
um simples
periódico
chamado “Eu”,
rodado em
mimeógrafo a
álcool. Depois,
quando
secretário da
UNIME, antiga
denominação da
USE, fui por um
tempo
responsável pelo
“Boletim
Informativo”
distribuído aos
centros
espíritas da
cidade. Quando
fui trabalhar em
Adamantina,
senti a
necessidade de
um jornal para
ajudar na
dinamização do
movimento
espírita da
região. Em julho
de 1990, criamos
o Ação
Espírita,
contando
inicialmente com
a ajuda de uma
amiga espírita
formada em
jornalismo.
Trata-se de um
jornal
independente a
serviço do
Espiritismo e
dos órgãos de
unificação.
Assim, quando
vim para Marília
em 2005, para cá
transferimos o
Ação Espírita,
prosseguindo com
os mesmos
objetivos de
falar no Bem,
divulgar os
ensinamentos
espíritas e os
fatos do
movimento. A
publicação
atualmente é
trimestral, com
2.000
exemplares,
distribuídos,
graciosamente,
em Marília e
região e também
para várias
instituições
espíritas e
pessoas do
Brasil.
O Consolador: Há
algo mais que
gostaria de
acrescentar?
Que nestes
tempos difíceis
da grande
transição
sejamos capazes
de manter a
serenidade e a
paz, tendo Jesus
como nosso guia
e Kardec como
nosso Mestre.
Que, quanto
possível,
levemos a
mensagem
espírita
adiante, na
certeza de que
estamos todos
necessitados de
suas lições de
esperança e
consolação.