MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Entre a Terra e o Céu
André Luiz
(Parte
26)
Continuamos a apresentar
o
estudo da obra
Entre a Terra e o Céu,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1954 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Por que em alguns
casos surge aversão da
gestante pelo próprio
marido?
Segundo Clarêncio, isso
ocorre "sempre que um
inimigo do pretérito
volta à carne, a fim de
resgatar débitos
contraídos para com
aquele que lhe servirá
de pai". E se a
animosidade do
reencarnante for com a
mãe, surgirão obstáculos
à reencarnação?
Clarêncio respondeu:
"De modo algum. A
esposa, por devotamento
ao companheiro, cede
facilmente à necessidade
da alma que volta ao
reduto doméstico para
fins regeneradores e, em
se tratando de alguém
com intensa afinidade
junto ao chefe do lar,
vê-se o marido docemente
impulsionado a oferecer
maior coeficiente
afetivo à companheira,
de vez que se sente
envolvido por forças
duplas de atração. Sob
dobrada carga de
simpatia, dá muito mais
de si mesmo em atenção e
carinho, facilitando a
tarefa maternal da
mulher".
(Entre a Terra e o Céu,
cap. XXX, págs. 187 e
188.)
B. Qual é a causa das
náuseas tão comuns
durante a gravidez?
Clarêncio diz que no
futuro a ciência
ajudará a mulher na
defesa contra essa
espécie de aborrecimento
orgânico, que, no
fundo, é de essência
espiritual. O organismo
materno, absorvendo as
emanações da entidade
reencarnante, funciona
como um exaustor de
fluidos em
desintegração, fluidos
esses que nem sempre são
aprazíveis ou facilmente
suportáveis pela
sensibilidade feminina.
Daí os engulhos
frequentes, de
tratamento até então
muito difícil.
(Obra citada, cap. XXX,
págs. 188 e 189.)
C. Em sua nova
encarnação, Júlio era um
menino doente?
Sim. O garoto
desenvolvia-se como flor
de esperança no jardim
do lar, todavia era um
menino mirrado,
enfermiço, por trazer
dolorosa ferida na
glote, que lhe
dificultava a nutrição.
(Obra citada, cap. XXXI,
págs. 190 e 191.)
Texto para leitura
88. As náuseas da
gravidez -
Hilário lembrou ter
observado na Terra a
inopinada aversão de
muitas gestantes contra
os próprios maridos.
Clarêncio explicou que
isso ocorre "sempre que
um inimigo do pretérito
volta à carne, a fim de
resgatar débitos
contraídos para com
aquele que lhe servirá
de pai". E se a
animosidade do
reencarnante for com a
mãe? Nesse caso,
surgirão obstáculos à
reencarnação? Clarêncio
respondeu: "De modo
algum. A esposa, por
devotamento ao
companheiro, cede
facilmente à necessidade
da alma que volta ao
reduto doméstico para
fins regeneradores e, em
se tratando de alguém
com intensa afinidade
junto ao chefe do lar,
vê-se o marido docemente
impulsionado a oferecer
maior coeficiente
afetivo à companheira,
de vez que se sente
envolvido por forças
duplas de atração. Sob
dobrada carga de
simpatia, dá muito mais
de si mesmo em atenção e
carinho, facilitando a
tarefa maternal da
mulher".
Passados alguns dias,
Odila informou a
Clarêncio que Zulmira
atravessava nova crise
orgânica. Vômitos
incoercíveis
perturbavam-na
cruelmente; não tolerava
a mais leve alimentação;
o sistema digestivo
apresentava alterações
profundas; os recursos
médicos eram
infrutíferos. Clarêncio
agiu imediatamente,
porquanto as náuseas
repetidas provocavam a
gradativa incursão da
anemia. Submetendo-a a
passes magnéticos de
longo curso, o instrutor
informou que a gestante
apresentaria melhoras.
Hilário indagou o porquê
das náuseas tão comuns
durante a gravidez. O
Ministro respondeu
dizendo que no futuro a
ciência ajudaria a
mulher na defesa contra
essa espécie de
aborrecimento orgânico,
que, no fundo, é de
essência espiritual. O
organismo materno,
absorvendo as emanações
da entidade
reencarnante, funciona
como um exaustor de
fluidos em
desintegração, fluidos
esses que nem sempre são
aprazíveis ou facilmente
suportáveis pela
sensibilidade feminina.
Daí os engulhos
frequentes, de
tratamento até então
muito difícil. Zulmira
foi melhorando e, meses
depois, Odila foi até
Clarêncio anunciar, com
grande júbilo, que o
menino tornara à luz
terrestre, conservando
novamente o nome Júlio.
(Cap. XXX, págs. 187 a
189)
89. O menino cai
doente - O
pequeno Júlio
desenvolvia-se como flor
de esperança no jardim
do lar, todavia era um
menino mirrado,
enfermiço, por trazer
dolorosa ferida na
glote, que lhe
dificultava a nutrição.
Em vésperas do primeiro
aniversário de
nascimento, quando já
começava a falar alguma
coisa, nova luta surgiu.
O inverno rigoroso
trouxera vasto surto de
gripe. A tosse e a
influenza
compareciam pertinazes
em todos os recantos,
quando, num dia de
grande trabalho, Odila
foi à busca de
Clarêncio. Júlio,
assaltado por teimosa
amigdalite, jazia
prostrado, febril. O
Ministro e seus
companheiros chegaram à
casa de Amaro no momento
em que o médico da
família efetuava
meticuloso exame. A
garganta do menino
apresentava extensa
placa branquicenta e a
respiração se fazia
angustiada, sibilante.
Clarêncio colocou a
destra na fronte do
médico, compelindo-o a
refletir com maior
atenção. Após um longo
silêncio, o clínico
pediu que chamassem o
marido, enquanto ele
buscaria a ajuda de um
pediatra. Zulmira
conteve a custo as
lágrimas que lhe
borbulhavam dos olhos,
enquanto o médico saiu à
procura do colega e
Evelina correu para
avisar seu pai. (Cap.
XXXI, págs. 190 e 191)
90. Mário Silva
revê Antonina -
A sós com o filho,
Zulmira abraçou-se ao
doentinho e, chorando,
ciciou: "O' meu Deus,
com tanto amor recebi o
filho que me
enviaste!... Não me
deixes agora sem ele,
Senhor!..." Clarêncio
informou então: "A
difteria está
perfeitamente
caracterizada. A
deficiência congenial da
glote favoreceu a
implantação dos
bacilos. É
imprescindível o socorro
urgente". Amaro chegou,
desolado, e logo depois
o pediatra e o clínico
submeteram o petiz a
prolongado exame.
Suspeitando que o menino
estivesse com crupe,
providenciou desde logo
o material necessário
aos exames
laboratoriais. Se a
hipótese se
confirmasse, enviaria um
enfermeiro de confiança
para a aplicação do
soro adequado. Clarêncio
pediu a André e Hilário
que acompanhassem o
pediatra, enquanto ele
ficaria junto ao
enfermo. Chegados a um
grande hospital, eles
tiveram uma surpresa: o
enfermeiro Mário Silva
(Esteves no passado)
palestrava com dona
Antonina (a
ex-cantora Lola Ibarruri),
que acomodava ao colo a
pequena Lisbela, pálida
e ofegante. A jovem
mulher aguardava o
especialista, trazendo a
menina à consulta.
Amparadas pelo
enfermeiro, francamente
atraído para a
simpática visitante,
mãe e filha tiveram
acesso a gabinete
particular, onde o
médico diagnosticou uma
pneumonia. Antonina foi
aconselhada a voltar,
de imediato, ao lar,
para a medicação da
filha; a penicilina
deveria ser
administrada sem
qualquer demora. Mário
Silva, demonstrando
imenso carinho pela
criança, prontificou-se
a assisti-la,
pessoalmente. O chefe
olhou o relógio e
aquiesceu, ressalvando:
ele poderia cooperar com
Antonina, mas era
indispensável seu
concurso em bairro
distante, às vinte e
duas horas. André e
Hilário retornaram então
à casa de Amaro, para
relataram o acontecido
ao Ministro, que os
escutou com interesse.
(Cap. XXXI, págs. 192 e
193)
(Continua no próximo
número.)