EUGÊNIA PICKINA
eugeniamva@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Os valores da
educação
Foi o tempo que
perdeste com tua
rosa que a fez
tão importante
(Saint-Exupéry,
em O Pequeno
Príncipe).
Sem a educação,
precioso recurso
para a evolução
espiritual, o
ser humano está
impedido de se
libertar de suas
heranças
perturbadoras,
pois é ela,
juntamente com o
amor e a
disciplina, a
responsável pela
transformação
ética e afetiva
do espírito.
Mas a educação,
muitas vezes
confundida com
instrução, se
distancia dos
métodos
pedagógicos
fundamentados no
objetivo do
sucesso e do
lucro,
necessidades que
definem a
sociedade
contemporânea,
orientada, no
geral, pelos
(falidos)
discursos
materialistas.
Como
consequência, o
imediatismo dos
gostos, as
frustrações e as
inquietudes, que
dominam jovens
adultos e afetam
aqueles que se
ocupam
largamente das
conquistas
materiais,
distraídos para
os valores
espirituais – o
intransferível
patrimônio do
ser.
É especialmente
no espaço
doméstico que o
filho, ou a
filha,
principalmente
nos primeiros
anos, se abre à
recepção dos
preceitos e
hábitos que
guiarão sua
futura conduta
no bem de si
mesmo e da
sociedade.
Infelizmente,
existe a
negligência dos
pais,
indiferentes às
necessidades da
infância,
período exigente
da proteção e da
assistência
integral, pois
toda criança é
sempre indefesa,
frágil, e
reclama lições e
cuidados
cotidianos que
modulam práticas
edificantes,
pois dirigidas
por sentimentos
nobres.
A criança, assim
como o
adolescente, é
depositária de
dons latentes
que podem ser
estimulados em
benefício do
desenvolvimento
da sua
inteligência
intelectiva e
emocional, o que
virá a auxiliar,
como efeito
natural, o
progresso
humano.
Em face da visão
espírita sobre a
imortalidade do
ser, desde que
trabalhado com
compreensão e
paciência, o
indivíduo que
retorna à
experiência
corpórea pode
assimilar os
bons exemplos
dos genitores e
dos demais
membros
familiares,
firmando-se nele
o interesse
sincero pela
conquista dos
valores
essenciais, pois
criado à
semelhança de
Deus.
Pai e mãe
exercem, no
processo de
humanização do
filho (e da
filha), a função
de educadores na
convivência
com amor. E
conscientes da
responsabilidade
que lhes diz
respeito,
despidos da
ideia de
sacrifício, e
movidos pela
esperança da
autodoação,
procuram cativar
na criança a
expansão dos
sentimentos do
coração,
criando, com
atenção e
gentileza,
embaraços aos
vícios, pois
sabem que o
retorno à carne
tem como meta o
aprendizado das
virtudes, ainda
que gradual,
segundo um
itinerário
luminoso
dirigido ao
infinito.