Somos carteiros
peregrinos
“Eu plantei,
Apolo regou, mas
quem deu
crescimento foi
Deus. Por isso,
o que vale não é
quem planta, nem
quem rega, mas,
sim,
aquele que
faz crescer, que
é Deus.”
(1)
Ainda me lembro
bem daquela
conversa. O
relógio já
marcava umas
onze horas e
trinta minutos
da noite.
Entretanto, o
diálogo, pelo
telefone, entre
mim e o querido
amigo Alberto
Almeida, parecia
não querer
parar.
Contava-lhe, na
ocasião, das
dificuldades que
eu ia
encontrando pelo
caminho,
enquanto ele ia
falando-me das
alegrias do
trabalho. E,
nesta prosa boa,
fruto da
sinceridade que
brota d’alma,
ele teve a
oportunidade de
me dizer algo,
tão singelo,
quanto profundo.
– Leo, no
trabalho do bem,
nós somos
peregrinos a
entregar cartas
do Mestre Jesus.
Não somos a
mensagem, somos
somente os
carteiros.
Confesso que,
não somente
àquela hora, mas
igualmente
agora, a fala do
Alberto me
encantou. Não
que eu nunca
houvesse pensado
sobre o conteúdo
dela. Contudo, a
forma clara com
a qual ele me
falava, além
disso, o modo
amoroso e
humilde calou
profundamente
nos refolhos do
meu íntimo.
Por isso mesmo,
colega jovem,
hoje quero
compartilhar
contigo estas
lições.
Se tu desejas
candidatar-te às
fileiras dos
trabalhadores do
amor,
transmitindo
pelas variadas
formas o
Evangelho que
Deus enviou ao
mundo por meio
de Jesus,
lembra-te das
palavras de
Paulo, pois, por
mais que
plantemos e
reguemos, só a
fecundidade do
Pai pode fazer
crescer.
Em nossa imensa
pequenez, no
trabalho
cristão-espírita,
devemos ter a
consciência de
que somos, o que
deve ser motivo
de inaudita
alegria e paz,
somente
carteiros
peregrinos, como
me falou o
querido amigo,
que entregam
cartas do Cristo
à humanidade, ao
mesmo tempo em
que aprendem o
conteúdo das
mesmas –
acrescento de
minha parte.
Em diversos
setores do mundo
e da vida,
pode-se até
querer glórias
mil. No labor do
bem, contudo, a
única “glória”
que se deve
procurar ter é
aquela que advém
da paz de
consciência do
dever cumprido.
Por isso mesmo,
tudo quanto
fizermos,
devemos fazer de
boa mente, “pois
é para o Senhor,
e não para os
homens”. (2)
Dessa forma,
juventude amiga,
em nome do bem,
inspirados na
mensagem do
Mestre maior,
trabalhemos com
a paciência e a
humildade de um
carteiro
peregrino.
Referências:
(1) 1ª Coríntios
3:6 e 7.
(2) Colossenses
3:23.