PEDRO
DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato
Grosso do Sul
(Brasil)
“Semana Maurícia”?
O
que é isso?
No século III, o
todo-poderoso
Império Romano
encontrava-se em
franca decadência. A
região da Gália era
habitada por vários
povos que cultivavam
usos, costumes e
tradições definidos,
todavia, não
possuíam governo
soberano nem
território
delimitado,
condicionantes
fundamentais e
imperativas para ser
considerada Nação,
segundo a “Teoria
Geral de Estado”.
Por esses e outros
motivos, surgiam
movimentos
separatistas de toda
ordem. Em
determinado momento
os “Bagaudos”
pretenderam declarar
independência. Para
sufragar essa
investida, o
imperador
Diocleciano escalou
uma Força-Tarefa,
sob o comando do
tribuno Maximiliano.
Após longa e penosa
jornada, foram
concedidos oito dias
de descanso. No
oitavo, os
comandantes
receberam uma ordem
expressa do comando
geral. “Todos os
militares deveriam
prestar culto a
Júpiter, deus dos
deuses pagãos,
representado por
Júpiter Capitulino,
uma enorme estátua.”
Capitão Maurício,
comandante da Legião
Tebana e seus
comandados
recusaram-se a
cumprir tal
determinação por
considerá-la
absurda, tendo em
vista que eles eram
cristãos.
Dia 22 de setembro
de 286, o exemplar e
aguerrido comandante
e todo efetivo
daquela Legião foram
trucidados por ordem
do Imperador, sem
esboçarem nenhuma
reação.
Dia 10 de dezembro
de 1944, no Rio de
Janeiro, foi criada
a Cruzada dos
Militares Espíritas
(CME) com a
finalidade de
estudar, difundir e
praticar o
Espiritismo, à luz
da Doutrina
Espírita, a
princípio no âmbito
dos quartéis das
Forças Armadas:
Marinha, Exército e
Aeronáutica, e da
Polícia Militar e
Corpo de Bombeiros
Militar.
Em uma das suas
primeiras reuniões,
foi sugerido e
aceito por todos os
integrantes o nome
do Capitão Maurício
para ser o Patrono
Espiritual da CME.
Para que ele fosse
lembrado sempre, e
seus exemplos
seguidos, foi criada
a “Semana Maurícia”,
que é comemorada
anualmente sempre na
segunda quinzena de
setembro, quando
então a comunidade
espírita promove
eventos doutrinários
e confraternativos,
fato que se verifica
em Campo Grande e em
diversas localidades
do nosso País.