CLAUDIA SCHMIDT
claudia2704@gmail.com
Santo Ângelo,
Rio Grande do
Sul (Brasil)
A enxaqueca
Reunidos no
Grupo de Estudo,
os companheiros
faziam uma
avaliação acerca
do ano que se
encerrava, suas
dificuldades e o
que de bom tinha
acontecido com
aquele grupo de
amigos que
estudavam a
Doutrina
Espírita já há
algum tempo.
– Qual foi a
melhor coisa que
aconteceu neste
ano para cada um
de vocês? –
perguntou o
coordenador.
Os colegas
sorriram,
enquanto
lembravam os
fatos que
trouxeram
alegria e
felicidade.
Paulo contou que
a melhor coisa
que tinha
acontecido foi
ter sido
promovido no
trabalho, como
reconhecimento
pela sua
dedicação à
empresa.
Carmen disse que
a maior alegria
que teve foi ver
o seu filho mais
velho passar no
vestibular. Ele
está cursando
jornalismo, como
sempre sonhou.
Antônia
conseguiu um
novo emprego, e
está muito
feliz.
Maria conseguiu
comprar uma
casa, deixando
de pagar
aluguel. Ela e
os filhos estão
adorando a nova
moradia.
Respondendo à
mesma pergunta,
Rejane
respondeu:
– Uma enxaqueca
que durou quase
um mês.
Como todos se
olharam sem
entender, ela
repetiu:
– A melhor coisa
que me aconteceu
este ano foi uma
enxaqueca
prolongada. Mas
eu explico: a
dor de cabeça
profunda, por
vários dias, me
proporcionou
momentos de
muita reflexão.
Como eu não
podia fazer
quase nada,
exceto ficar em
um quarto escuro
e silencioso,
aproveitei para
pensar na minha
vida. Avaliei
minhas atitudes
e encontrei
vários hábitos
que não queria
ter mais. Também
analisei meus
pensamentos, e
descobri que
costumava ter
pensamentos
negativos, que
se repetiam em
situações
cotidianas.
Todos ouviam em
silêncio a lição
generosamente
compartilhada
pela colega:
– Fiz todos os
exames
necessários e o
tratamento
indicado pelo
médico. Melhorei
aos poucos, mas
houve momentos
em que achei que
ia desencarnar,
tamanha era a
dor. Talvez por
isso tenha feito
uma análise tão
profunda e
minuciosa de
minhas atitudes
e pensamentos.
Já pensou se eu
tivesse
desencarnado?
Teria que fazer
a análise no
Plano
Espiritual...
– Você soube
aproveitar um
momento de
dificuldade,
transformando-o
em uma
oportunidade –
lembrou Carla.
– Acho que sim,
concordou Rejane.
Também pude
perceber quanto
o conhecimento
da Doutrina
Espírita me
ajudou a agir
com resignação
em um momento
tão difícil. Em
outros tempos,
talvez eu me
revoltasse ou me
sentisse
injustiçada por
Deus.
Rejane já tinha
compreendido que
a dor não
significa
necessariamente
sofrimento, e
que o
comportamento
emocional diante
de uma doença
pode ocasionar
sofrimento
físico e
espiritual. Por
isso, é
fundamental
evitar a
tristeza, a
revolta, o
desânimo e todos
os sentimentos
que lesam o
corpo e a alma,
dificultando a
cura.
Compartilhando
sua experiência,
Rejane convidou
os colegas para
que fizessem uma
análise
constante de
suas atitudes e
pensamentos,
para que a dor
não fosse o
remédio
necessário a
oportunizar o
progresso
espiritual,
conforme
aconteceu com
ela.