ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Evolução Anímica
Gabriel
Delanne
(Parte
1)
Iniciamos nesta edição o
estudo do clássico A
Evolução Anímica,
que será aqui estudado
em 17 partes.
A fonte deste estudo é a
8ª edição do livro,
com base em tradução de
Manoel Quintão publicada pela Federação
Espírita Brasileira.
Questões preliminares
A. Em quantas partes
pode dividir-se o estudo
do Espiritismo?
R.: Em duas partes
distintas: 1a.
Análise dos fatos
concernentes ao
estabelecimento de
comunicações entre os
vivos e os chamados
mortos; 2a.
Exame das teorias
elaboradas por esses
ditos mortos.
(A Evolução Anímica,
pág. 11.)
B. Todos os Espíritos
são revestidos de um
invólucro invisível?
R.: Sim. Todos os
Espíritos são, qualquer
que seja seu grau
evolutivo, revestidos de
um invólucro invisível,
intangível e
imponderável: o
perispírito.
(Obra citada, pág. 15.)
C. Qual é o objetivo
final das almas?
R.: Seu objetivo ou
finalidade é o
desenvolvimento de todas
as faculdades a elas
inerentes. Para
consegui-lo, elas são
obrigadas a encarnar
grande número de vezes
na Terra. É mediante uma
evolução ininterrupta, a
partir das formas de
vida mais rudimentares,
até à condição humana,
que o princípio pensante
conquista lentamente a
sua individualidade. As
reencarnações
constituem, dessarte,
uma necessidade
inelutável do progresso
espiritual.
(Obra citada, pág. 16.)
Texto para leitura
1. Introdução - O
estudo do Espiritismo
pode dividir-se em duas
partes distintas: 1a.
Análise dos fatos
concernentes ao
estabelecimento de
comunicações entre os
vivos e os chamados
mortos; 2a.
Exame das teorias
elaboradas por esses
ditos mortos. A
característica deste
nosso fim de século – o
Autor refere-se ao
século XIX – é uma
evolução radical de
ideias. Homens de alta
envergadura científica,
embora partindo do
materialismo, lograram
convencer-se de que o
niilismo intelectual é a
mais balofa das utopias.
(Pág. 11)
2. Podemos afirmar hoje
que a sobrevivência e a
imortalidade do ser
pensante são verdades
demonstradas com
evidência inconfundível.
O Espiritismo chegou
justo na sua hora.
Debalde tentaram, no
começo, combater pelo
sarcasmo a nova
doutrina, porque a alma
afirmou-se viva depois
da morte, mercê de
manifestações tangíveis
que a ninguém é lícito
contestar, sob pena de
insistir na pecha, aliás
justa, de ignorante ou
preconceituoso. (Pág.
12)
3. Como os ridículos
lançados sobre ele foram
inócuos, os negativistas
mudaram de tática,
pretendendo triunfar da
nova ciência por meio da
conjuração do silêncio.
A despeito das numerosas
investigações realizadas
por físicos e químicos
eméritos, a ciência
oficial fechou ouvidos e
olhos aos fatos que
desmentiram suas
asserções, e fez constar
que o Espiritismo estava
morto. (Pág. 12)
4. Essa é, contudo, uma
ilusão que importa
desfazer, pois que o
Espiritismo afirma-se
mais do que nunca
florescente. Iniciado
com as mesas girantes, o
fenômeno atingiu
proporções
extraordinárias,
respondendo a todas as
críticas por meio de
fatos peremptórios e
demonstrativos da
falsidade de quantas
hipóteses imaginaram-se
para explicá-lo.
(Pág. 12)
5. À teoria dos
movimentos espontâneos e
inconscientes,
preconizada por Babinet,
Chevreul, Faraday, os
Espíritos opuseram o
movimento de objetos
inanimados a se
deslocarem sem contacto
visível, como atesta o
relatório da Sociedade
Dialética de Londres.
Para destruir o
argumento predileto dos
incrédulos – a
alucinação –, as
entidades do espaço
consentiram em
fotografar-se. E foi
possível também obter-se
moldes dos membros de um
corpo fluídico
temporariamente formado,
e logo desaparecido,
provas que subsistem,
como documentação
autêntica da realidade
das aparições. (Pág.
13)
6. Entrementes, os
Espíritos davam a medida
do seu poder sobre a
matéria, produzindo a
escrita à revelia de
todos os meios
conhecidos e
transportando através de
paredes, em ambientes
fechados, objetos
materiais. E davam,
enfim, provas de sua
inteligência e
personalidade, tendentes
a demonstrar que tiveram
existência real na
Terra. (Pág. 13)
7. Muito se disse e se
escreveu contra o
Espiritismo, mas todos
que hão tentado
destruí-lo só
conseguiram revigorá-lo
e engrandecê-lo no
batismo da crítica. O
fato espírita conquistou
adeptos em todas as
classes sociais. Na
França, Alemanha,
Inglaterra, Rússia,
Itália, América do
Norte, sábios ilustres
deram a essas pesquisas
um caráter tão
rigorosamente positivo
que já se não pode hoje
recusar a autoridade de
suas afirmações, mil
vezes repetidas.
(Pág. 13)
8. Na hora atual,
nenhuma escola
filosófica pode fornecer
explicação adequada aos
fatos, fora do
Espiritismo. Teósofos,
ocultistas, magos e
evocadores diversos em
vão tentaram explicar os
fenômenos, atribuindo-os
a entidades imaginárias,
ditas Elementais ou
Elementares, cascas
astrais ou inconsciente
inferior. Tudo hipóteses
irresistíveis a um exame
sério, porque não
abrangem todas as
experiências e só
complicam a questão, sem
necessidade. A
sobrevivência do ser
pensante impôs-se,
desprendida de todas as
escórias; o grande
problema do destino
humano está resolvido;
rasgou-se o véu da
morte. Não vamos, pois,
reexaminar aqui todas as
provas que possuímos da
sobrevivência. Nosso
objetivo é, nesta obra,
estudar o Espírito
encarnado, tendo em
vista os ensinos
espíritas e as últimas
descobertas da ciência.
(Pág. 14)
9. O ensino dos
Espíritos foi, como
sabemos, coordenado com
superioridade de vistas
e lógica irrefragável
por Allan Kardec. Daí, o
tomarmo-lo por guia
neste sucinto resumo. A
alma, ou Espírito, é o
princípio inteligente do
Universo. Indestrutível,
não lhe conhecemos a
essência íntima, mas
somos obrigados a
reconhecer-lhe a
existência distinta. O
princípio inteligente,
do qual emanam todas as
almas, é inseparável do
fluido universal, ou –
por outra – da matéria
sob sua forma original,
primordial. Todos os
Espíritos são, pois,
qualquer que seja seu
grau evolutivo,
revestidos de um
invólucro invisível,
intangível e
imponderável: o
perispírito. (Pág.
15)
10. O perispírito é tão
eterizado que a alma não
poderia atuar sobre a
matéria sem o concurso
de uma força, a que se
conveio em chamar fluido
vital. A finalidade da
alma é o desenvolvimento
de todas as faculdades a
ela inerentes. Para
consegui-lo, ela é
obrigada a encarnar
grande número de vezes
na Terra. É mediante uma
evolução ininterrupta, a
partir das formas de
vida mais rudimentares,
até à condição humana,
que o princípio pensante
conquista lentamente a
sua individualidade. As
reencarnações
constituem, dessarte,
uma necessidade
inelutável do progresso
espiritual. (Pág. 16)
11. Criados iguais,
todos temos as mesmas
dificuldades a vencer,
as mesmas lutas a
sustentar, o mesmo ideal
a atingir: a felicidade
perfeita. Somos o
árbitro soberano de
nossos destinos; cada
encarnação condiciona a
que lhe sucede e, mau
grado a lentidão da
marcha ascendente,
eis-nos a gravitar
incessantemente para as
alturas radiosas.
(Pág. 17)
(Continua no próximo
número.)