STEPHANE
LOUREIRO
stephane92@hotmail.com
Aracaju, Sergipe
(Brasil)
Vínculos
inquebrantáveis
O que é a
distância, o que
é o tempo,
diante da
Imortalidade
Espiritual?
Incontáveis
vezes,
acabrunhados
pela dilacerante
dor da saudade,
questionamos a
Misericórdia
Divina ao levar
para longe do
olhar, por
conduto do
perecimento do
corpo, aqueles
que estão tão
próximos do
coração.
E assim,
inconformados,
revoltamo-nos.
Aos irmãos
condoídos pela
irreparável
perda física dos
entes queridos,
quero falar da
Inexistência da
Morte. O corpo,
esta vestimenta
rude, grosseira,
tão sujeita às
intempéries da
existência
terrena, serve
apenas de
veículo ao
Espírito, que,
ao encarnar
inúmeras vezes,
no cativeiro da
Terra, vem
incumbido de
resgatar as
dívidas
contraídas em
existências
pretéritas.
Cumprimos esta
dura missão de
evoluir
espiritualmente,
quando
desenvolvemos
nossas tarefas
cotidianas com
esmero,
auxiliamos
humildemente o
próximo,
perdoamos as
decepções que
nos açoitam,
tantas vezes, o
coração e
procuramos
sobrepujar os
vícios morais
que cada um
carrega consigo,
em virtude de
sermos ainda
Espíritos tão
imperfeitos.
Contudo, a hora
de prestar
contas do uso
que demos às
oportunidades
que nos foram
ofertadas sempre
chega e quando
este Evento
Derradeiro
arrebata aqueles
que nos são
estimados,
imensa tristeza
assevera a
fronte daquele
que sofre.
Em verdade, é
preciso pensar
que a Vida
Legítima é
aquela que nos
espera após o
cativeiro da
carne. Ao
Espírito, dotado
de maior
entendimento
quando de
retorno à Pátria
Espiritual, é
sempre com
alegria que se
desvencilha do
calvário da
matéria,
especialmente
quando sabe que
cumpriu, neste
plano, os
desígnios do
Pai.
Quão
maravilhados
ficaríamos se a
todos nós
encarnados fosse
facultada a
possibilidade de
presenciar o
desenlace
material do
homem que nesta
vida foi justo,
probo, sendo
recebido pelos
amigos da
espiritualidade,
cercado de afeto
e amparo, tal
qual aquele que,
após um dia de
trabalho árduo,
aufere a
recompensa
merecida.
Irmãos, a morte
nada mais é que
etapa necessária
à continuação da
vida. Afinal,
tudo aquilo que
realmente
importa ao
Espírito jamais
perece. É
imprescindível
entendermos que
a separação
imposta por
aqueles que
partem para o
outro plano é
temporária. Que
Deus de
injustiça seria
esse,
arrebatando,
eternamente,
aqueles que
estimamos?
Os vínculos
sinceros
construídos no
transcorrer da
existência
terrena são
indestrutíveis,
permanentes. A
morte, longe de
romper tais
vínculos,
possibilita que,
num futuro
relativamente
próximo diante
da imortalidade
espiritual,
aqueles que se
amam
verdadeiramente
se reencontrem,
onde as
vicissitudes da
matéria não os
podem alcançar.
O Amor é um
vínculo
inquebrantável.
Por que chorais
irmãos, quando a
Providência
livra da carne
vergastada,
aqueles a quem
vosso peito,
agora chagado,
devota afeições?
Sempre, ao
deitardes, pedi
em vossas preces
que realizeis as
missões que
nesta vida vos
foram
outorgadas, do
melhor modo
possível, sempre
observando os
ensinamentos do
Cristo, para
que, quando
retornardes à
casa do Pai,
tenhais como
recompensa
serdes recebidos
com o abraço
amoroso daqueles
que regressaram
antes de vós.