WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)
Desafio do
dirigente
espírita:
aproximar Kardec
do povo
A grande missão
do escritor é se
fazer entendido.
De nada adianta
vir à Terra com
tarefa
transcendental
no campo
literário e
perder-se em
divagações
complexas
depositando no
papel
verdadeiras
charadas sem
resolução.
Quanto mais
simples o
escritor, mais
eficaz a
transmissão de
sua ideia.
Todavia, um
lembrete
importante é não
confundir
simplicidade com
mediocridade. A
simplicidade
pode caminhar ao
lado da
qualidade.
E quando se fala
em escritor,
simplicidade,
missão e
qualidade, é
impossível não
mencionar o nome
de um francês
que viveu no
século XIX:
Allan Kardec.
O inesquecível
intérprete da
espiritualidade
foi um dos
grandes
filósofos de
nosso planeta.
Abordou temas
profundos com
simplicidade.
Incompreensível,
portanto, quando
comentam que ler
Kardec é
complicado! Ele
é claro demais!
Dentre os
diversos
exemplos de
clareza de ideia
do notável
pedagogo francês
selecionamos um
parágrafo que
consta em A
Gênese,
capítulo “Os
fluidos”. Diz
Kardec:
“Tenha um homem
a ideia de matar
outro, embora
seu corpo
material esteja
impassível, seu
corpo fluídico é
posto em ação
pelo pensamento,
do qual reproduz
todas as
variações;
executa
fluidicamente o
gesto...”
Exemplo simples
e prático,
compreensível
para pessoas dos
mais diversos
níveis
culturais.
Este é apenas
um, pois a obra
de Kardec é
recheada de
exemplos deste
quilate. Não há
como considerar
seu legado
difícil de
entender.
Espírito lúcido
oferecia-nos
pérolas
preciosas de
conhecimento de
maneira didática
e coerente.
O admirável
codificador da
Doutrina
Espírita possuía
a capacidade de
encantar com
suas palavras
simples e
profundas.
Isso precisa ser
divulgado! A
simplicidade que
Kardec lidava
com as palavras
necessita chegar
ao povo,
desmistificando
a ideia de que
estudá-lo é
complexo.
Lembro-me do
velho paradigma
da matemática.
Todos consideram
estudá-la
complicado,
todavia, a
dificuldade das
pessoas não é em
matemática, mas,
sim, na
interpretação de
texto.
Entende-se de
forma equivocada
um problema e
sua resolução
será obviamente
incorreta.
Portanto, fácil
concluir que a
dificuldade não
está no cálculo,
mas na
compreensão do
texto. É o velho
paradigma da
matemática que
por vezes
estende-se para
a Doutrina
Espírita.
Devemos
considerar,
entretanto, a
importância do
estímulo às
obras da
codificação.
Aliás, a questão
do estímulo
compete ao
dirigente
espírita. Se o
centro espírita
não se aprofunda
no estudo e
pesquisa dos
livros daquele
que foi seu
maior expoente é
óbvio que o
principiante nas
lides
doutrinárias o
considerará
difícil de
entender. Tudo
gira em motivar
as pessoas a ler
as obras de
Kardec, pois
assim, com
certeza, o
dirigente
espírita
cumprirá uma de
suas muitas
funções:
aproximar o
notável
codificador do
povo!