Veja estas
construções:
1. Prefiro o
barulho do que o
calor.
2. Traga a
revista para mim
ler a
reportagem.
3. Se você ver
nosso amigo,
dê-lhe um
abraço.
Todas elas,
embora tão
comuns em nossas
conversas
diárias, contêm
erros e, podemos
afirmar, erros
primários.
Ei-las depois de
corrigidas:
1. Prefiro o
barulho ao
calor.
2. Traga a
revista para eu
ler a
reportagem.
3. Se você vir
nosso amigo,
dê-lhe um
abraço.
Explicações:
1. Quando usamos
o verbo
preferir, com o
sentido de
querer antes;
achar melhor;
antepor, prepor;
ter predileção
por; gostar mais
de; dar primazia
ou prioridade, o
verbo exige dois
complementos, um
direto e outro
indireto.
Exemplos:
Preferiu morrer
a ser traidor.
Ele prefere a
música popular à
clássica.
Preferimos o
barulho ao
calor.
2. O pronome
“mim” não pode
ser sujeito de
oração. A
construção
estaria certa se
fosse escrita
assim: “Traga a
revista para
mim”. Todavia,
no caso
mencionado:
“... para mim
ler”, o pronome
indicado é “eu”.
É fácil
compreender essa
regra. Basta
mudar a pessoa.
Nesta
construção:
“Pega a revista
para tu leres a
reportagem” não
ocorreria a
ninguém a ideia
de colocar:
“... para ti
leres”.
3. O verbo ver
apresenta no
futuro as
formas: vir,
vires, vir,
virmos, virdes,
virem. Se a
construção
estivesse no
plural,
diríamos: “Se
vocês virem
nosso amigo,
deem-lhe um
abraço”.
*
O vocábulo
qüinqüênio, com
a eliminação do
trema, é agora
escrito assim:
quinquênio. Sua
pronúncia,
porém, permanece
como antes:
kuinkuênio.