ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
O Tesouro
dos Espíritas
Miguel Vives y Vives
(Parte
1)
Iniciamos nesta edição
o
estudo do clássico O
Tesouro dos Espíritas,
de Miguel Vives y Vives, que
será aqui estudado
em 16 partes, com base
na tradução de J.
Herculano Pires,
conforme a 6a
edição publicada pela
Edicel.
Questões preliminares
A. Qual é o tesouro a
que se refere o título
deste livro?
A palavra tesouro não
consta do título
original deste livro,
que Miguel Vives y Vives
denominou simplesmente
“Guia prático do
espírita”. O título O
Tesouro dos Espíritas,
baseado no cap. X do
próprio livro, foi-lhe
dado por Irmão Saulo
(pseudônimo de J.
Herculano Pires), que
adverte: “Claro que o
tesouro não é o livro.
Vives refere-se à
Doutrina Espírita”.
“Vives nos mostra, com o
exemplo da sua vida,
como fazermos do
Espiritismo o nosso
tesouro inalienável.”
(O Tesouro dos
Espíritas, 1ª Parte,
Guia Prático para a Vida
Espírita, pp. 13 a 16.)
B. A quais influências estamos sujeitos?
Miguel Vives diz que
somos criaturas sujeitas
a influências de duas
espécies: as que provêm
do meio físico e as que
provêm do meio
espiritual. Neste livro
ele mostra como as
influências psíquicas
nos envolvem, penetram
em nossa mente, invadem
o nosso psiquismo,
dominam o nosso
Espírito. E ensina como
enfrentá-las e
vencê-las.
(Obra citada, pp. 18 e
19.)
C. Onde e como Miguel Vives teve seu primeiro contato com o
Espiritismo?
O primeiro contato com o
Espiritismo ocorreu
quando ele residia em
Tarrasa. Corria o ano de
1871. Depois de seis
meses em Tarrasa, um dia
Vives voltou a Sabadell,
onde seu irmão lhe falou
de Espiritismo e
enviou-lhe as obras de
Allan Kardec. Miguel
Vives as leu e
compreendeu a grandeza
da doutrina, que
resolveu de pronto
abraçar.
(Obra citada, pp. 24 a 26.)
Texto para leitura
1. J. Herculano Pires (como Irmão Saulo)
diz, no seu prefácio,
que há uma riqueza que
nada pode afetar nem
destruir: a riqueza do
céu, que podemos e
devemos construir em
nossa alma. Essa riqueza
está em nossas mãos. ((O
Tesouro dos Espíritas,
1ª Parte, Guia Prático
para a Vida Espírita, p.
13.)
2. Miguel Vives y Vives (1842-1906), notável
médium espanhol de
Tarrasa (Barcelona), deu
a este livro, publicado
inicialmente por
Carbonell y Esteva, em
Barcelona, um título
singelo: “Guia prático
do espírita”. (PP. 13 e
14)
3. O título O Tesouro dos Espíritas,
baseado no cap. X do
próprio livro, foi-lhe
dado por Irmão Saulo
(pseudônimo de J.
Herculano Pires), que
adverte: “Claro que o
tesouro não é o livro.
Vives refere-se à
Doutrina Espírita”.
“Vives nos mostra, com o
exemplo da sua vida,
como fazermos do
Espiritismo o nosso
tesouro inalienável.”
(P. 16)
4. Mencionando “O Evangelho segundo o
Espiritismo” -- esse
código do mais puro
espírito cristão --
Miguel Vives ensina-nos
como aplicar os
princípios evangélicos a
uma conduta espírita. “A
moral espírita -- diz
Irmão Saulo -- esplende
nestas páginas, em toda
a sua pureza cristã.”
“Quem ler este livrinho,
e aplicar à vida os seus
princípios, fará em si
mesmo aquela reforma
que, para Kardec, é a
única e verdadeira
característica do
verdadeiro espírita.”
(P. 17)
5. Miguel Vives compara a saúde física à saúde
moral, para mostrar que
somos criaturas sujeitas
a influências de duas
espécies: as que provêm
do meio físico e as que
provêm do meio
espiritual. Mostra ele
como as influências
psíquicas nos envolvem,
penetram em nossa mente,
invadem o nosso
psiquismo, dominam o
nosso Espírito. E ensina
como enfrentá-las e
vencê-las. (PP. 18 e 19)
6. Irmão Saulo diz que Joaquim Rovira Fradera,
Miguel Vives, José
Hernandez e Amália
Domingo Sóler são alguns
dos vultos que nos
lembram a Espanha
espírita, onde, após o
auto-de-fé de Barcelona,
o Espiritismo floresceu,
sobretudo na Catalunha.
A noite chegou, porém,
de novo, sem estrelas e
sem lumes terrenos, e
este livro é uma
centelha que escapou das
trevas, a nos dar
testemunho da Espanha
espírita. (P. 20)
7. Os anos se passaram e, contudo, nada
conseguiu matar o ardor
espírita dos espanhóis.
Ao passar por Madri e
Barcelona, nos anos 60,
ainda sob a vigência da
ditadura Franco, Chico
Xavier viu com os
próprios olhos
bibliotecas doutrinárias
e a venda secreta de
livros espíritas. (PP.
21 e 22)
8. A verdade é que os sicários -- todos eles --
acabam passando,
esfumando-se na memória
das gerações, mas os
mártires permanecem.
Renascem. Fazem-se
ouvir, como ocorre com
Miguel Vives, que nos
ensina a viver o
Espiritismo. (P. 22)
9. No seu prefácio, Miguel Vives diz não ser
escritor, mas médium.
“Se alguma coisa saída
da minha pena merecer a
aprovação de meus
irmãos, virá dos Bons
Espíritos que me
assistem”, asseverou o
médium de Tarrasa. (P.
23)
10. Antes de conhecer o Espiritismo, Vives diz
ter sido uma criatura
ignorada e completamente
incapaz. Perdera a
saúde; os amigos se
haviam afastado; não
tinha então forças para
trabalhar e tal foi o
seu estado, que ficou
cinco anos sem sair de
casa. (P. 24)
11. O contato com o Espiritismo ocorreu quando
ele residia em Tarrasa
(ele residira antes em
Sabadell). Corria o ano
de 1871. Depois de seis
meses em Tarrasa, um dia
Vives voltou a Sabadell,
onde o seu irmão lhe
falou de Espiritismo e
enviou-lhe as obras de
Allan Kardec. Miguel
Vives as leu e
compreendeu a grandeza
da doutrina, que
resolveu de pronto
abraçar. (PP. 25 e 26)
12. Vives começou a estudar e a propagar o
Espiritismo e, com
alguns irmãos, fundou o
Centro Espírita de
Tarrasa: Fraternidade
Humana. (P. 26)
13. Começaram nessa ocasião as curas dos
enfermos, que muitas
vezes eram por ele
curados antes mesmo de
tomarem os remédios.
Como a propaganda
espírita produzia
efeitos, conquistava
cada dia novas adesões,
e começavam a
manifestar-se ódios
implacáveis, sua cabeça
tornara-se um vulcão de
ideias em ebulição.
“Antes de me tornar
espírita - conta Vives
-, era incapaz de
pronunciar uma pequena
oração para uma dúzia de
pessoas. Como espírita,
adquiri uma coragem e
uma serenidade tais, que
nada me impressionava
nem me impressiona
ainda.” (PP. 26 e 27)
(Continua na próxima
edição.)