ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
Memórias
do Padre Germano
Amália Domingo Sóler
(Parte
14)
Damos continuidade nesta edição
ao
estudo do clássico
Memórias do Padre
Germano,
que será aqui estudado
em 20 partes.
A fonte do estudo é a
21ª edição do livro,
publicada pela Federação
Espírita Brasileira.
Questões preliminares
A. Que fim teve a mãe do
Padre Germano?
Sem lhe revelar a
verdade sobre sua
pessoa, Padre Germano
acolheu sua mãe durante
alguns meses em casa de
uns aldeães, que a
trataram com o maior
carinho; mas, logo que
ela se fez forte e
saudável, passou a
cometer abusos de toda
espécie, inclusive
pervertendo jovens e
crianças, o que obrigou
Germano a interná-la
numa enfermaria de uma
associação religiosa,
para tratamento. Essa
providência, porém, não
se consumou, porquanto,
em meio à viagem, ela se
precipitou num
desfiladeiro, buscando
assim a morte em que,
nos últimos dias, tanto
pensava.
(Memórias do Padre
Germano, pp. 232 a 238.)
B. Que conselho Padre
Germano nos dá sobre a
vigilância?
No cap. 23 do livro ele
chama atenção especial
para a necessidade de
vigilância, a fim de não
cairmos sob o jugo de
uma influência
espiritual negativa.
“Permanecei sempre de
sobreaviso; perguntai
continuamente a vós
mesmos -- recomendou
Germano -- se o que
pensais hoje está de
acordo com o que ontem
pensáveis; e se desse
exame resultar sensível
diferença,
acautelai-vos, lembrando
que não estais sós, que
os invisíveis vos
rodeiam, expostos que
vos achais ao seu
assédio.”
(Obra citada, pág. 242.)
C. Nossa conduta pode
atrair Espíritos
inferiores?
Sim. Padre Germano diz
que quando alguém se
alegra, sem saber por
quê, é que almas
benfazejas o cercam,
atraídas por bons
pensamentos; ao
contrário, quando alguém
se empenha em tudo ver
negro, atrai, por sua
intemperança, Espíritos
inferiores. Certa vez,
ele se recusou a
orientar e aconselhar
uma mulher que a ele se
dirigiu buscando o
amparo da religião.
Germano não apenas se
negou a confortá-la,
como ainda a amaldiçoou,
dirigindo-lhe palavras
inconcebíveis na boca de
um sacerdote
equilibrado. A infeliz
mulher, rejeitada e
assustada com o
tratamento recebido, deu
um grito horroroso e
fugiu qual sombra.
Germano sentiu, então,
no mesmo momento,
agudíssima dor de
coração, que o fez rolar
por terra, ficando dois
dias desacordado. E,
como consequência de seu
ato invigilante, o
remorso tomou sua alma,
apesar do consolo
recebido dos
paroquianos, de Rodolfo,
de Maria e das crianças.
Dois dias antes de
morrer, ele disse aos
fiéis de sua igreja:
“Meus filhos, quero
confessar-me convosco:
ouvi-me”. E contou-lhes
seu procedimento com a
pecadora, pedindo em
seguida que sua velha
capa fosse queimada em
praça pública, visto
que, se muitos culpados
cobrira com ela, com ela
negara abrigo à infeliz
que lhe rogara
misericórdia.
(Obra citada, pp. 243 a
248.)
Texto para leitura
113. Quando Germano se
aproximou, sua mãe
gritava furiosamente,
dizendo que queria
morrer, porque seus
filhos a atormentavam. A
infeliz via os dez
filhos, irmãos de Padre
Germano, que ela
enjeitara, acrescentando
que eles a ameaçavam e
se convertiam em reptis
que se lhe enroscavam no
corpo. (PP. 232 a 235)
114. Sem lhe revelar a
verdade sobre sua
pessoa, Padre Germano a
acolheu durante alguns
meses em casa de uns
aldeães, que a trataram
com o maior carinho;
mas, logo que ela se fez
forte e saudável, passou
a cometer abusos de toda
espécie, inclusive
pervertendo jovens e
crianças, o que obrigou
Germano a interná-la
numa enfermaria de uma
associação religiosa,
para tratamento,
providência que não se
consumou, porquanto, em
meio à viagem, ela se
precipitou num
desfiladeiro, buscando
assim a morte em que
tanto pensava. (PP. 235
a 238)
115. Um ano e meio
depois, Germano conheceu
a menina pálida dos
cabelos negros, o
grande amor da vida de
um sacerdote que, em
momento nenhum, se
deixou levar pelo ardor
da paixão, mas respeitou
em todo o tempo os seus
votos. (P. 239)
116. No cap. 23,
intitulado “O Último
Canto”, Padre Germano
chama atenção especial
para a necessidade de
vigilância, a fim de não
cairmos sob o jugo de
uma influência
espiritual negativa.
“Permanecei sempre de
sobreaviso; perguntai
continuamente a vós
mesmos -- recomenda
Germano -- se o que
pensais hoje está de
acordo com o que ontem
pensáveis; e se desse
exame resultar sensível
diferença,
acautelai-vos, lembrando
que não estais sós, que
os invisíveis vos
rodeiam, expostos que
vos achais ao seu
assédio. Fui fraco uma
vez e asseguro-vos que
esse fatal descuido me
custou muitas horas de
tormento.”(P. 242)
117. Quando alguém se
alegra, sem saber por
quê, é que almas
benfazejas o cercam,
atraídas por bons
pensamentos; ao
contrário, quando alguém
se empenha em tudo ver
negro, atrai, por sua
intemperança, Espíritos
inferiores. (P. 243)
118. Germano narra então
como se recusou a
orientar e aconselhar a
uma mulher que a ele se
dirigiu buscando o
amparo da religião. O
pároco não apenas se
negou a confortá-la,
como ainda a amaldiçoou,
dirigindo-lhe palavras
inconcebíveis na boca de
um sacerdote
equilibrado: “Fugi,
daqui, maldita dos
séculos! Fugi daqui,
leprosa incurável! Fugi,
fugi, que o Sol se
empana para esquivar-se
ao vosso contágio!” (PP.
245 e 246)
119. A
infeliz mulher,
rejeitada nestes termos
pelo Padre Germano,
assustada com o
tratamento recebido, deu
um grito horroroso e
fugiu qual sombra.
Germano sentiu então, no
mesmo momento,
agudíssima dor de
coração, que o fez rolar
por terra, ficando dois
dias desacordado. E,
como consequência de seu
ato invigilante, o
remorso tomou sua alma,
apesar do consolo
recebido dos
paroquianos, de Rodolfo,
de Maria e das crianças.
(PP. 246 a 248)
120. Dois dias antes de
morrer, o Padre disse
aos fiéis de sua igreja:
“Meus filhos, quero
confessar-me convosco:
ouvi-me”. E contou-lhes
seu procedimento com a
pecadora, pedindo em
seguida que sua velha
capa fosse queimada em
praça pública, visto
que, se muitos culpados
cobrira com ela, com ela
negara abrigo à infeliz
que lhe rogara
misericórdia. (P. 248)
121. Como a prostração
do pároco continuava,
Rodolfo teve a ideia de
pedir às crianças da
aldeia que cantassem um
hino dedicado por
Germano a um velho
ancião, falecido há
algum tempo atrás. Ao
ouvir o canto dos
petizes, Germano sentiu
um bem-estar indizível e
sua mente acalmou-se,
desaparecendo as sombras
do terror. Ele viu então
o quarto inundado de
intensa luz, enquanto
várias Entidades
rodeavam seu leito,
destacando-se dentre
todas a menina pálida
dos cabelos negros,
que lhe disse com voz
carinhosa: “Escuta, alma
boa... Escuta o último
canto que te consagram
na Terra... Escuta as
vozes dos pequenitos que
dizem: Bendito sejas!”
(PP. 248 e 249)
(Continua na próxima
edição.)