As duas
escolhas
possíveis
Jamais
devemos
permitir
que o
cortejo
de
vicissitudes
da vida
tolha
nossos
passos
“No
mundo
tereis
aflições,
mas
tende
bom
ânimo.
Eu venci
o
mundo”.
Jesus.
(João,
16:33.)
Jesus,
nosso
“Modelo
e Guia”
(1),
não nos
enganou
acerca
dos
percalços
de nossa
viagem
evolutiva.
Mostrou-nos
as
pedras,
os
espinhos,
as
sarças...
Sem
embargo,
afirmou
que
sempre
estaria
ao nosso
lado,
ajudando-nos
a vencer
os
obstáculos.
É
necessário,
pois,
continuar
a
caminhada
e nunca
permitir
que o
cortejo
de
vicissitudes
da vida
tolha
nossos
passos.
Podemos
até
mesmo
tropeçar
e cair,
mas
incontinenti
levantar,
sacudir
a poeira
e
prosseguir...
Estaremos
sempre
às
voltas
com duas
escolhas:
Podemos
ficar
assentados
à beira
do
caminho
evolutivo
ou
podemos
caminhar
sempre.
Da nossa
opção
dependerá
nossa
desdita
ou
felicidade,
bem
dentro
da
Verdade
propalada
por
Jesus há
dois mil
anos
atrás
(2):
“A cada
um será
dado de
acordo
com as
suas
obras”.
A
primeira
opção,
isto é,
a
estagnação,
nos fará
assistir
à feliz
caminhada
dos
viajantes
da
Eternidade
demandando
os
Planos
Superiores
da Vida
em busca
do fanal
assinado
por Deus
para
todas as
Suas
criaturas:
a
felicidade
e a
perfeição.
E assim
permaneceremos
estacionados
como
peregrinos
esgotados,
descoroçoados,
até
que a
pedagogia
da dor
nos
alcance
e
exerça o
seu
mister.
A
segunda
opção,
isto é,
a
caminhada
incessante,
nos
ensejará
a vista
das
luzes
reluzentes
da
aurora
que
eliminará
as
nesgas
de
trevas
que se
dissiparão,
cambiando
a
tristeza
e o
desânimo
em
realizações
produtivas,
ensejando-nos
colaborar
na parte
que nos
toca na
Obra da
Criação.
Como
muito
bem se
posiciona
no tema
o
confrade
Jaci
Régis
(3):
“(...) A
primeira
escolha
sedimentará
a
inutilidade
da vida,
o desejo
da
morte,
como
resposta
às
frustrações
e
fantasias
de
abandono,
repúdio
ou
desalento.
Se vamos
por esse
caminho,
o
regresso
será
mais
difícil,
pois
nosso
masoquismo
se
exaltará
e nos
sentiremos
realmente
mal
amados,
prejudicados,
e
reuniremos
fragmentos
espalhados
de
acontecimentos,
palavras,
gestos e
atitudes,
construindo
um
mosaico
de
queixas.
E
choraremos
sem
remédio
e por
muito
tempo o
autoisolamento,
mantendo
escuro o
quadro
da vida
e o
futuro
sem
brilho
nem
esperança.
A
segunda
escolha
abrirá
as
cortinas
da sala
escura
do
desânimo
e do
pranto
inconsequente
para dar
entrada
à
claridade,
iluminando
nosso
caminho.
Mas,
para que
essa
reação
positiva
suceda,
é
preciso
que ao
longo
dos
nossos
dias
tenhamos
estabelecido
um
roteiro, repletando
a vida
de
ideais
que
teremos
que
trabalhar
para sua
concretização.
Que
normalmente
cultivemos
ideias
positivas,
valorizando-nos
a nós
mesmos,
reconhecendo
nosso
potencial
e,
embora
às vezes
venhamos
a cair,
levantemo-nos
e
prossigamos
pelo
caminho
que
adredemente
traçamos.
Quem não
tenha
delineado
um
caminho,
se
perderá
nos
meandros
da
insatisfação
e da
angústia
vazia.
Ao final
do dia,
meditando
sobre a
melancólica
e triste
manhã,
sorriremos
e nosso
coração
se
sentirá
feliz
porque
teremos
preferido
continuar
percorrendo
o
caminho
eleito,
sem
determo-nos
a olhar
para
trás”.
François
de
Genève
(4)
esclarece-nos
ainda
mais,
oferecendo-nos
um outro
ponto de
vista,
numa
belíssima
e
instrutiva
página
intitulada:
A M E L
A N C O
L I A
“Sabeis
por que,
às
vezes,
uma vaga
tristeza
se
apodera
dos
vossos
corações
e vos
leva a
considerar
amarga a
vida? É
que
vosso
Espírito,
aspirando
à
felicidade
e à
liberdade,
se
esgota,
jungido
ao corpo
que lhe
serve de
prisão,
em vãos
esforços
para
sair
dele.
Reconhecendo
inúteis
esses
esforços,
cai no
desânimo
e, como
o corpo
lhe
sofre a
influência,
toma-vos
a
lassidão,
o
abatimento,
uma
espécie
de
apatia,
e vos
julgais
infelizes...
Crede-me,
resisti
com
energia
a essas
impressões
que vos
enfraquecem
a
vontade.
São
inatas
no
Espírito
de todos
os
homens
as
aspirações
por uma
vida
melhor;
mas não
as
busqueis
neste
mundo e,
agora,
quando
Deus vos
envia os
Espíritos
que lhe
pertencem,
para vos
instruírem
acerca
da
felicidade
que Ele
vos
reserva,
aguardai
pacientemente
o anjo
da
libertação,
para vos
ajudar a
romper
os
liames
que vos
mantêm
cativo o
Espírito.
Lembrai-vos
de que,
durante
o vosso
degredo
na
Terra,
tendes
de
desempenhar
uma
missão
de que
não
suspeitais,
quer
dedicando-vos
à vossa
família,
quer
cumprindo
as
diversas
obrigações
que Deus
vos
confiou.
Se, no
decurso
desse
degredo-provação,
exonerando-vos
dos
vossos
encargos,
sobre
vós
desabarem
os
cuidados,
as
inquietações
e
tribulações,
sede
fortes e
corajosos
para
suportá-los.
Afrontai-os
resolutos.
Duram
pouco e
vos
conduzirão
à
companhia
dos
amigos
por quem
chorais
e que,
jubilosos
por
ver-vos
de novo
entre
eles,
vos
estenderão
os
braços,
a fim de
guiar-vos
a uma
região
inacessível
às
aflições
da
Terra”.
Referências:
(1)
KARDEC,
Allan.
O
Livro
dos
Espíritos.
88.ed.
Rio [de
Janeiro]:
FEB,
2006, q.
625.
(2)
Mateus,
16:27.
(3)
RÉGIS,
Jacy .
Periódico
“Abertura”.
Nº. 144
–
Dezembro
de 1999.
(4)
KARDEC,
Allan.
O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo.
125.
ed. Rio:
FEB,
2006,
cap. V,
item 25.