– O carnaval vai se
transformar ou será
extinto?
Raul Teixeira:
O carnaval não precisa
entrar em extinção. Ele
precisa voltar às bases
da alegria verdadeira.
As pessoas têm direito à
distração e ao
contentamento. Sabemos
que as culturas
permanecem, mas vão
sendo transformadas de
conformidade com as
épocas.
De acordo com o tipo de
Espíritos reencarnados
em determinadas épocas,
as festas culturais,
herdadas de nossos
ancestrais, vão tomando
características
diferentes. Isso ocorre
com quaisquer festas,
seja o Natal, o
carnaval, a páscoa ou as
festas juninas.
O carnaval hoje sofre,
infelizmente, a
predominância da
viciação, da violência e
da pornografia, em
função dos Espíritos
pervertidos que
participam dessa
loucura. Se olharmos
para o lado da
descontração sadia, da
alegria verdadeira, é
claro que é uma festa
positiva. Nosso
posicionamento não
deverá ser contra essa
festividade, que pode
se dar em qualquer época
do ano. Devemos, sim,
ensinar às criaturas a
saber usar bem a sua
liberdade e a
oportunidade de ser
feliz, mesmo que seja
através dos folguedos do
mundo, uma vez que para
os espíritas conscientes
não pode haver espaço
para improdutivos
radicalismos ou para a
ignorância quanto aos
níveis de entendimento
ou de desenvolvimento de
cada criatura.
Extraído de entrevista
realizada na sede da
SEF - Sociedade Espírita
Fraternidade, publicada
no jornal Correio
Espírita em março de
2007.