VALCI SILVA
valcipsi@terra.com.br
Tupã, São Paulo
(Brasil)
A sociedade e as
drogas
Em todos os
tempos a
humanidade se
deparou com o
problema das
drogas. No
entanto, na
atualidade nunca
se viu tantas
situações,
acontecimentos e
dramas na
sociedade,
portanto,
oriundos do meio
familiar. Quais
são as causas e
razões destas
ocorrências?
Primeiro
relatemos um
pouco de
história sobre
as drogas. Há
mais de quatro
mil anos atrás
os Sumerianos
(atual Irã) já
utilizavam a
Papoula de Ópio,
denominada a
“planta da
alegria”, que
utilizavam com a
finalidade de um
“contato com os
deuses. Num
tempo mais
anterior ainda,
o povo Cita
(habitantes do
rio Danúbio/rio
Volga – Europa
Oriental)
queimava a
maconha
(cânhamo) em
pedras aquecidas
e inalava os
vapores dentro
de suas barracas
ou tendas. O
Ópio
(Morfina/Anestésico)
incentivado na
Guerra Civil
Americana (1776)
era utilizado
para fornecer
alívio à
dolorosa vida
dos soldados.
Durante a
segunda guerra,
receitas de
anfetaminas -
estimulantes – Fenpreporex -
eram utilizadas
para combater a
fadiga. Na
atualidade, é
largamente
utilizado –
apesar de ser
proibido o seu
uso e
comercialização
no Brasil, por
pessoas que
pretendem
emagrecer,
especialmente
mulheres. Em
1890, iniciou-se
a livre
comercialização
de vinho,
elaborado com
extratos de coca
e xaropes. Em
1914, nos
Estados Unidos
deu-se a
proibição da
livre negociação
das bebidas
alcoólicas, -
que durou por 13
anos e, com
isso, iniciou-se
o mercado negro
ilícito. Como
tudo que é
proibido se
torna um
atrativo, a
indústria
americana de
bebidas, à
época, faturou
cerca de 200
bilhões de
dólares”.
Em nosso tempo
presente, existe
um largo consumo
de Fluoxetina (ansiolítico/antidepressivo),
droga denominada
de “a pílula da
felicidade”.
Pode-se
perguntar:
Felicidade de
quem? Do usuário
ou do
laboratório que
a produz?
Muitas pessoas
se questionam.
Mas, afinal, o
que leva pessoas
a se envolverem
com as drogas?
Se elas causam
tantos males,
por que
envolver-se com
elas? Se já se
conhecem os seus
malefícios por
que envolver-se
com elas?
Dentre algumas
razões, nós
podemos citar
quatro delas. De
acordo com a OMS
– Organização
Mundial da Saúde
–: 1) Pessoas
que não têm
informações
adequadas sobre
as drogas, ou
seja, aquelas
que não conhecem
as consequências
de seu uso. E,
convenhamos, a
desinformação
ainda é muito
grande, quando
não fantasiosa,
como, por
exemplo, aqueles
que ainda creem
que maconha faz
menos mal do que
cigarro; 2)
Pessoas que se
encontram
insatisfeitas
com sua
qualidade de
vida. Neste
caso,
consideramos
tanto as pessoas
que vivem em
carência geral
como aqueles que
vivem com
excessos de toda
ordem. Caso
fosse apenas um
problema de
carência social,
os chamados
ricos não se
envolveriam com
as drogas.
Portanto, a
droga tornou-se
um problema
geral da
humanidade,
independente da
condição
socioeconômica
ou cultural; 3)
Pessoas pouco
integradas na
família e na
sociedade. Neste
item a situação
é específica, ou
seja,
desestruturas
familiares,
insatisfações de
toda ordem podem
levar pessoas ao
contato, ao uso
e ao abuso das
drogas, como
mecanismo de
fuga de uma
triste
realidade; e,
finalmente: 4) O
fácil acesso às
drogas é outro
fator importante
para seu uso.
Aqui nos
perguntamos. Por
que não
aplicamos em
nossas vidas o
sábio
ensinamento de
Jesus quando
enuncia “conheça
a verdade e ela
vos libertará?”
Todos sabemos o
quanto é fácil e
barata
determinada
droga, até mesmo
sabemos dos
pontos em que
são vendidas em
nossas cidades.
Apenas fazemos
de conta que não
sabemos,
inclusive as
autoridades,
numa covarde
omissão de
responsabilidade
social.
Mas a grande e
real verdade
para que pessoas
se envolvam com
drogas é o fato
de algumas delas
– principalmente
as drogas
psicoativas, ou
seja, as que
ativam o
psiquismo das
pessoas,
causarem prazer.
(Todas as
substâncias
químicas alteram
o funcionamento
do organismo.)
Esta é a grande
verdade, o
prazer
proporcionado
por estas
drogas. Em nossa
atual sociedade
a busca pelo
prazer tornou-se
frenética,
quando não o
único fim para
muitas pessoas.
Uma pergunta se
faz necessária.
Onde as crianças
e os jovens
começam a
aprender o que é
ou a usar
drogas? Fora de
casa? Com amigos
da escola? Não.
Infelizmente
isso começa a
acontecer dentro
do lar, quando
observam os
adultos em busca
de
tranquilizantes
ao menor sinal
de tensão ou
nervosismo.
Aprendem o que é
dependência
quando observam
como seus pais
têm dificuldades
em controlar
diversos tipos
de
comportamentos,
como, por
exemplo, comer
de modo
exagerado.
Aprendem também
o que é droga
quando ouvem
seus pais
dizerem que
precisam de três
xícaras de café
para se manterem
acordados, ou
ainda quando
precisam fumar
um cigarrinho,
ou tomar uma
dose de uma
bebida. Por
outro lado,
quando pessoas
não encontram na
família, nos
amigos e nos
parceiros as
respostas para
suas
necessidades,
então recorrem
às drogas como
alternativa, sem
se aperceberem
do preço que
terão que pagar
por esta
atitude.
Por isso é de
extrema
importância
termos lares
estruturados em
cima da fraterna
convivência,
tolerantes e
abnegados uns
com os outros,
colaborando para
que todos possam
crescer,
principalmente
no campo das
emoções, onde se
possa aprender a
elaborar os
sentimentos,
pois toda e
qualquer postura
que assumimos na
vida se prende à
maneira de como
olhamos o mundo
fora e dentro de
nós, podendo nos
levar a uma
sensação íntima
de realização ou
de frustração,
de contentamento
ou de culpa, de
perdão ou de
punição, de
acordo com nosso
código moral
modelado na
intimidade de
nosso psiquismo.
Talvez você,
querido (a)
leitor (a), ao
fazer esta
leitura, se
questione: “Como
fica a questão
do
livre-arbítrio
de a criatura
humana buscar
formas de prazer
de acordo com
seu interesse,
gosto e
conveniência?”.
Muito simples.
Cada um
responderá pelos
próprios atos e
ações. Somos
livres para
qualquer
empreitada em
nossas vidas,
mas,
consequentemente,
responsáveis
pela colheita da
semeadura.
Por isso se faz
importante um
lar harmonioso e
organizado,
dentro do
respeito e do
amor uns pelos
outros. Afinal
de contas, Jesus
pediu-nos
simplesmente que
nos amássemos
uns aos outros.
Somente assim
seremos uma
humanidade
melhor. E desta
forma haveremos
de banir as
drogas do mundo
e, em
consequência,
todo sofrimento
ocasionado por
ela.