WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
 

Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 150 - 21 de Março de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 27)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Um Espírito pode influenciar uma pessoa para que abra um livro numa determinada lição?

Sim, o fato é possível. Foi o que ocorreu com Mário Silva, convidado por Antonina a abrir o Novo Testamento, o que ele fez, magnetizado por Clarêncio, que lhe tocou o busto e as mãos, influenciando-o para a descoberta do texto adequado, que recaiu no versículo 25 do capítulo 5 do Evangelho segundo Mateus. (Entre a Terra e o Céu, cap. XXXI, págs. 194 a 196.) 

B. Como devemos interpretar um inimigo em nossa vida?

Esta questão foi proposta por Antonina ao seu filho Haroldo e ele, sem pestanejar, respondeu: "Mãezinha, a senhora nos ensinou que conservar um inimigo em nosso caminho é o mesmo que manter uma ferida perigosa em nosso corpo". Antonina completou: "A definição foi bem lembrada; sem a compreensão fraterna que nos garante o culto da gentileza, sem o perdão que olvida todo mal, a existência na Terra seria uma aventura intolerável. Além disso, quando Jesus nos ditou a lição que recordamos hoje, indubitavelmente considerava que a razão nunca vive inteira ao nosso lado. Se fomos ofendidos, em verdade também ofendemos por nossa vez. Precisamos desculpar os ou­tros para que os outros nos desculpem". (Obra citada, cap. XXXI, págs. 196 e 197.) 

C. Se temos inimigos em nosso caminho, como devemos agir?

Antonina, respondendo a esta mesma questão, disse a Mário Silva: "Entendo que há sofrimentos morais quase intoleráveis, entretanto a oração é o remédio eficaz de nossas moléstias íntimas. Se temos a infelicidade de possuir inimigos, cuja presença nos perturba, é importante recorrer à prece, rogando a Deus nos conceda forças para que o desequilíbrio desapareça, porque então um caminho de reajuste surgirá para nossa alma". E ajuntou: "Todos necessitamos da alheia tolerância em determinados aspectos de nossa vida". (Obra citada, cap. XXXI, págs. 197 a 199.)

Texto para leitura 

91. Em casa de Antonina - Clarêncio disse-lhes que não havia tempo a perder. A lei estava reaproximando os amigos do passado e Mário preci­saria fortalecer-se para exercitar o perdão. Seus raios de ódio pode­riam apressar a morte do menino Júlio. O grupo rumou então até à casa de Antonina, onde Mário, após atender à menina enferma, contemplava a dona da casa, perguntando a si mesmo onde vira antes aquele rosto, que julgava haver conhecido anteriormente. O enfermeiro sentia-se ali como se fora em sua própria casa, e disse em viva voz estar experimentando uma paz que há muito não conhecia, com o que Antonina se regozijou, sorrindo. Notando que Haroldo e Henrique, filhos de Antonina, gostavam de futebol, ele deu curso a animada conversa sobre o assunto, conquis­tando-lhes o carinho. Preparando o café, a mãe participava de longe da palestra, que se tornou animada. Foi aí que ela disse ao visitante ter enviuvado. Mário ficou contente com essa informação. Às oito em ponto, Antonina lhe disse: "Sr. Mário, hoje temos nosso culto evangé­lico. Quer ter a bondade de partilhá-lo?" O rapaz concordou, de ime­diato. A reunião foi feita em torno de Lisbela, que não desejava per­der o bene­fício das orações. Henrique fez a prece inicial, pedindo a Jesus a saúde da irmãzinha doente, com enternecedora súplica. Mário foi convi­dado a abrir o Novo Testamento, o que fez, magnetizado por Clarêncio, que lhe tocou o busto e as mãos, influenciando-o para a descoberta do texto adequado, que recaiu no versículo 25 do capítulo 5 do Evangelho segundo Mateus: "Concilia-te depressa com o teu adversá­rio, enquanto te encontras a caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao oficial para que sejas en­cerrado na prisão". (Cap. XXXI, págs. 194 a 196) 

92. O culto evangélico no lar - Antonina, com a presença do enfer­meiro, se revelou mais retraída; por isso, pediu a interpretação dos meninos que, de modo ingênuo, reportando-se às experiências da escola, afirmaram que sempre adquiriam a paz buscando desculpar as faltas dos companheiros. Haroldo disse que sua professora sempre sorria contente, quando lhe via a boa vontade e Henrique salientou que aprendera no culto do lar que era muito mais agradável o esforço de viver em harmo­nia com todos. A palestra parecia que ia esmorecer, quando Clarêncio, aproximando-se de Antonina, impôs-lhe a destra sobre a fronte. A se­nhora perguntou então ao filho Haroldo como devemos interpretar um inimigo em nossa vida. O menino, sem pestanejar, respondeu: "Mãezinha, a se­nhora nos ensinou que conservar um inimigo em nosso caminho é o mesmo que manter uma ferida perigosa em nosso corpo". Antonina comple­tou: "A definição foi bem lembrada; sem a compreensão fraterna que nos garante o culto da gentileza, sem o perdão que olvida todo mal, a existência na Terra seria uma aventura intolerável. Além disso, quando Jesus nos ditou a lição que recordamos hoje, indubitavelmente conside­rava que a razão nunca vive inteira ao nosso lado. Se fomos ofendidos, em verdade também ofendemos por nossa vez. Precisamos desculpar os ou­tros para que os outros nos desculpem". E a dona da casa concluiu: "Quando abraçamos o ideal do bem, compete-nos tentar, por todos os meios ao nosso al­cance, a justa conciliação com todos os que se encon­trem conosco em desarmonia, prestando-lhes serviço para que renovem a conceituação a nosso respeito. Mais vale para nós o acordo pacífico que a demanda mais preciosa, porque a vida não termina neste mundo e é possível que, buscando a justiça em nosso favor, estejamos cristali­zando a cegueira do egoísmo em nosso próprio coração, caminhando para a morte com afli­tivos problemas. Coração que conserva rancor é coração doente. Alimen­tar ódio ou despeito é estender inomináveis padecimentos morais no próprio espírito". Mário Silva estava pálido. Aquelas con­clusões fe­riam-lhe, fundo, o modo de ser. E na sua tela mental, sem que ele pu­desse deter as suas reminiscências, apareceram Amaro e Zul­mira, como seus desafetos que ele, no âmago do espírito, não conseguia desculpar. (Cap. XXXI, págs. 196 e 197) 

93. Mãos que curam não podem ferir - Ele os odiava; sim, odiava-os – pensou de si para consigo –; jamais suportaria um acordo com seme­lhantes adversários. No entanto, a sinceridade de Antonina o encan­tava. Aquela pobre mulher, cercada de três filhinhos, superando talvez obstáculos dos mais inquietantes para viver, constituía um exemplo de quanto podia edificar o espírito de sacrifício. Em nenhum lugar encon­trara tanta fé e, além disso, laços de vigorosa afinidade impeliam-no para ela, cuja palavra lhe impunha indefinível bem-estar... Ele então, fitando-a, indagou: "A senhora julga que devemos procurar a concilia­ção com qualquer espécie de inimigos?" Ela disse: "Sim". "E quando os adversários são de tal modo inconvenientes que a simples aproximação deles nos causa angústia?" A mulher ponderou: "Entendo que há sofri­mentos morais quase intoleráveis, entretanto, a oração é o remédio eficaz de nossas moléstias íntimas. Se temos a infelicidade de possuir inimigos, cuja presença nos perturba, é importante recorrer à prece, rogando a Deus nos conceda forças para que o desequilíbrio desapareça, porque então um caminho de reajuste surgirá para nossa alma". E ajun­tou: "Todos necessitamos da alheia tolerância em determinados aspectos de nossa vida". Os olhos do enfermeiro cintilaram e ele insistiu: "E quando o ódio nos avassala, ainda mesmo quando não desejemos?" Anto­nina respondeu: "Não há ódio que resista aos dissolventes da compreen­são e da boa vontade. Quem procura conhecer a si mesmo, desculpa fa­cilmente..." Silva ficou pálido e Antonina, amparada por Clarêncio, rematou: "Um homem, porém, na sua tarefa, é um missionário do amor fraterno. Quem socorre os doentes, penetra a natureza humana e entra na posse da grande compaixão. As mãos que curam não podem ferir..." Em seguida, o primogênito da casa fez a prece final. Após o café, acom­panhado de um bolo humilde, Mário retirou-se, devido ao compromisso que o aguardava naquela noite, mas prometeu voltar, porque estava ver­dadeiramente feliz! (Cap. XXXI, págs. 197 a 199) (Continua no próximo número.)


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita