EUGÊNIA PICKINA
eugeniamva@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Metas espíritas
O Espiritismo é
o natural
desdobramento do
Cristianismo.
Emmanuel o
confirma: “É a
Renascença
Cristã no
Mundo”. Por meio
dessa Doutrina
de esperança e
de amor, as
metas cristãs
são reeditadas
em seu
significado
primitivo.
Assim, como são
felizes as
pessoas que
aproveitam a
oportunidade do
bem viver para
absorverem o
compromisso
pessoal (e
intransferível)
com a reforma
íntima e com a
caridade, à
medida que
compreendem o
Espiritismo como
a bússola no
caminho.
Sem dúvida, um
dos objetivos
valiosos da
Doutrina
Espírita é
instruir o
aperfeiçoamento
espiritual,
porquanto seus
princípios
iluminam a
grande lição de
Jesus: “Busca
primeiramente o
Reino de Deus e
a sua Justiça, e
tudo o mais te
será dado por
acréscimo”.
Infelizmente,
muitos
praticantes se
decepcionam com
o Espiritismo,
pois o buscam do
ponto de vista
do imediatismo.
Ou seja, essas
pessoas não vão
ao seu encontro
na procura de
uma compreensão
mais responsável
sobre si mesmas
e sobre a vida
de relação, pois
simplesmente
almejam soluções
imediatas,
ignorando que
“não é missão do
Espiritismo
‘arranjar a
vida’ de quem
quer que seja”,
como esclarece
Herculano
Pires.
Como a vida não
acaba na morte,
pois o ser
humano é
Espírito,
estando apenas o
corpo sujeito à
dissolução, um
das
gratificantes
lições do
Espiritismo é
dar ao ser
existente uma
visão espiritual
sobre a vida
atual e sobre a
vida futura,
guiando-o para o
bem viver a fim
de “bem morrer”,
sem se aturdir
com o fenômeno
da morte, pois
como conta o
poeta Fernando
Pessoa, “morrer
é apenas não ser
visto. Morrer é
a curva da
estrada”.
À medida que a
Doutrina
Espírita é uma
doutrina cristã,
irrigada pelo
Evangelho de
Jesus, pela
crença em Deus e
pela certeza da
imortalidade do
Espírito, seus
praticantes, por
conhecerem a
soberania da lei
de evolução,
compreendem a
necessidade da
criação, na
Terra, de um
homem
regenerado,
orientado pelos
princípios
renovadores
espíritas e, por
isso, ocupado
essencialmente
com a
fraternidade
universal e com
a obediência às
leis supremas da
vida, e
largamente
distanciado do
“velho homem”,
interessado na
dimensão
aquisitiva da
vida, ou seja,
basicamente
focado na
conquista de
riquezas e de
bens
passageiros...
Para o
Espiritismo
importa,
sobretudo, a
conquista da
dimensão
evolutiva,
estreitamente
ligada à
abertura do
coração. Pode
ser difícil amar
o “diferente”,
mas, se abrirmos
sem medo o
coração a alguém
de nossas
relações
cotidianas,
talvez possamos,
num determinado
instante do
caminho, nos
encontrar de
maneira afável
com esse ser
humano
“diferente”. E,
através dessa
disciplina
amorosa, o
coração
gradativamente
se abra mais e
mais, guiando a
longa trilha
para o
desenvolvimento
da capacidade de
amar todos os
seres, até mesmo
os inimigos, tal
como pediu
Jesus.
A Doutrina
Espírita, que
orienta aqueles
que valorizam a
escuta e o olhar
para a Verdade,
tem como lema
uma expressão
humilde: “Fora
da caridade, não
há salvação”.
Logo, se a
instrução aclara
e educa, é o
amor que une os
seres humanos,
ensinando o
respeito pelas
diversas
convicções e
graus de
entendimento que
dinamizam, na
Terra, o Bem,
pois este, como
manifestação
divina, está
sempre a serviço
da evolução da
humanidade.