– Qual a sua percepção
do Movimento Espírita
brasileiro e
internacional hoje? Cite
as maiores dificuldades
e os melhores avanços.
Raul Teixeira:
O nosso Movimento
Espírita vai seguindo na
marcha que nós, os
espíritas, lhe impomos.
Onde os confrades são
lúcidos, dispostos e
dinâmicos, o Movimento
segue nessa linha,
apresentando opimos
frutos, alimentando a
tantas almas que lhe
batem às portas. Onde as
posturas dos
companheiros são mais
pacatas, antiquadas ou
retrógradas, que
poderíamos esperar como
consequências?
Em termos de Movimento
Internacional, temos
acompanhado um
crescimento, embora
muito lento,
considerando as culturas
nacionais e as
idiossincrasias
individuais. Esse
incremento se deve ao
trabalho dedicado que o
CEI (Conselho Espírita
Internacional) vem
realizando desde 1992,
quando foi criado em
Madri.
As maiores dificuldades,
na minha avaliação, têm
sido a renitência humana
em mergulhar,
definitivamente, na
proposta doutrinária,
transformando a vida
para melhor. No
exterior, vejo a
carência de literatura
em sua língua,
dificultando a
continuidade dos
estudos, da assimilação
dos conhecimentos
espíritas.
Contudo, a perseverança
no ideal e a fidelidade
aos postulados da
Doutrina Espírita, por
parte de incontáveis e
incansáveis
trabalhadores de escol,
em todas as regiões do
Brasil, comove-nos
imensamente. No
exterior, encontramos a
firmeza com que um
pugilo de nobres
seareiros vem mantendo
acesa a chama
doutrinária,
multiplicando as células
espíritas, mesmo com a
pequena frequência que
caracteriza a maioria
desses grupos, mesmo com
todas as dificuldades em
torno.
Extraído de entrevista
publicada pelo jornal “A
Senda”, da Federação
Espírita do Estado do
Espírito Santo, em
dezembro de 2001.