PEDRO
DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato
Grosso do Sul
(Brasil)
A
dama da caridade
conseguiu
Enquanto o ano de
2009 levou, para o
arquivo do tempo
passado, as nossas
experiências nele
adquiridas; 2010
traz, no bojo, a
estrelinha verde
chamada esperança,
que embala sonhos e
clareia o porvir.
Não é novidade que
ela é construída no
presente.
Seria ideal que cada
Espírito (ser
pensante do
Universo), se
transformasse em
operário de hoje na
construção do amanhã
para reinarem
felicidade e paz.
O Mestre dos mestres
deixou o material de
construção
necessário e ensinou
como deveria ser
utilizado para esse
mister. Dentre
outros, enfatizou: -
«Amai vossos
inimigos». Parece
impossível, à luz do
estágio evolutivo
que a humanidade
moureja. Mas, para
quem procura fazer o
bem sem ver a quem,
não há dificuldades.
Neste particular nos
lembramos de dona
Benedita Fernandes,
cognominada «Dama da
Caridade».
Era mendiga,
depressiva, tida
como obsedada.
Originária da Raça
Negra, possuía a
pele escura. Sofreu
na carne todo tipo
de maldade física e
discriminação
psicológica. Tinha
tudo para odiar a
todos. No entanto,
por amor ao próximo,
após conhecer a
prática da Doutrina
Espírita, construiu,
na década de 40, na
cidade de
Araçatuba-SP, o
embrião do primeiro
hospital
psiquiátrico
espírita do mundo.
Atualmente é
referência
internacional no
tratamento holístico
de pessoas com
diagnóstico de
doenças mentais e
espirituais.
Para conseguir essa
humanitária façanha,
orientava-se num
provérbio popular
muito a gosto
naquele momento: «Na
vida, o impossível é
Deus errar ou
admitir outro
criador”. O que vale
dizer que não há
nada impossível para
Deus. Já para os
Espíritos encarnados
ou desencarnados, há
coisas aparentemente
impossíveis de serem
realizadas.
Benedita Fernandes
dizia que «o
impossível somente o
Pai pode realizar».
Todavia, se Ele
quisesse que ela o
realizasse, bastaria
transformá-lo em
difícil, porque o
difícil pode ser
realizado, nesta ou
em outras
existências.
Hoje, com algumas
exceções, o ser
humano inventa
obstáculos nos
relacionamentos
pessoais através de
coisas
insignificantes que
se tornam
virtualmente
impossíveis de serem
vencidas, porque
somos orgulhosos.
Não generalizando.
Mas há indivíduos
que se constrangem
em abraçar, beijar e
tratar bem as
pessoas que convivem
com eles sob o mesmo
teto ou laboram no
mesmo lugar, o que
não acontece com
relação às que não
fazem parte do
convívio quotidiano.
Neste ano que se
inicia, com ajuda de
Deus vamos
transformar nossas
dificuldades de
relacionamento pelo
trabalho no
bem-servir, com
paciência,
tolerância,
prudência e ternura,
como conseguiu
Benedita Fernandes,
“A Dama da
Caridade”.