A regência do
verbo alertar
é, em regra, a
direta.
Eis alguns
exemplos:
-
A ventania
alertou os
vizinhos.
-
O guarda
alertou os
transeuntes.
-
O jornal
alertou a
população.
Admite-se,
porém, o uso do
verbo como
transitivo
direto e
indireto.
Exemplos:
-
O pai
alertou o
filho de que
esse não era
o momento
adequado.
-
O gerente
alertou o
funcionário
para os
riscos
daquela
decisão.
-
O senador
alertou o
povo contra
o
radicalismo.
Um terceiro uso
do verbo,
geralmente
adotado em
títulos e
manchetes de
jornal, pode
omitir o alvo do
alerta, como
nestes exemplos:
-
O ministro
alerta para
o perigo do
uso
indiscriminado
de remédios.
-
Deputados
alertam para
o atraso na
votação do
orçamento.
-
Os jornais
estão
alertando
para o
perigo de
geada no
Sul.
Dados estes
exemplos, é bom
que o leitor
saiba que não
existe a forma
alertar que.
São erradas,
portanto, estas
construções:
-
Ele alertou
que iria
chover
muito.
-
Bem que eu
alertei que
ele não
viajasse.
-
Papai
alertou que
eu tivesse
cuidado.
*
O vocábulo
alerta é
invariável
quando tiver o
sentido de
advérbio ou
interjeição:
- Alerta! O
temporal já
começou.
Se o vocábulo
exercer a função
de adjetivo ou
de substantivo,
ele será
variável:
-
Os
vigilantes
são homens
alertas.
-
Ambos
estavam
alertas em
seus postos.
-
A sentinela,
ao sentir o
perigo, deu
vários
alertas.