Maria da
Conceição Rocha
Cavalcante:
“A nova geração
está mais
preparada para a
Doutrina
Espírita”
Uma simpatizante
espírita
envolvida com o
trabalho de
divulgação do
Espiritismo fala
sobre a
seriedade do
trabalho
espírita e da
boa
impressão e do
respeito que ele
gera no meio
social
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Maria da
Conceição Rocha
Cavalcante
(foto),
nossa
entrevistada da
semana, nasceu e
reside em João
Pessoa, Paraíba.
Embora não sendo
espírita, exerce
trabalhos
profissionais no
setor de
diagramação de
várias
publicações
espíritas. Suas
colocações na
presente
entrevista são
muito oportunas
para que
avaliemos a
impressão que a
Doutrina
Espírita e o
movimento
espírita causam
em seus
simpatizantes.
O Consolador:
Sendo
simpatizante do
Espiritismo e diante das
tarefas |
que executa para
o movimento
espírita, como
você enxerga a
Doutrina
Espírita e seu
movimento? |
Algo bem maior
do que muita
gente imagina. O
Espiritismo não
é só uma
Doutrina que
prega a
caridade, e nem
tanto são
pessoas que vão
atrás de
conversar com
Espíritos, como
muitos dizem.
Vejo um respeito
muito grande
tanto para com
pessoas
encarnadas
quanto com os
desencarnados.
Trata-se de uma
Doutrina muito
bonita que visa
o crescimento
espiritual
através do
crescimento
moral.
O Consolador:
Cite as tarefas
que você executa
para o movimento
espírita.
Faço a
diagramação da
Tribuna Espírita
por cerca de 8
anos, juntamente
com o mestre
Azamor Cirne
(Presidente do
Centro Espírita
Leopoldo Cirne)
e uma equipe
muito
disciplinada.
Também faço
serviços de
diagramação para
a Federação
Espírita do
Estado da
Paraíba
(jornais,
livros, edições
especiais,
slides e site),
sempre em
conjunto com a
Assessora de
Comunicação
Fátima Farias.
O Consolador:
Sendo
simpatizante do
Espiritismo,
como você se
aproximou e o
que lhe traz
simpatia na
mensagem trazida
pela Doutrina
Espírita?
Na minha família
há uma mescla de
espíritas com
católicos.
Quando criança
frequentava o
Centro Espírita
Bezerra de
Menezes, em Cruz
das Armas. Na
época ia para
evangelizações
dominicais e
lembro que minha
mãe não gostava
muito que
fôssemos ao
Centro, mas meu
pai sempre nos
levava. Eu era
muito pequena e
só soube que o
Centro era um
Centro Espírita
anos depois. Aos
14 anos voltei a
frequentar junto
com uma irmã
mais velha, que
apresentava
alguns problemas
e tentava
amenizá-los
através do
Espiritismo;
passei cerca de
1 ano e meio
frequentando. Em
2006 essa mesma
irmã teve
depressão
pós-parto e
encontrei no
Espiritismo mais
uma vez a força
que precisava
para enfrentar a
situação. A
mensagem
espírita me
confortou e me
auxiliou nas
horas que eu
mais precisei.
O Consolador: De
posse dos textos
para diagramação
da Tribuna
Espírita, o que
mais lhe chama a
atenção nos
temas trazidos
pela publicação?
O que mais me
chama atenção é
a forma como os
temas são
abordados, sem
agredir outras
religiões, sem
querer ser
melhor do que os
outros. É um
trabalho feito
de forma
simples, mas que
abrange temas
atuais, com
textos que
exploram bem o
universo
espírita. Seus
colaboradores
também
demonstram essa
preocupação
mantendo sempre
artigos de
qualidade e
divulgando
eventos
espíritas de
todo o país e
até mesmo do
exterior. A
Tribuna Espírita
não é um
trabalho que
visa lucro
financeiro e sim
a divulgação da
Doutrina.
O Consolador:
Como
diagramadora da
revista
Nordeste, os
temas
apresentados
demonstram
interesse pelos
assuntos
estudados pelo
Espiritismo?
Como são
encarados, por
exemplo, pela
publicação,
temas como
aborto,
reencarnação,
comunicação de
Espíritos etc.?
Os articulistas
chegam a abordar
tais questões?
A Revista
Nordeste não
é uma publicação
de cunho
religioso. O
foco principal
da revista é o
Nordeste, como o
próprio nome
diz, mas temos a
editoria de
religião, da
qual já
abordamos duas
pautas voltadas
para o
Espiritismo: uma
entrevista com
Divaldo Franco,
quando ele
esteve em João
Pessoa para o
lançamento de
dois livros, e o
artigo “2012: as
visões do
apocalipse”,
onde abordamos a
visão das
principais
religiões
brasileiras
sobre o fim do
mundo. As pautas
surgem dos
editores,
jornalistas e
até mesmo dos
leitores.
Procuramos saber
o que as pessoas
gostariam de ler
em cada
editoria. Se a
pauta for de
interesse da
maioria é
publicada,
portanto, os
temas citados
acima são
abordados, sim,
e de forma muito
natural. Como um
veículo de
comunicação de
respeito, não
nos pronunciamos
contra nenhuma
religião, pois
nosso propósito
é levar a
notícia aos
leitores, seja
de qual religião
for.
O Consolador: Na
entrevista com
Divaldo Franco,
publicada pela
citada revista,
qual foi a
temática
principal? E
houve boa
repercussão?
Divaldo falou
sobre a
convivência com
as outras
religiões e a
Nova Era para a
Terra; esse foi
o tema principal
da entrevista.
Houve uma ótima
repercussão.
Recebemos vários
comentários,
pessoas ligavam
querendo saber
onde encontravam
a revista para
comprar. Divaldo
falou sobre a
volta de Jesus e
o tempo de
regeneração pelo
qual a Terra vem
passando. A
entrevista está
disponível no
site da
Federação
Espírita
Paraibana -www.fepb.org.br.
O Consolador:
Sendo você
apenas uma
simpatizante,
como vê a
repercussão do
movimento
espírita na
cidade e no
Estado? Você
considera que
hoje o
Espiritismo é
mais respeitado?
Vejo que cada
vez mais o
Espiritismo tem
um número maior
de
simpatizantes.
Lembro que na
época em que eu
frequentava as
pessoas tinham
mais
preconceito,
hoje não. Noto
que o
Espiritismo vem
crescendo e
ganhando um
espaço que
muitas religiões
vêm deixando em
aberto. A nova
geração está
mais preparada
para a Doutrina
Espírita, a
sociedade parece
que se cansou de
religiões que
proíbem tudo e
fazem as pessoas
serem tachadas
de pecadoras
para se manterem
dentro da
Igreja. Na
Doutrina
Espírita todos
têm o direito de
errar e corrigir
seus erros e,
assim, evoluírem
espiritualmente.
O Consolador:
Você tem lido
livros
espíritas?
Ando com O
Evangelho
segundo o
Espiritismo
na bolsa e tenho
um exemplar ao
lado da minha
cama. Gosto de
ler antes de
dormir e
recomendo a
todos que leiam,
mesmo sendo de
outras
religiões.
Também leio O
Livro dos
Espíritos e
romances
espíritas. Já
presenteei
várias pessoas
amigas, que
estavam passando
por problemas,
com O
Evangelho
segundo o
Espiritismo
e todas me
disseram ter
tido uma melhora
depois de lê-lo.
Geralmente são
pessoas
depressivas,
perturbadas e
sem respostas
para coisas que
acontecem em
suas vidas. O
Evangelho
segundo o
Espiritismo
sempre tem uma
resposta para
essas questões.
Em alguns casos
ensino a fazer o
Evangelho no
Lar, que aprendi
com a amiga
Fátima Farias, o
qual produz um
resultado
bastante
positivo na vida
de quem o
pratica.
O Consolador:
Você tem ligação
com alguma outra
religião? Se
positivo, como é
tratada a
Doutrina
Espírita nesse
ambiente?
Não gosto de
fanatismo, de
nenhum jeito.
Dos cinco irmãos
que tenho, três
são evangélicos
e convivo muito
bem com eles,
mas houve um
determinado
momento que foi
difícil, porque
eu trabalhava
junto com um
deles e tive que
abrir mão do meu
trabalho, pois
ele não aceitava
que ouvíssemos
outro tipo de
música dentro do
escritório que
não fosse da sua
religião. Todos
em minha família
sabem que sou
simpatizante do
Espiritismo e
que vivo a
junção das
religiões
católica e
espírita. Gosto
de reconhecer as
coisas boas que
existem nas
religiões. Acho
bonito o jeito
de se vestir das
evangélicas;
demonstra
caráter. Gosto
de ter a imagem
de Nossa Senhora
como minha
protetora e
pratico a
caridade
ensinada pelos
espíritas. Hoje
consigo
conversar
abertamente com
meus irmãos
sobre a religião
deles e sobre o
Espiritismo e
assim vamos
quebrando
barreiras.
O Consolador:
Sobre
reencarnação,
comunicação de
Espíritos,
imortalidade, o
que você acha,
diante das
informações já
recebidas do
Espiritismo?
Acredito que nós
encarnados
sofremos
influência dos
Espíritos
desencarnados,
acho que eles
nos ajudam e
também nos
atrapalham,
dependendo do
grau de
instrução de
cada um. Creio
que em cada
encarnação
aprendemos algo
e evoluímos.
Gosto de ler
O Evangelho
segundo o
Espiritismo
em voz alta para
que os Espíritos
presentes também
aprendam com a
leitura; acho
que é uma forma
de crescermos
juntos. Acredito
que alguns tipos
de perturbações
são provenientes
de obsessões e
que algumas
vezes nós as
atraímos através
do nosso
pensamento
negativo. Sinto
algumas vezes
que sou intuída
na hora que
estou fazendo
alguns trabalhos
para os
espíritas. Foi
assim na
construção do
site e em outros
trabalhos
realizados. E
acredito também
que muitos
avanços na
medicina e em
outras áreas
sejam
provenientes de
ajudas
espirituais.