ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Memórias
do Padre Germano
Amália Domingo Sóler
(Parte
11)
Damos continuidade nesta edição
ao
estudo do clássico
Memórias do Padre
Germano,
que será aqui estudado
em 20 partes.
A fonte do estudo é a
21ª edição do livro,
publicada pela Federação
Espírita Brasileira.
Questões preliminares
A. Quem foi Clotilde?
Clotilde era filha do
duque de S. Lázaro.
Entregue pelo próprio
pai aos Penitentes
Negros, poderosa
organização da Igreja,
Padre Germano empenhou
todas as suas forças
para salvá-la, o que
conseguiu após três
meses de luta, na qual
teve de entrar na
sombria fortaleza da
citada organização para
restituir a vida à pobre
moça, injustamente
acusada de delação pelo
pai. Depois de
sacrificar o próprio
duque como traidor da
pátria, a organização
pretendia livrar-se de
Clotilde, tomando-lhe
antes a herança.
(Memórias do Padre
Germano, pp. 193 a 201.)
B. Padre Germano
acreditava na doutrina
da graça?
Não. Ele afirma ser um
erro acreditar que o
homem é salvo pela graça
ou pelo sangue do
Cristo, porque cada ser
se engrandece por si
mesmo.
(Obra citada, pág. 208.)
C. Com que idade Padre
Germano foi expulso da
própria casa?
Germano contava, então,
cinco anos de idade.
Antes da expulsão, o
menino vivia num casebre
miserável, na companhia
de sua mãe. Uma noite,
gritando e golpeando os
poucos móveis que ali
havia, chegou seu pai.
Apresentados um ao outro
por sua mãe, o pai
repeliu com um gesto
brusco o menino. Dias
depois, dizendo que com
cinco anos Germano já
tinha condições de
cuidar de si mesmo, o
pai arrastou-o para a
rua, sob os protestos da
esposa. Depois, seus
pais desapareceram.
(Obra citada, pp. 209 e
210.)
Texto para leitura
86. Um ano depois, sua
esposa também morreu,
sem que Germano lhe
desse oportunidade de
confessar seu amor por
ele. “Amai-me em
espírito” -- disse-lhe o
Padre --; ajudai-me com
o vosso amor a suportar
as misérias e provações
da vida.” (P. 189)
87. “Clotilde!” é o
título do cap. 19, em
que Padre Germano
confessa que, menos de
um mês transcorrido
desde que pronunciara
seus votos, já estava
convencido de seu erro:
“A Religião é a vida,
sim, mas as religiões
causam a morte”. (P.
191)
88. Clotilde, filha do
duque de S. Lázaro, fora
entregue pelo próprio
pai aos Penitentes
Negros, e Padre
Germano empenhou todas
as suas forças para
salvá-la, depois de três
meses de luta, na qual
ele teve de entrar na
sombria fortaleza
daquela organização para
restituir a vida à pobre
moça, injustamente
acusada de delação por
seu pai. (PP. 193 a 198)
89. Dias depois, o
Geral da Ordem dos
Penitentes,
acompanhado de vinte
confrades, penetrou na
igreja do Padre Germano
para reclamar a jovem. O
pároco não se intimidou
e desmascarou os planos
da organização, que,
após sacrificar o
próprio duque como
traidor da pátria,
pretendia livrar-se de
Clotilde, tomando-lhe
antes a herança. (PP.
200 e 201)
90. Palavras duras foram
então dirigidas por
Germano ao poderoso
chefe dos Penitentes,
a quem ele conhecia
desde criança e que,
apesar de chefiar uma
organização da Igreja,
duvidava da existência
da imortalidade e do
próprio Deus. (PP. 201 e
202)
91. Padre Germano
doutrinou-o então,
afirmando sua convicção
em Deus, na imortalidade
e na reencarnação, fato
que exerceu sobre o
visitante um efeito
inesperado. “Esse homem
tremeu um dia, teve medo
do futuro, sua conversão
é certa”, anotou o
pároco em suas memórias,
referindo-se ao Geral
dos Penitentes.
Estava salva Clotilde!.
(PP. 202 a 205)
92. No cap. 20, Padre
Germano recorda algumas
cenas de sua infância,
lembrando, porém, ser um
erro acreditar que o
homem é salvo pela graça
ou pelo sangue do
Cristo, visto que cada
ser se engrandece por si
mesmo. (P. 208)
93. Antes de ingressar
no convento, Germano
vivia num casebre
miserável, na companhia
de sua mãe. Uma noite,
gritando e golpeando os
poucos móveis que ali
havia, chegou seu pai.
Apresentados um ao outro
por sua mãe, ele repeliu
com um gesto brusco o
menino, que contava
apenas cinco anos. Dias
depois, dizendo que com
cinco anos Germano já
tinha condições de
cuidar de si mesmo, o
pai arrastou-o para a
rua, sob os protestos da
esposa. Cerca de dois
anos o menino viveu
entre pobres pescadores,
enquanto seus pais,
abandonando o povoado,
desapareceram para
sempre. (PP. 209 e 210)
94. Um ano depois de se
encontrar só no mundo,
um grupo de
Penitentes Negros
estabeleceu-se na velha
abadia que cercava o
monte, aonde o menino
Germano costumava ir, a
mando dos pescadores,
levando peixes para o
mosteiro. (P. 210)
(Continua na próxima
edição.)