WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Obsessão
– Os Espíritos
se afeiçoam de
preferência por
certas pessoas?
“Os bons
Espíritos
simpatizam com
os homens de
bem, ou
suscetíveis de
melhorarem; os
Espíritos
inferiores com
os homens
viciosos ou que
possam vir a
sê-los.” (
Questão 484, de
“ O Livro dos
Espíritos” –
Allan Kardec.)
A obsessão é a
ação malévola ou
perturbadora de
um ou mais
Espíritos sobre
um encarnado. E
o elo ou
fundamento que
liga o obsessor
ao obsidiado tem
sua base na
mente.
Se na presente
existência, que
começa no berço
e encerra-se no
túmulo, em
oportunidades as
mais variadas,
agimos e
reagimos de
forma indevida,
criando
problemas e
causando
sofrimentos
àqueles que
caminham ou
caminharam
conosco, fazendo
surgir
inimizades,
desafetos,
insatisfações,
por certo ao
longo dos
milênios em que
estamos usando a
razão, em nossos
relacionamentos,
cometemos uma
infinidade de
equívocos e
erros. Fizemos
inúmeros
inimigos.
Semeamos o mal.
Causamos dores.
Muitos daqueles
que sofreram as
nossas ações
desajustadas e
inoportunas
souberam nos
perdoar,
entendendo a
ignorância em
que estamos
mergulhados
ainda, mas
outros não
conseguiram
esquecer o mal
que a eles
fizemos e,
cheios de ódios
e
ressentimentos,
nos procuram
buscando
vingança.
Portanto não
fica difícil
entender que
tanto o agressor
como o agredido
são vítimas, uns
de ontem, outros
de agora, mas
mergulhados em
culpas e
desequilíbrios.
Assim sendo, é
preciso que
olhemos os
nossos irmãos
envolvidos em
quadros
obsessivos como
criaturas
carentes de
socorro e
compreensão, uma
vez que neles
não existem
inocentes, mas
sim companheiros
de desventuras,
enganos e falsas
ilusões.
Como obsessores
e obsidiados se
ligam pela
mente, pelo
pensamento,
estando as
criaturas
encarnadas,
sabendo disso e
desejando o fim
dessa pugna que
a ninguém
interessa ou
produz qualquer
benefício, o
melhor que se
tem a fazer é o
revigoramento
mental, a
elevação dos
sentimentos, a
mudança de
comportamento,
deixando a vida
rasteira para a
incorporação de
hábitos
condizentes com
as imorredouras
lições de Jesus
Cristo, a
começar pelo
perdão e pelo
esforço em amar
até aos
inimigos.
A caridade
exercida em
favor dos mais
necessitados é
um grande
recurso de
desobsessão,
agindo
substancialmente
para o alívio do
obsidiado, pois
que, além de
atrair a
presença dos
bons Espíritos,
o que bastaria
para afugentar
os maus, ainda
serve de exemplo
para que o
perseguidor
consiga eliminar
seu ódio e
busque também
uma vida nova.
Os estudos das
lições do
Cristo, sempre
bem explicados
pela lógica da
Doutrina
Espírita, também
se posicionam
como elementos
libertadores,
pois que
informam a
verdade que
esclarece,
beneficiando a
todos que sofrem
nesses processos
infelizes e
deletérios.
Superar os
defeitos que
tantos prejuízos
nos causam e já
nos causaram,
como o orgulho,
o egoísmo, a
vaidade, a
violência e
outros, é
procedimento
valioso e
indispensável
para nos manter
distantes
daqueles que
ainda preferem
uma vida
indiferente,
acomodada e
regada a
prazeres
imediatos e
sensuais.
Existem também
os Espíritos
inferiores que
se afinizam com
o que fazemos;
portanto,
observar
atentamente como
seguimos nossos
dias é de
capital
importância para
vivermos longe
dos obsessores
que se ligam a
nós pelos fios
mentais.
Pensamentos bons
atraem Espíritos
bons,
pensamentos em
desequilíbrio
chamam por
Espíritos da
mesma natureza.
Obviamente, a
escolha será
sempre nossa.
Para a superação
de processos
obsessivos não
existem fórmulas
milagrosas. Sem
o conhecimento
da verdade, sem
esforços para a
sublimação dos
sentimentos, sem
a determinação
para sufocar
defeitos e
viciações, sem a
proposta por uma
vida condizente,
com o diz o
Evangelho de
Jesus Cristo,
tudo fica muito
difícil e a
chance de
sucesso na
empreitada é
nula.
Cuidemos do
pensamento, pois
é por ele que os
Espíritos que
nos rodeiam
encontrarão a
porta de entrada
em nossas vidas.
Cada um vai
caminhar com as
companhias que
escolheu... e as
consequências
dessa amizade
terão a mesma
natureza
daqueles que
seguem conosco.
Meditemos.