Ainda bem que
não registraram
o Evangelho!
Naturalmente as
leis criadas
pelo homem
imprimem
organização à
ordem social.
Leis que
protegem marcas,
por exemplo, são
importantes para
que não exista a
exploração
indevida da
imagem.
Concordo que
todos devem se
defender contra
a atuação de
gente sem
compromisso com
o respeito ao
direito do
outro. As leis
dos homens são,
pois, justas e
necessárias.
Preservar-se em
um mundo ainda
distante da
imperecível lei
evangélica é
imprescindível. Há
casos pululando
por todos os
cantos do país
de pessoas que
se aproveitaram
de documentos
perdidos e
aplicaram golpes
na praça.
Há alguns dias
escrevi artigo
intitulado: “Mundo
dos recibos e
comprovantes”,
abordando a
falta de
confiança entre
os habitantes
desta morada
denominada
planeta Terra.
A verdade é que
guardamos tantos
papéis em forma
de recibos
porque
desconfiamos uns
dos outros.
Quando a
honestidade for
a marca
registrada de
nossos
habitantes,
certamente não
precisaremos de
tantos
comprovantes
para provar
coisa alguma.
Bastará a
palavra, apenas
a palavra.
Mas, retornando
ao assunto das
leis humanas,
muitas delas
estão com os
dias contados.
Aliás, vou além
e afirmo que em
alguns seios da
sociedade
algumas leis em
voga deveriam
ser abolidas,
ou, então,
flexibilizadas
pela consciência
das pessoas.
No movimento
espírita, por
exemplo, não
cabe utilizar
leis para
proteção de
marcas no
intento de
blindar essa ou
aquela
instituição,
essa ou aquela
sigla dos
próprios
espíritas. Na
seara espírita,
não estamos
trabalhando para
essa ou aquela
instituição,
mas, sim, para o
Cristo, na ânsia
de nos
libertarmos dos
cadeados do
egoísmo.
Ora, estamos
entre espíritas,
irmãos de ideal
e, sobretudo,
irmãos de
caminhada.
Inexistem razões
para impedirmos
agremiações
espíritas de
utilizarem
siglas ou outras
denominações,
porque estão
registradas e
protegidas pelas
leis humanas.
Não quero
subverter a
ordem e a
organização.
Nada disso.
Reitero meu
apreço e
respeito às leis
vigentes na
sociedade. Mas,
dentro do
movimento
espírita,
devemos, tanto
quanto possível,
não enveredar
pelo lado da
exclusividade,
seja de nomes de
instituições,
grupos de estudo
etc. Proteger é
normal, todavia,
os excessos
prejudicam.
Naturalmente que
o bom senso e a
fraternidade
darão coerência
para que tudo
esteja
organizado,
evitando
confusões com a
igualdade de
nomes e siglas.
As ações
pautadas na
coerência evitam
dissabores e
problemas, isso
é óbvio.
Entretanto,
observemos que
as maiores
maravilhas da
Terra estão ao
alcance de
todos. As
estrelas, o sol,
o mar e as
sublimes
virtudes da
natureza não se
subordinam às
imposições
humanas. Dia
chegará em que
os frutos de
nossa
inteligência
serão divididos
com a
coletividade.
A propósito,
lembro-me do
grande Mahatma
Gandhi, que
dizia:
“Não aprecio
monopólios e
privilégios, o
que não for para
ser de todos,
também não quero
pra mim”.
Ainda bem que
não registraram
o Evangelho!