ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
Memórias
do Padre Germano
Amália Domingo Sóler
(Parte
4)
Damos continuidade nesta edição
ao
estudo do clássico
Memórias do Padre
Germano,
que será aqui estudado
em 20 partes.
A fonte do estudo é a
21ª edição do livro,
publicada pela Federação
Espírita Brasileira.
Questões preliminares
A. Qual é, segundo Padre
Germano, o único
patrimônio do homem?
O tempo, esse é o único
patrimônio do homem e
todos os recebem da vida
em igual quantidade.
Depende unicamente de
nós utilizá-lo
corretamente.
(Memórias do Padre
Germano, pp. 72 e 73.)
B. Que fato levou o
duque Constantino de Hus
a perder a maior parte
de seus bens?
O duque tivera, dos seus
três casamentos, apenas
três filhas. Duas foram
obrigadas a entrar para
um convento, enquanto a
mais velha permanecera a
seu lado. Mas um homem,
socialmente mais
poderoso do que ele, a
seduzira, abandonando-a,
em seguida. Certo de que
o duque, ciente dessa
injúria, procuraria
vingar-se, o algoz de
sua filha acusou-o de
chefiar uma sedição e
despojou-o, por causa
disso, da maior parte de
seus bens. Na luta entre
ambos, Constantino
perdera.
(Obra citada, pp. 77 e
78.)
C. Aconselhado pelo
padre, o duque deu novo
rumo à sua vida?
Sim. Advertindo-o sobre
a presença de sua mãe,
que ali o conduzira para
iniciar a sua
regeneração, Padre
Germano conseguiu o que
parecia impossível: a
adesão de Constantino de
Hus ao programa que ele
lhe traçara. Quatro anos
depois, alguns
camponeses desolados
vieram avisar Padre
Germano de que o Sr.
João (novo nome de
Constantino) estava
morrendo. Na granja que
ele construiu,
beneficiando uma porção
de famílias, reinava
completa desolação e
algumas mulheres até
mesmo choravam, ao
pressentirem a morte
próxima de seu
benfeitor. Quando
Germano penetrou no
quarto do enfermo, ele,
tomando-lhe uma das
mãos, disse em tom
solene: “Padre, vossa
profecia vai cumprir-se:
vou morrer; porém, serei
chorado; vejo a
perturbação dessa pobre
gente; alguns gemidos
chegam até mim... Ah!
como é bom ser amado!
Sobre a mesa
encontrareis meu
testamento. Meus colonos
são os meus herdeiros.
Ah! Padre Germano, por
que não vos conheci eu
desde que nasci? Que
bom é ser bom, meu
Padre...” Dito isto,
morreu o último dos
duques de Hus, cuja
sepultura ficou juncada
de flores. (Obra
citada, pp. 83 e 84.)
Texto para leitura
26. Madalena não
resistiu à força dos
argumentos de Germano e
decidiu ficar ao lado
dos seus, o que levou
Padre Germano,
encerrando o capítulo, a
dizer: “Oh! A família!
-- eterno idílio do
mundo, tabernáculo dos
séculos, nos quais se
guarda a história
consagrada pelo alento
divino de Deus! A
religião que te não
respeita nem considera
acima de todas as
instituições da Terra,
tem menos poder e
verdade que o floco de
espumas levantado sobre
as ondas batidas do
mar!” (P. 68)
27. O tempo -- que para
o Padre Germano é o
único patrimônio do
homem -- é o tema
do cap. 7, em que ele
narra mais uma façanha
de Sultão, que descobriu
numa furna, escondido,
um homem enfermo, que
Miguel e Germano, com
dificuldades, conduziram
até à sacristia. O
homem era nada mais nada
menos que o duque
Constantino de Hus, uma
pessoa que o Padre
conhecia muito bem por
sua triste fama, que se
confirmou com sua
confissão. (PP. 72 a 77)
28. Como Constantino
desejava um filho, que
nenhuma das três esposas
lhe deu, ele obrigou 36
jovens, filhas de
vassalos seus, a cederem
a seus desejos, sem
contudo conseguir o
desejado filho. Assim,
dos três casamentos lhe
ficaram três filhas,
duas obrigadas a entrar
para um convento,
enquanto a mais velha
permanecera a seu lado,
para tornar-se o pivô de
uma tragédia, visto que
um homem socialmente
mais poderoso do que
ele a seduzira,
abandonando-a, em
seguida. (P. 77)
29. Certo de que o
duque, ciente dessa
injúria, procuraria
vingar-se, o algoz de
sua filha acusou-o de
chefiar uma sedição e
despojou-o, por causa
disso, da maior parte de
seus bens. Na luta entre
ambos, Constantino
perdera. Eis a razão por
que chegara à aldeia na
condição de simples
fugitivo, embora sedento
de vingança. (PP. 77 e
78)
30. Ao conversar com o
infeliz, Padre Germano
se viu rodeado de seres
espirituais, enquanto
que uma sombra lutuosa
acercava-se do duque,
chorando
desconsoladamente. Era o
Espírito de sua pobre
mãe. (P. 79)
31. Padre Germano
falou-lhe então sobre a
necessidade de sua
transformação em face da
vida eterna. “Tu
viverás”, afirmou-lhe
Germano, acrescentando:
“e pagarás uma por uma
as dívidas que
contraíste, até chegar o
dia de te tornares
senhor de ti mesmo; hoje
escravo de tuas paixões,
amanhã serás delas
senhor e as dominarás
com previdência, tal
como tenho as minhas
dominado.” (PP. 80 e 81)
32. Advertindo-o sobre a
presença de sua mãe, que
ali o conduzira para
iniciar a sua
regeneração, Padre
Germano conseguiu o que
parecia impossível: a
adesão de Constantino de
Hus ao programa que ele
lhe traçara. De fato, um
mês depois Constantino
retornou à aldeia,
acompanhado do mais fiel
dos seus servos, que,
como ele, parecia um
etíope, visto que até
mesmo na fisionomia
Constantino decidira
apagar em si todos os
vestígios que o ligavam
à Casa de Hus. (P. 83)
33. Quatro anos depois,
alguns camponeses
desolados vieram avisar
Padre Germano de que o
Sr. João (o novo nome de
Constantino) estava
morrendo. Na granja que
ele construiu,
beneficiando uma porção
de famílias, reinava
completa desolação e
algumas mulheres até
mesmo choravam, ao
pressentirem a morte
próxima de seu
benfeitor. (PP. 83 e 84)
34. Quando Germano
penetrou no quarto do
enfermo, ele,
tomando-lhe uma das
mãos, disse em tom
solene: “Padre, vossa
profecia vai cumprir-se:
vou morrer; porém, serei
chorado; vejo a
perturbação dessa pobre
gente; alguns gemidos
chegam até mim... Ah!
como é bom ser amado!
Sobre a mesa
encontrareis meu
testamento. Meus colonos
são os meus herdeiros.
Ah! Padre Germano, por
que não vos conheci eu
desde que nasci? Que
bom é ser bom, meu
Padre...” Dito isto,
morreu o último dos
duques de Hus, cuja
sepultura ficou juncada
de flores... (P. 84)
(Continua na próxima
edição.)