Qual é a finalidade de nossa
existência? Por que estamos
aqui neste mundo tão
confuso, em que há tantas
desigualdades, doenças,
guerras e catástrofes?
Estas são perguntas comuns
às pessoas e – importante é
que se diga – interessaram
também a Allan Kardec,
constituindo um dos temas
mais relevantes tratados na
principal obra da Doutrina
Espírita – “O Livro dos
Espíritos” – cujo
aniversário de lançamento se
comemora nesta data.
Diz a questão 132 da obra
referida:
Qual o objetivo da
encarnação dos Espíritos?
“Deus lhes impõe a
encarnação com o fim de
fazê-los chegar à perfeição.
Para uns, é expiação; para
outros, missão. Mas, para
alcançarem essa perfeição,
têm que sofrer todas as
vicissitudes da existência
corporal: nisso é que está a
expiação. Visa ainda outro
fim a encarnação: o de pôr o
Espírito em condições de
suportar a parte que lhe
toca na obra da criação.
Para executá-la é que, em
cada mundo, toma o Espírito
um instrumento, de harmonia
com a matéria essencial
desse mundo, a fim de aí
cumprir, daquele ponto de
vista, as ordens de Deus. É
assim que, concorrendo para
a obra geral, ele próprio se
adianta.”
Respondendo, assim, à
pergunta inicial, podemos
afirmar com segurança,
apoiados no ensinamento
espírita, que viemos ao
globo para progredirmos e,
progredindo, avançar um
pouco mais no caminho que
nos levará à perfeição. Mas
nossa presença no planeta
tem uma segunda finalidade,
que é participarmos da obra
da criação, fazendo a parte
que nos cabe.
Verifica-se, desta forma,
que a ação dos seres
corpóreos é necessária à
marcha do Universo. Deus, no
entanto, em sua sabedoria,
quis que nessa mesma ação
encontrassem eles um meio de
progredir e de se aproximar
dele.
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