ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
A Evolução Anímica
Gabriel
Delanne
(Parte
4)
Damos continuidade nesta edição
ao
estudo do clássico A
Evolução Anímica,
que será aqui estudado
em 17 partes.
A fonte do estudo é a
8ª edição do livro,
baseada em tradução de
Manoel Quintão publicada pela Federação
Espírita Brasileira.
Questões preliminares
A. Qual é, na vida dos
seres humanos, o papel
do perispírito?
O perispírito é um órgão
indispensável à vida
física, reconhecível
pela experimentação. Foi
no estudo da
materialização dos
Espíritos que o seu
papel se revelou, pondo
em destaque suas
propriedades funcionais.
A vida psíquica de todo
ser pensante apresenta
uma continuidade
assecuratória de sua
identidade. Em que parte
do ser reside essa
identidade?
Evidentemente, no
Espírito, pois é ele que
sente e que quer. O
perispírito representa
nisso um grande papel,
porque a renovação
incessante das moléculas
e a conservação das
lembranças indicam que
as sensações e os
pensamentos não são
registrados apenas no
corpo físico, mas também
no que é imutável – no
invólucro fluídico da
alma.
(A Evolução Anímica,
págs. 46 a 48.)
B. Quem modela o corpo
físico que nós usamos?
É a alma que o
condiciona, isto é,
modela o corpo, sob um
plano preconcebido,
tanto quanto o dirige
por meio do perispírito.
A forma humana,
ressalvadas as
alterações próprias da
idade, conserva o seu
tipo, apesar do afluxo
incessante de matéria
que passa pelo corpo. O
ser humano compõe-se,
assim, de três elementos
distintos: a alma com o
seu perispírito, a força
vital e a matéria.
(Obra citada, pág. 52.)
C. A alma está sempre
revestida do seu
invólucro fluídico?
Sim. A alma jamais o
abandona. Desde períodos
multimilenares em que a
alma iniciou as
peregrinações
terrestres, sob as
formas mais ínfimas da
criação, até elevar-se
gradativamente às mais
perfeitas, o perispírito
não cessou de assimilar
as leis que regem a
matéria. Existe, pois,
unidade do princípio
pensante no homem e no
animal, mas não há
transições bruscas entre
um e outro. O homem não
constitui um reino à
parte no seio da
natureza e somente por
meio de uma evolução
contínua, por esforços
consecutivos, chega a
atingir o ponto
culminante na criação.
(Obra citada, pág. 56.)
Texto para leitura
34. A
irritabilidade, sinal
distintivo de vida,
pertence ao protoplasma
celular. Na série de
seres que se hão
escalonado da monera ao
homem, a célula
primitiva
diversificou-se e
especificou-se, de
maneira que cada tecido
evidenciou uma das
propriedades desse
protoplasma. Os atos e
as funções vitais não
pertencem, contudo,
senão a órgãos e
aparelhos, ou seja, a
conjuntos de partes
anatômicas. A função é
uma série de atos ou
fenômenos agrupados,
harmonizados, colimando
um resultado. A
digestão, por exemplo,
requer intervenção de
uma série de órgãos:
boca, esôfago, estômago,
intestino etc., postos
em atividade para
transformar os
alimentos. O resultado
entrevisto pelo Espírito
constitui o laço e a
unidade: é ele quem
promove a função e se
vale para isso do duplo
fluídico, onde reside
esse estatuto vital,
indispensável à
complexidade das ações
vitais. (Págs. 41 a
43)
35. Todas as moléculas
orgânicas, semelhantes
entre si, realizam desse
modo tarefas diferentes,
segundo a colocação que
tiverem no organismo. É
que a função pertence a
um conjunto e não às
unidades que o compõem.
Esse conjunto resulta de
uma lei que se liga à
sua própria estrutura.
(Pág. 44)
36. Uma circunstância
capital, que não podemos
esquecer, é que todas as
partes do corpo se
transmudam sem cessar e,
conquanto a renovação
celular seja constante,
as funções jamais se
interrompem e a vida
continua a engendrar os
fenômenos de sua
evolução, graças à
existência do
perispírito. (Págs.
44 e 45)
37. O perispírito não é
concepção filosófica
imaginada para dar conta
dos fatos: é um órgão
indispensável à vida
física, reconhecível
pela experimentação. Foi
no estudo da
materialização dos
Espíritos que o seu
papel se revelou, pondo
em destaque suas
propriedades funcionais.
A vida psíquica de todo
ser pensante apresenta
uma continuidade
assecuratória de sua
identidade. Em que parte
do ser reside essa
identidade?
Evidentemente, no
Espírito, pois é ele que
sente e que quer. O
perispírito representa
nisso um grande papel,
porque a renovação
incessante das moléculas
e a conservação das
lembranças indicam que
as sensações e os
pensamentos não são
registrados apenas no
corpo físico, mas também
no que é imutável – no
invólucro fluídico da
alma. (Págs. 46 a 48)
38. Os fenômenos gerais
da vida orgânica têm
como regulador o sistema
nervoso
cérebro-espinhal. Onde
situar a sede da
atividade psíquica? A
experiência fornece a
respeito indicações
precisas. Tomemos
qualquer vertebrado
inferior, uma rã por
exemplo. Vemo-la saltar,
coaxar, tentar fugir.
Podemos, de chofre,
suprimir essas
manifestações, bastando
destruir, a estilete, o
sistema nervoso central.
Muda-se logo a cena. O
animal que saltava e
debatia-se tornou-se
massa inerte, sem
movimentos nem reflexos.
Entretanto, o coração
continua a bater e os
nervos e músculos são
excitáveis pela
eletricidade: os
aparelhos e os tecidos
estão vivos, salvo o
aparelho central
destruído. Suprimiu-se o
aparelho adequado às
manifestações
intelectuais, o
princípio inteligente
não mais pode
utilizá-lo, os fenômenos
psíquicos desapareceram.
(Págs. 49 e 50)
39. A
influência nervosa é,
pois, uma ação especial,
um agente fisiológico
distinto de qualquer
outro e que, por isso,
difere da força vital.
Crookes e Albert de
Rochas demonstraram
experimentalmente a
existência dessa força
nervosa, que pode
exteriorizar-se.
(Pág. 51)
40. É a alma que
condiciona, isto é,
modela o corpo, sob um
plano preconcebido,
tanto quanto o dirige
por meio do perispírito.
A forma humana,
ressalvadas as
alterações próprias da
idade, conserva o seu
tipo, apesar do afluxo
incessante de matéria
que passa pelo corpo. O
ser humano compõe-se,
pois, de três elementos
distintos: a alma com o
seu perispírito, a força
vital e a matéria. A
força vital representa
aí um duplo papel: dá ao
protoplasma suas
propriedades gerais, e
ao perispírito o grau de
materialidade necessária
para que ele possa
manifestar as leis que
oculta. A vida resulta,
portanto, evidente da
união da força vital com
o perispírito, dando
aquela a vida
propriamente dita, e
este as leis orgânicas,
concorrendo a alma com a
vida psíquica. (Pág.
52)
41. Dos três fatores
citados, apenas um é
sempre e por toda parte
idêntico – a vida. O
Espírito, transitando
pela matéria vivente,
desde as primitivas eras
do mundo, conseguiu
paulatinamente a
transformação
progressiva e
aperfeiçoada. Cremos
seja ele o agente da
evolução das formas
orgânicas, e daí a razão
do perispírito,
conservando-lhe as leis.
(Pág. 53)
42. Comparando-se a ação
do perispírito sobre a
matéria à do eletroímã
sobre a limalha de
ferro, podemos fazer uma
ideia do seu modo
operatório. O corpo
físico seria o espectro
magnético do
perispírito. Da mesma
forma que a ação
magnética se mantém
enquanto a corrente
elétrica circula no
eletroímã, o corpo
mantém-se vivo enquanto
a força vital continua a
sustentá-lo. Se no
eletroímã uma força
imponderável (a
eletricidade) determina
por indução o nascimento
de outra força
imponderável (o
magnetismo), com ação
diretiva sobre a matéria
bruta, no ser vivente a
força vital age sobre o
perispírito e este pode
desenvolver suas
propriedades, que são,
como vimos, a formação e
a reparação do corpo
físico. (Págs. 54 e
55)
43. Alma e perispírito
formam um todo
indivisível. O
perispírito é a ideia
diretora da estrutura
orgânica. É ele que
armazena, registra,
conserva todas as
percepções, volições e
ideias da alma. É,
enfim, o guardião fiel,
o acervo imperecível do
nosso passado. Em sua
substância incorruptível
fixaram-se as leis do
nosso desenvolvimento e
é por isso que nele é
que reside a memória.
(Pág. 55)
44. A
alma jamais abandona seu
invólucro fluídico.
Desde períodos
multimilenares em que a
alma iniciou as
peregrinações
terrestres, sob as
formas mais ínfimas da
criação, até elevar-se
gradativamente às mais
perfeitas, o perispírito
não cessou de assimilar
as leis que regem a
matéria. Existe, pois,
unidade do princípio
pensante no homem e no
animal, mas não há
transições bruscas entre
um e outro. O homem não
constitui um reino à
parte no seio da
natureza e somente por
meio de uma evolução
contínua, por esforços
consecutivos, chega a
atingir o ponto
culminante na criação.
(Pág. 56)
(Continua no próximo
número.)