– Em dados
citados no
livro O
Clamor da
Vida, da
Dra. Marlene
Nobre,
afirma-se
que são
feitos cerca
de 60
milhões de
abortamentos
por ano no
mundo. A
vida, como
se vê, não é
valorizada
como devia.
Qual é sua
avaliação
sobre o
assunto e
como os
espíritas
poderíamos
contribuir
para
diminuir
esses
números
assustadores?
Raul
Teixeira:
Acredito que
esse quadro
gritante se
deve à
cultura
materialista
que vemos
ganhar corpo
a cada dia
em nossas
sociedades.
Mesmo
famílias de
rotulagem
cristã e, em
particular,
cristã-espírita,
entram nessa
excitação
materialista.
Tudo o que
tem sentido
e valor são
o salário
que se
ganha, as
coisas que
se consomem,
os títulos
que se
conseguem ou
as posições
sócio-político-econômicas
que se
desfrutam no
mundo. Se
nessas
coisas estão
os maiores
valores do
indivíduo,
claro fica
que tudo o
mais estará
em segundo
ou em
terceiro
plano,
inclusive o
filho que se
leva no
ventre.
A visão
materialista
do mundo tem
levado
muitas
inteligências
a menoscabar
a excelência
da vida
terrestre,
impulsionando
muita gente
para o
consumo
desassisado
de drogas
variadas, de
buscas de
“adrenalinas”
suicidas, de
homicídios
sem nenhum
propósito e
do suicídio
propriamente
dito.
O dever dos
espíritas
não é tomar
para si a
renovação do
mundo, dando
péssimo
exemplo de
insustentável
messianismo,
uma vez que
a mensagem
de Jesus
Cristo foi
dirigida a
todos que
dela puderam
tomar
conhecimento.
Vivendo como
pessoas de
bem e
fazendo
esforços
para dominar
as más
inclinações,
conforme a
definição
kardequiana
de
verdadeiro
espírita,
indubitavelmente
estaremos
dando uma
importante
quota das
nossas
vivências
para
contribuir
na
diminuição
desse
horrendo
espetáculo
de desapreço
pela vida.
Extraído de
entrevista
concedida
por J. Raul
Teixeira ao
jornal O
Imortal,
edição de
fevereiro de
2009.