A
indiferença ante
a dor do próximo
é congelamento
da emoção, que
merece combate.
À
medida que o
homem cresce
espiritualmente,
mais se lhe
desenvolvem no
íntimo os
sentimentos
nobres.
Certamente não
se devem
confundi-los com
os
desregramentos
da emotividade;
igualmente não
se os podem
controlar a
ponto de
tornar-se
insensível.
No bruto, a
indiferença é o
primeiro passo
para a
crueldade, porta
que se abre na
emoção para
inúmeros outros
estados de
primitivismo.
A
indiferença
coagula as
expressões da
fraternidade e
da
solidariedade,
ensejando a
morte do serviço
beneficente.
O
antídoto para
este mal, que
reflete o
egoísmo
exacerbado, é o
amor.
*
Se não pretendes
partilhar do
sofrimento
alheio, ao menos
minora-o com
migalhas do que
te excede.
Se não queres
conviver com a
dor do teu
irmão, ajuda-o a
tê-la diminuída
com aquilo que
te esteja ao
alcance.
Se defrontas
multidões de
necessitados e
não sabes como
resolver o
problema,
auxilia o
primeiro que te
apareça, fazendo
a tua parte.
Se te irrita a
lamentação dos
que choram,
silencia-a com o
teu contributo
de amizade.
Imagina-te no
lugar de algum
deles e saberás
o que fazer,
como efeito
natural do que
gostarias que
alguém fizesse
por ti.
*
Ninguém está
seguro de nada,
enquanto se
encontra na
Terra.
A
roda das
ocorrências não
para.
Quem hoje está
no alto, amanhã
terá mudado de
lugar e
vice-versa.
E
não só por isso.
Quem aprende a
abrir a mão em
solidariedade,
termina por
abrir o coração
em amor.
Dá o primeiro
passo, o mais
difícil.
Repete-o, treina
os sentimentos e
te adaptarás à
arte e ciência
de ajudar.
*
Há quem diga que
os infelizes de
hoje estão
expiando os
erros de ontem,
na injunção de
carmas
dolorosos.
Ajudá-los, seria
impedir que os
resgatassem. É
correto que a
dor de agora
procede de
equívocos
anteriores,
porém, a
indiferença dos
enregelados, por
sua vez,
está-lhes
criando
situações
penosas para
mais tarde.
Quem deve paga,
é da Lei. Mas,
quem ama, dispõe
dos tesouros
que, quanto mais
se repartem,
mais se
multiplicam. É
semelhante à
chama, que
acende outros
pavios e sempre
faz arder,
repartindo-se,
sem nunca
diminuir de
intensidade.
Faze pois, a tua
opção de ajudar
e o mais a Deus
pertence.
Do capítulo 9 do
livro
Momentos de
Meditação,
de Joanna de
Ângelis, obra
psicografada
pelo médium
Divaldo P.
Franco.
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