ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
Memórias
do Padre Germano
Amália Domingo Sóler
(Parte
5)
Damos continuidade nesta edição
ao
estudo do clássico
Memórias do Padre
Germano,
que será aqui estudado
em 20 partes.
A fonte do estudo é a
21ª edição do livro,
publicada pela Federação
Espírita Brasileira.
Questões preliminares
A. Por que Rodolfo
rejeitou o filho que
teve com Berta?
Berta fora desonrada por
Rodolfo, que com ela se
casou obrigado
praticamente pelo padre
Germano, que bem
conhecia seus segredos.
Aterrorizado, o rapaz
acedeu e o casamento se
fez. Algum tempo depois
Berta deu à luz um
menino de semblante
contrafeito,
espantosamente feio, que
foi batizado
secretamente, uma vez
que, por honra da mãe,
se conviera em ocultar o
nascimento daquele
menino vindo ao mundo
com má estrela, pois sua
mãe se horrorizava dele
e Rodolfo repetia que
não poderia dar seu nome
a semelhante monstro. A
criança foi, então,
rejeitada.
(Memórias do Padre
Germano, pp. 89 e 90.)
B. A criança sobreviveu?
Sim. Padre Germano
cuidou dela e, em
seguida, a entregou a
uma camponesa que
residia próximo da
aldeia. Mas, quando o
menino estava com oito
meses de vida, o próprio
Rodolfo apareceu em casa
de sua ama e levou-o,
para matá-lo. Foi Sultão
quem, escarvando a terra
com furor, encontrou o
corpo do menino,
enterrado pelo pai num
lugar ermo de floresta
próxima.
(Obra citada, pp. 90 e
91.)
C. Que motivo levou
Rodolfo a buscar a ajuda
do Padre Germano?
Rodolfo retornou à
aldeia para dizer ao
Padre que trazia o
inferno dentro dalma,
porque havia um mês que
maldita gargalhada lhe
ressoava aos ouvidos.
“Despachando com o rei,
ou no meu gabinete como
em qualquer festim, por
toda parte, em suma,
ouço sempre e sempre a
gargalhada da pobre
louca”, contou-lhe
Rodolfo. A pobre louca
era Elisa, uma jovem
bonita que desde a idade
de quinze anos fora
assediada por Rodolfo,
dono das terras em que
vivia o seu pai. Um dia,
desesperada com a morte
do marido, Elisa
precipitou-se, unida ao
cadáver do esposo, num
abismo próximo, rindo
sempre, sempre, diante
de Rodolfo que a tudo
assistira.
(Obra citada, pp. 100 a
103.)
Texto para leitura
35. No cap. 8,
intitulado “As Pegadas
do Criminoso”, Padre
Germano lembra o dia em
que Sultão morreu e como
veio a conhecer Rodolfo,
que escutou, escondido
detrás das cortinas, seu
próprio pai
confessar-lhe que se
suicidara para poupar ao
filho o crime de
parricídio. “Meu filho
odeia-me”, disse-lhe o
pobre ancião. “Padre, eu
vo-lo recomendo; velai
por ele, sede o seu
segundo pai, já que o
primeiro houve de
fugir-lhe, para evitar
horrendo crime.” (PP. 85
a 89)
36. Alguns anos depois,
o conde de A..., cuja
filha Berta fora
desonrada por Rodolfo,
confessou a Germano, no
leito de morte, que
Rodolfo o havia ferido
pelas costas; e
suplicou-lhe obrigasse o
rapaz a dar seu nome à
filha. “Em vós confio,
Padre, e só morrerei
tranquilo -- disse-lhe o
moribundo -- se me
jurardes que obrigareis
Rodolfo a dar seu nome a
minha filha.” (P. 89)
37. Rodolfo, que
detestava Padre Germano
desde o episódio da
morte de seu pai, foi
procurado pelo
sacerdote, que lhe disse
ter nas mãos a sua vida,
sabedor que era de seus
terríveis segredos.
Aterrorizado e subjugado
por Germano, o rapaz
acedeu, e, antes de
morrer, o conde de A...
abençoava a união de
Berta e Rodolfo. (P. 89)
38. Após os funerais,
Berta deu à luz um
menino de semblante
contrafeito,
espantosamente feio, que
foi batizado
secretamente, uma vez
que, por honra da mãe,
se conviera em ocultar o
nascimento daquele
menino vindo ao mundo
com má estrela, pois sua
mãe se horrorizava dele
e Rodolfo repetia que
não poderia dar seu nome
a semelhante monstro.
(P. 90)
39. Padre Germano cuidou
da criança, que foi
entregue a uma
camponesa, que residia
próximo da aldeia.
Quando o menino estava
com oito meses de vida,
o próprio Rodolfo
apareceu em casa de sua
ama e levou-o, para
matá-lo. Foi Sultão
quem, escarvando a terra
com furor, encontrou o
corpo do menino,
enterrado pelo pai num
lugar ermo de floresta
próxima. (PP. 90 e 91)
40. Um dia -- vinte e
cinco anos após a morte
de seu pai -- Rodolfo
procurou Padre Germano
munido de uma ordem
expressa para levá-lo, a
fim de ser julgado pelos
tribunais da Igreja e do
Estado. O Padre não
perdeu, então, a
oportunidade de
falar-lhe severamente,
recordando a sucessão de
crimes ligados à morte
do seu pai, do conde de
A... e de seu próprio
filho. (P. 93)
41. A
força moral do Padre
Germano produziu, então,
algo prodigioso, porque
Rodolfo, já no dia
seguinte, dirigiu-se com
Berta até o local da
sepultura de seu filho,
para orar pela alma
daquela criança.
Chegados ao local, o
casal ajoelhou-se sem
dizer palavras. Estavam
ambos agitados, pálidos,
convulsos, olhando como
que receosos para todos
os lados. Berta orou;
ele, recostado ficou ao
tronco, semi-oculto pela
ramagem. Germano
aproveitou o ensejo para
conclamá-los ao
arrependimento e à
mudança de seus atos, e
o fez com tal ardor, que
Rodolfo prometeu voltar
um dia. (PP. 94 a 98)
42. O cap. 9, intitulado
“A Gargalhada”, Padre
Germano descreve como
foi o retorno de Rodolfo
à aldeia. Dez meses
haviam transcorrido,
quando Rodolfo confessou
ao Padre trazer o
inferno dentro dalma,
porque havia um mês que
maldita gargalhada lhe
ressoava aos ouvidos.
“Despachando com o rei,
ou no meu gabinete como
em qualquer festim, por
toda parte, em suma,
ouço sempre e sempre a
gargalhada da pobre
louca”, contou-lhe
Rodolfo. (PP. 100 e 101)
43. A
pobre louca era Elisa, a
jovem bonita que desde a
idade de quinze anos
fora assediada por
Rodolfo, dono das terras
em que vivia o seu pai.
Um dia, desesperada com
a morte do seu marido,
ela precipitou-se, unida
ao cadáver do esposo,
num abismo próximo,
rindo sempre, sempre,
diante de Rodolfo que a
tudo assistira. (PP. 102
e 103)
(Continua na próxima
edição.)