atua
ou já atuou no
Centro Espírita
e no movimento
espírita?
Atualmente tenho
disponibilidade
para a área da
palestra pública
como palestrante
ou ouvinte e
colaboro, além
da presidência
da Federação
Espírita (FERGS),
na Sociedade
Espírita Paz e
Amor e na
Associação
Espírita Paz e
Luz, ambas
situadas em
Porto Alegre-RS.
Já exerci a
direção de Casa
Espírita e atuei
nos
departamentos e
vice-presidência
da Federação.
O Consolador:
A amiga é muito
solicitada como
palestrante para
seminários e
palestras, tanto
para
trabalhadores
como para o
público. Quais
temas prefere
abordar e como
sente a
repercussão
dessas
atividades?
Tenho
preferência por
temas da área de
Educação e
Família,
Reencarnação e
Mediunidade.
O Consolador:
Como surgiu a
ideia da Coleção
Conte Mais
editada pela
FERGS? Alguma
situação em
especial que
gostaria de
compartilhar?
As várias
diretoras do
DIJ/FERGS da
década de 1980 e
1990 tiveram o
cuidado de
manter o acervo
das excelentes
histórias que
ilustravam os
planos de aula
desde 1948
preservados. A
ideia de
publicar um
livro com as
histórias era
antiga. Em 2002,
quando Vilma
Darde Ruiz era
diretora do DIJ/FERGS
e nós estávamos
ocupando a
vice-presidência
da área
doutrinária,
reunimo-nos com
Eloína da Silva
Lopes, de Bagé,
para planejar
como
publicaríamos as
histórias.
Eloína levou o
precioso acervo
para Bagé, com a
incumbência de
revisar todas as
histórias,
atualizar a
linguagem e
fazer o primeiro
projeto do
livro. Eloína,
em Bagé, montou
pequena equipe
para
assessorá-la,
destacando-se
Sonia Alcalde
que coordenou
alguns jovens na
digitação do
trabalho.
Passados três
meses Eloína nos
telefonou
informando que
não poderia ser
só um livro, mas
quatro, de
acordo com as
faixas etárias e
temas morais. O
desafio
tornara-se maior
do que
imaginávamos.
Publicar um
livro já seria
difícil, imagine
quatro!
Em abril de 2003
conseguimos
publicar o
volume I do
Conte Mais da
FERGS, o
primeiro livro
editado pela
Editora da FERGS,
que tinha sido
criada por
Francisco
Spinelli há
exatos 50 anos
naquela época. A
tiragem foi de
1.000 livros que
se esgotaram em
três meses.
Fez-se logo uma
segunda edição
do volume I e
gradativamente
foram publicados
os volumes
seguintes. O
trabalho foi
desenvolvendo-se
sem que
tivéssemos a
ideia da
dimensão que
tomaria.
O Consolador:
Como está o
estágio atual do
Projeto Conte
Mais?
Hoje já temos
impressos oito
livros
ilustrados
infantis, seis
com o respectivo
livro de
atividades.
Outros dois
novos estão
sendo ilustrados
e tivemos a
alegria de ver o
impacto da
Coleção na
Bienal
Internacional do
Livro, em São
Paulo, e
acertando com a
EDICEI – do
Conselho
Espírita
Internacional –
a publicação da
Coleção Conte
Mais em inglês e
espanhol, para
ser levado às
crianças e
jovens de várias
partes do
planeta. Não
temos dúvida de
que é um recurso
educativo que
atinge a emoção
e o sentimento,
despertando os
potenciais
positivos que
estão em gérmen
na mente
infanto-juvenil.
O Consolador:
Fale-nos da
motivação para
seu último livro
A Missão e os
Missionários,
em que resgata a
trajetória da
Evangelização
Espírita no Rio
Grande do Sul e
no Brasil,
destacando a
figura exemplar
de Cecília
Rocha. Como tem
sido a
receptividade
dos espíritas?
Há muito tempo
acalentávamos a
ideia de
resgatar a
história da
implantação da
evangelização
infanto-juvenil
no Rio Grande do
Sul e no Brasil.
Inicialmente
aproveitei os
Encontros
Nacionais de
Diretores de DIJ
promovidos pelo
DIJ/FEB para
lançar a ideia
de que cada
Estado do Brasil
deveria resgatar
os fatos dessa
atividade em seu
território. Não
deu resultado.
Dei-me conta de
que a professora
Cecília Rocha
tinha sido a
desbravadora
desse processo
em todos os
Estados do
Brasil e que a
história poderia
ser resgatada a
partir de sua
pessoa e da
missão que ela
desenvolveu, com
a vantagem de
contar com ela
viva e outros
colaboradores,
facilitando
assim o resgate
histórico. Foram
cinco anos de
trabalho até o
resultado final.
A receptividade
tem sido
positiva.
O Consolador:
Qual a
importância da
evangelização
das crianças e
dos jovens?
A frase
impositiva de
Jesus, que
tomamos sempre
por divisa, diz
da relevância
desse trabalho:
“Deixai vir a
mim as
criancinhas e
não as
impeçais”. A
fase
infanto-juvenil
é a mais
propícia para
lançarmos a
semente do
Evangelho do
Mestre e dos
postulados da
Doutrina
Espírita. É a
boa semente
lançada no solo
fértil.
O Consolador:
Alguma
experiência ou
lição
significativa a
relatar sobre o
valor da
evangelização?
Atuamos na
Evangelização
desde 1969 e
hoje já temos
possibilidade de
constatar o
efeito benéfico
nas crianças e
jovens que foram
evangelizados e
agora são
adultos
equilibrados e
úteis a si e à
sociedade.
O Consolador:
Como avalia o
estado atual da
Evangelização
Espírita no Rio
Grande do Sul e
no Brasil?
Precisamos estar
sempre
investindo na
formação do
evangelizador.
Disponibilizando
materiais,
oferecendo
cursos,
encontros. Vemos
no livro
“Currículo para
as Escolas de
Evangelização”
da FEB um dos
maiores recursos
para promovermos
a unificação no
Movimento
Espírita
Brasileiro.
O Consolador:
Como analisa o
momento atual da
divulgação do
Espiritismo?
Precisamos
investir mais na
Divulgação da
Doutrina
Espírita com
qualidade e
fidelidade
Doutrinária.
O Consolador:
O que pensa
sobre o
compromisso dos
espíritas como
dirigentes de
Instituições
Espíritas?
Esse compromisso
é muito grande e
de muita
responsabilidade.
O dirigente
espírita é visto
como modelo a
ser seguido. Ele
deve se revestir
de liderança
intelecto-moral
preconizada por
Allan Kardec em
“Obras
Póstumas”.
O Consolador:
Como presidente,
em segundo
mandato, da
Federação
Espírita do Rio
Grande do Sul,
relate-nos,
resumidamente,
suas ações e
projetos.
No primeiro
mandato buscamos
promover uma
reorganização na
área
administrativa
da Instituição
juntamente com
os companheiros
da diretoria
executiva.
Renovamos o
quadro
funcional, foram
onze demissões.
E imprimimos um
novo ritmo de
trabalho na
Distribuidora e
Editora
Francisco
Spinelli. Na
área doutrinária
investiu-se na
divulgação e no
maior
entrosamento com
as Casas
Espíritas do
Estado.
Naturalmente que
grandes desafios
estão, na
segunda gestão,
exigindo ação
precisa da
diretoria
executiva, pois
pretendemos
iniciar a
ampliação do
prédio da FERGS,
que terá mais
três andares e
deixar já
aprovada a
planta na
Prefeitura de
Porto Alegre do
projeto de um
novo edifício,
na parte dos
fundos da FERGS,
que terá cinco
pavimentos.
Recebemos, por
doação, área de
cerca de 25.000
m2 no
município de
Alvorada, em
2008. Já está
pronto o projeto
de ocupação
desse espaço que
servirá para um
trabalho na área
social e
educativa e um
centro de
convenções para
as atividades do
movimento
espírita
gaúcho.
O Consolador:
Como a irmã
percebe os
desafios do
planeta em
transformação,
especialmente a
violência sexual
contra crianças?
O período que
vivemos,
apocalíptico,
exige a ação no
bem. Os bons têm
que dar seu
contributo no
combate ao erro,
ao vício. Não
podemos mais
ficar acomodados
e deixar as
coisas
equivocadas
acontecerem.
Seremos
responsáveis
pelo mal que
advier da nossa
inércia em lugar
de fazer o que
deve ser feito.
A pedofilia tem
que ser
denunciada e
precisamos agir
protegendo a
infância para
determos o ciclo
negativo: a
criança abusada
hoje será o
abusador do
amanhã.
O Consolador: O
que sua
experiência como
educadora e
espírita tem-lhe
permitido
aprender?
Que cada vez
mais temos que
investir na
educação moral e
emocional da
criança para que
ela tenha
condições de
tornar-se um
adulto
equilibrado e
feliz.
O Consolador: E
quanto à
constatação de
muitos pais
isentarem-se de
sua parte na
educação dos
filhos esperando
que a escola e
os professores a
façam?
Os pais que agem
dessa forma
equivocada estão
desrespeitando
as leis divinas,
negligenciando
as suas
responsabilidades
como
representantes
da autoridade
divina junto à
prole. O lar é a
primeira e
indispensável
escola dos
Espíritos
reencarnados e
os pais são os
primeiros
professores e
modelos
insubstituíveis.
O Consolador:
Suas palavras
finais.
Nós espíritas
precisamos nos
conscientizar
mais das nossas
responsabilidades
em relação à
melhoria do
mundo em que
vivemos. Não
podemos nos
acomodar em
relação ao que
deve ser feito
em todas as
áreas. Temos que
dar o exemplo de
fé, de luta, de
perseverança,
liderando os
processos de
modificação
especialmente na
área da
moralidade.