WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Compreender e
tolerar
“Estendamos
nossos braços
aos seres que
nos cercam e
eles nos
responderão com
o melhor que
possuem.”
(Emmanuel,
psicografia de
Francisco C.
Xavier, no item
122, Fonte
Viva.)
Segundo
informações de
André Luiz,
através da
psicografia de
Francisco
Cândido Xavier,
estamos usando a
razão há
quarenta mil
anos.
Há quarenta mil
anos decidimos
qual caminho a
seguir,
deliberamos
pelas escolhas
pessoais,
tomamos
decisões, agimos
por conta
própria, isso,
obviamente, nos
possibilitou a
aquisição de um
patrimônio de
experiências e
conhecimentos
que nos permitiu
a criação da
nossa
individualidade.
Portanto, no
mundo, não
encontramos duas
pessoas
totalmente
iguais, cada
qual carrega
consigo suas
características
próprias,
exclusivas,
íntimas.
Diante disso
podemos refletir
sobre as
dificuldades
naturais de se
viver
socialmente,
pois nosso
convívio vai se
dar sempre junto
de outras
criaturas que
são diferentes
do que somos.
Ninguém é igual
a ninguém.
Assim se
caracteriza como
uma arte
conviver com as
diferenças
pessoais, daí a
importância de
saber
compreender e
tolerar.
Compreender as
pessoas como
elas são e
tolerar as
dificuldades de
cada uma no
contexto das
imperfeições que
ainda
apresentam, pois
que não somos
indivíduos
acabados, mas
sim criaturas a
caminho da
perfeição.
Na medida em que
conseguirmos
compreender e
tolerar o
próximo como ele
é, nos
credenciamos a
ser
compreendidos e
tolerados como
somos, pois se o
nosso irmão não
é igual a nós,
nós também somos
diferentes
dele.
Jesus, o maior e
mais expressivo
modelo que a
humanidade tem
para seguir, nos
deixou grandes
ensinamentos
evidenciando a
necessidade da
boa convivência
entre as
criaturas, como
base para a paz
que tanto
almejamos e a
serenidade que
ansiosamente
buscamos.
Quando o Mestre
decidiu por se
hospedar na casa
de Zaqueu, o
publicano, tido
como homem de má
vida, uma vez
que havia
adquirido sua
fortuna de forma
ilícita, fora
contestado pela
multidão que o
cercava. Mas no
dia seguinte
Zaqueu o
procurou para
dizer que após
muito refletir
decidira por
doar metade de
seus bens aos
pobres e àqueles
a quem
prejudicou daria
quatro vezes
mais.
Naquele momento
Jesus alcançava
seu objetivo,
pois,
compreendendo e
tolerando as
imperfeições de
Zaqueu, deu-lhe
a oportunidade
para a
redenção.
Com Madalena não
foi diferente. A
jovem bela que
comercializava o
próprio corpo,
num
comportamento
indigno,
procurando Jesus
encontra Nele a
fraternidade, o
carinho e a
atenção, fatores
que permitiram
sua mudança de
comportamento.
Daquele instante
para frente
tornou-se a
grande
trabalhadora da
causa do Cristo,
socorrendo e
consolando
leprosos pelos
vales sombrios e
angustiantes da
dor. A
compreensão e a
tolerância de
Jesus tiraram-na
da vulgaridade,
colocando-a na
rota da
sublimação.
Com Pedro agiu
da mesma forma.
Mesmo depois de
o discípulo ter
afirmado aos
soldados romanos
que não conhecia
Jesus, com medo
de também ser
preso, naqueles
instantes de
insanidade e
turbulências,
confiou a ele a
tarefa de
continuar
difundindo suas
lições.
Compreendendo e
tolerando os
equívocos de
Pedro criou
condições para
que o discípulo
fundasse a
primeira
instituição
assistencial sob
os moldes do
Cristianismo, a
Casa do Caminho,
onde a vivência
prática do
Evangelho do
Cristo abriu
portas para a
acolhida dos
infortunados de
toda ordem.
Como vemos,
saber
compreender e
tolerar é uma
arte que
consolida a base
para que
possamos viver
confortavelmente
junto daqueles
que nos seguem,
bem como
possibilita o
nascedouro de
oportunidade de
redenção àqueles
que, por
ventura, estejam
trilhando por
caminhos
incertos.
Não esqueçamos;
usando sempre de
compreensão e
tolerância para
com as
diferenças do
próximo
encontraremos
pela vida afora
a compreensão e
a tolerância
alheia para com
as nossas
diferenças.