LEONARDO MACHADO
leomachadot@gmail.com
Recife, Pernambuco (Brasil)
Em torno da união
A mensagem de amor que Jesus nos veio ensinar não comporta mais dúvidas de nossa parte.
“Amai-vos uns aos outros” (1) foi o divino mandamento que Ele nos deixou, dizendo-nos que seus discípulos seriam reconhecidos (2) pelo amor abundante em seus corações e em suas ações.
Nesse sentido, não foi sem razão que o benfeitor Bezerra de Menezes identificou como sendo uma dessas mais formosas facetas do amor a união, levantando, ele mesmo, a singular bandeira da unificação espírita. Isso porque, como ele próprio dizia, nós sozinhos seremos sempre pontos de vista, contudo, unidos seremos qual um feixe de varas, inquebrantável.
Não devemos, portanto, dar mais margens à divisão. Antes, procuremos, cada vez mais, a unificação, tanto no nosso sentimento, quanto nas nossas práticas cotidianas.
Lembremos, por isso, das palavras do Espírito de Verdade (3): “ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade!”, “ditosos os que hajam dito a seus irmãos: Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra”.
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Queridos irmãos espíritas, procuremos, de uma vez por todas, esquecer os erros alheios e os pessoais do passado. Por certo, eles foram grandes, já que enorme é, ainda, o nosso orgulho.
Não nos percamos mais em quimeras.
Apaguemo-nos em nome do engrandecimento do ideal trazido por Jesus, como, aliás, o próprio Cristo fizera, conforme anotações do Evangelista João. (4)
Procuremos, por isso mesmo, a reconciliação o mais breve possível, enquanto estivermos no caminho.
O próximo nos impõe condições que não achamos justas?
Não importa, façamos um pouco mais e, ao invés de só darmos mil passos, andemos com ele dois mil. (5)
É preciso apagar-se a si mesmo, para que a Doutrina se engrandeça com o nosso exemplo de humildade e de amor.
Referências:
(1) São João 15: 17.
(2) São João 13: 35.
(3) KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 112. ed. Rio de Janeiro: FEB. Capítulo XX, ponto 5, p. 315.
(4) São João 17: 1.
(5) São Matheus 5:40 a 42.