ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
O
decesso da morte
“(...) Onde
está, ó morte, o
teu aguilhão?”
Paulo (I cor.,
15:55).
Sem sombra ou
margem a
dúvidas, a
Doutrina
Espírita poderia
– tranquilamente
– alinhar-se
entre as
maravilhas do
mundo... Afinal,
ela não só nos
enseja a fé
raciocinada,
mas oferece-nos
a certeza
da existência de
Deus e de Seu
infinito Amor
por todos nós,
sem exceção,
além de
proporcionar-nos
a consoladora
convicção da
Imortalidade da
Alma com a consequente
possibilidade de
comunicação
entre os vivos
com os ditos
“mortos”.
O aspecto
“consolador”
do Espiritismo
foi profetizado
por Jesus ao
prometê-lo à
Humanidade,
conforme exarado
no registro
neotestamentário
de João,
capítulo
catorze,
versículo
dezesseis.
Nos onze
capítulos da
primeira parte
do livro
básico “O Céu e
o Inferno”,
Allan Kardec nos
leva a uma
viagem
histórico-filosófica
através dos
tempos, fazendo
uma análise
comparada entre
os ancilosados e
sufocantes
dogmas medievais
milenarmente
estabelecidos e
os insofismáveis
quão
alcandorados
postulados
espiritistas,
onde estes –
impiedosamente –
pulverizam
aqueles. Ali
estão as
respostas,
respaldadas pela
lógica, que
nenhuma
filosofia logrou
oferecer até
hoje.
Já na segunda
parte, com os
testemunhos
vivos dos
“mortos”, a obra
consolida-se em
seu aspecto
consolador.
Num leque
abrangente,
abrem-se os
múltiplos
exemplos vividos
por Espíritos
situados nos
mais diversos
graus da escala
evolutiva, a nos
oferecerem com
segurança e
clareza as
informações
atinentes ao
“post-mortem”.
Fiquemos, à
guisa de
exemplo, com o
testemunho da
viúva Foulon,
antiga conhecida
de Allan Kardec,
por ele evocada
após o seu
decesso, onde
entre outras
revelações
importantes
afirma:
“(...) Crede-me:
os mortos são
mais felizes que
os vivos e
pranteá-los é
duvidar das
verdades
espíritas.
Dir-me-eis
talvez que era
um tanto
presunçosa em
contar com a
perfeita
felicidade, uma
vez
desencarnada;
mas o fato é que
eu sofrera
tanto, tanto,
que deveria
expiar as faltas
não só da
última, como das
anteriores
encarnações.
Essa intuição
não me iludia e
foi ela quem me
deu a coragem, a
calma e a
firmeza dos
últimos
momentos. Pois
bem: essa
firmeza cresceu
de pronto,
quando, após a
libertação, vi
as esperanças
realizadas.
Eu disse para
comigo: Pois
que és espírita,
esquece a Terra;
prepara-te para
a transformação
do seu ser e
vê, pelo
pensamento, a
trilha luminosa
que espera a tua
alma após o
desenlace, e
pela qual
deverás
libertar-te,
desembaraçada e
feliz, às
Esferas
Celestes, onde,
de futuro, irás
habitar...
Esforço-me a
todo o transe
para fugir à
fascinação que
sobre o meu ser
exercem as
maravilhas por
ele admiradas.
A única coisa
que posso fazer
é adorar e
render graças a
Deus nas Suas
obras.
Mas essa
impressão se
desvanecerá e os
Espíritos
asseguram-me que
dentro em breve
estarei
acostumada a
todas estas
magnificências,
de modo a poder
tratar com
lucidez
espiritual de
todas as
questões
concernentes à
renovação da
Terra. A tal
circunstância
deveis juntar
mais a de ter eu
uma família a
consolar.
Adeus e até
breve, caro
mestre. A vossa
boa amiga vos
ama e vos amará
sempre, visto
como a vós
exclusivamente
deve a única
consolação
duradoura e
verdadeira que
teve na Terra”.