CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Espíritos sem
Espiritismo
Há quem já tenha
proposto no
Movimento
Espírita o
contrário.
Espiritismo sem
Espíritos. Não
pegou.
Logicamente não
vingaria. Pois
como imaginar,
neste nosso
mundo ainda
quase que
completamente
inconsciente das
realidades das
dimensões
maiores da Vida,
o se prescindir
justo do auxílio
dos que
ensejaram a
Kardec a
compilação
brilhante da
Codificação?!
Impossível!
Todavia, ao que
tudo indica, há
que se temer que
em futuro muito
próximo a
necessidade real
se inverta,
cobrando de quem
se empenha no
trabalho
conjunto com as
equipes
assistenciais
desencarnadas
uma modalidade
emergencial, mas
eficaz, de
propagação
destas Verdades
Maiores: os
Espíritos sem o
dito Espiritismo.
Explico-me.
De tempos a esta
parte, é cada
vez mais frequente a
quantidade de
adeptos e
simpatizantes
lúcidos do
Espiritismo que
se queixam de
coisa
semelhante,
reincidente no
Movimento: a
tendência ao
dogma! À
inflexibilidade
e intolerância
dentro do
próprio meio
onde interagem
pessoas que, a
priori, deveriam
se preocupar
mais, e isto
sim, com o
direcionamento
que eles, os
nossos amigos
desencarnados e
provindos de
outras dimensões
mais avançadas
da Vida, nos têm
a oferecer e
dizer de útil,
de esclarecedor,
com vistas a um
avanço real e já
tardio neste
nosso mundo
convulsionado
pelos mesmos
males seculares
que flagelam a
humanidade, a
saber, ódios,
vaidades,
guerras,
agressividade e
egoísmo, com
todo o seu
repertório de
variantes!
Todavia, o que
se observa é que
dirigentes e
participantes
ativos do
Espiritismo, que
deveriam se
pautar pela
sensatez
presente na
mensagem maior
da
Espiritualidade,
se ocupam mais
detidamente numa
perigosa e
renovada
modalidade de
caça às bruxas,
promovida em seu
próprio habitat!
Incompreensivelmente,
e dominados por
insólito
esquecimento do
que consta da
mesma Mensagem
de Jesus,
milênios antes,
avisando que nem
tudo ainda fora
dito por causa
da imaturidade
momentânea da
humanidade,
rejeitam
hermeticamente
trabalhadores
novos: livros,
palestrantes e ideias
transmitidas a
partir de
dimensões, em
muitos casos,
indiscutivelmente
lúcidas e
sediadas na Luz,
para opor
resistências às
novidades da
hora que passa!
O que não está
escrito em Allan
Kardec é
sumariamente
descartado, sem
ao menos o
benefício da
análise a partir
da própria
lógica proposta
pelos Espíritos
responsáveis
pela
Codificação!
Tenho lido e
ouvido
comentários de
confrades
respeitáveis do
Movimento: as
únicas colônias
espirituais
aceitáveis são
Nosso Lar, e
talvez que uma
ou duas a mais,
citadas por
autores dentre
aqueles
secularmente
consagrados no
início da
difusão da
Doutrina aqui,
no Brasil. Ora,
mas que se
pensar de uma
linha de
raciocínio tão
disparatada de
uma constatação
das mais
simplistas: se
existem colônias
e cidades
espirituais
sobre o Rio de
Janeiro e Minas
Gerais,
naturalmente
que, sob a égide
das mesmas Leis
maiores que
regem a
existência nas
dimensões
invisíveis,
setores outros,
repletos de
vida, e em
moldes
semelhantes,
devem se
espalhar pelo
mundo afora, nas
muitas camadas astralinas
compatíveis com
as necessidades
de povos, países
e raças. O caso
mesmo do Brasil
pode suscitar
reflexões
valiosas -
porque em se
tratando de um
país jovem,
comparativamente
a muitos dos
demais,
milenares, resta
óbvio que nossa
jornada
evolutiva na
Terra se
originou nestes
outros lugares;
donde se conclui
que colônias e
cidades
dimensionais
outras, e
muitas, já nos
devem ter
acolhido na
nossa trajetória
pregressa! Caso
clássico e
ilustrativo
desta realidade,
portanto, consta
de obra de nossa
lavra mediúnica,
Elysium,
de autoria do
benfeitor
desencarnado
Caio Fábio
Quinto, na
qual são
descritas as
características
de uma tal
morada do mundo
invisível sita
sobre a região
da Campânia
italiana, assim
como acontece
num sem-número
de obras outras
(vide A Vida
Além do Véu),
cujos enredos
ricos e
encantadores,
sem atentar
contra o bom
senso necessário
na análise
destas mensagens
transcendentes,
também nos
remetem a
paragens que
acolhem nossos
amigos de outros
tempos muito
anteriores, e
que nos aguardam
de regresso de
cada etapa de
aprendizado nos
palcos
materiais!
Queixas outras,
de visitantes e
simpatizantes
que por vezes
acorrem a
centros
espíritas e
instituições
correlatas em
busca do
necessário
alimento da
alma, chegam a
beirar o
absurdo:
imposições
ritualísticas,
exigências
descabidas,
restrições a
ideias ou
comentários que
de algum modo
ameacem sugerir
que o conteúdo
destas
importantes
obras de Kardec
não são o fim da
linha; que há
mais a ser
revelado, em
compasso com o
avanço
progressivo da
mentalidade
humana. Assuntos
como ufologia
são encarados
com reserva e
olhares de
soslaio quando
já se acha à
disposição de
qualquer
estudioso mais
empenhado
material
comprobatório
farto da
casuística
ufológica, da
presença efetiva
dos visitantes
extraterrenos
entre nós,
inclusive a
partir de
dimensões
semimateriais!
Mas, onde o
contraditório
disso dentro de
uma Doutrina
que, ela mesma,
nos assevera
sobre a
pluralidade dos
mundos
habitados?!
E assim,
trabalhadores
novos, operosos,
sintonizados com
as equipes
desencarnadas de
boa vontade vão
sendo postos de
lado, e, com
isto,
encontrando
dificuldades
enormes para
cumprir
honradamente seu
compromisso de
continuidade ao
trabalho de
magistral
envergadura
ensejado por
Kardec, mas cujo
conhecimento de
suas premissas
básicas, quais
sejam as da
reencarnação,
datam de povos
milenares,
antecessores ao
próprio Allan
Kardec! De fato,
celtas, romanos
e hindus lidavam
com as dimensões
invisíveis sob
terminologias
não mais que
diversas e
métodos
compatíveis para
com a época
histórica dos
séculos findos;
sobretudo,
porém, o povo
simples lidava
com tais coisas
com maior
espontaneidade.
Quando a família
romana se reunia
em culto aos
seus numes
tutelares, o
faziam na
convicção de
contarem com a
sua assistência!
Aparentemente, o
que depois foi
reivindicado
como prática
religiosa
atrelada a
mistérios
inacessíveis, ou
a proibições
posteriores sob
o pretexto
profano, era em
verdade a
realização
direta da
religiosidade na
simplicidade do
cotidiano do ser
humano – não
necessariamente
presa a
autorização ou
censura prévias
de quem quer que
viesse a se
posicionar como
julgador da
validade desta
ou daquela
prática de
contato com as
almas dos
mortos!
O que se faz
necessário
compreender com
urgência para
que se dê fim a
todas estas
polêmicas
contraproducentes
é que, de fato,
os Espíritos,
a realidade de
sua existência,
bem como a
verdade das
paragens da Vida
Maior onde
habitam com
todas as suas
idiossincrasias
preciosas,
prescindem de
nós -
enquanto o
contrário não
ocorre! Por
conseguinte, só
a nós mesmos
favorecerá ou
prejudicará a
nossa aceitação
ou não aceitação
ao que nos
revelam durante
a
transitoriedade
fugaz de nossa
permanência no
mundo, em cada
etapa corpórea,
no gracioso
intuito de
auxílio e de nos
alertar para uma
compreensão da
existência mais
ampla a cada
época, de molde
a que conduzamos
nossa estadia na
matéria de forma
mais sábia e
quitemos os
débitos
anteriores para
com a vida e o
nosso próximo,
ao passo em que
aprendemos a
recriar os
nossos caminhos,
de posse destes
informes
valiosos, de
maneira mais
consciente, mais
amorosa, mais
unificada com o
bem-estar
humano!
Somos todos
Espíritos - mas
o Espiritismo
passará!